Cerca de 16 deputados estaduais foram ao jantar do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) ontem à noite na Casa D’Agronômica. Além de arroz, carne, salada e farofa, também foi colocada a mesa a Reforma da Previdência e as emendas parlamentares.

Moisés ouviu o apelo dos deputados para que ouça as categorias da segurança pública, a exemplo do IGP, Polícia Civil e Agentes Penitenciários. Alguns parlamentares com os quais conversei antes do jantar, já ameaçavam votar contra o Governo se não houvesse a abertura de negociação, situação que motivou a concordância do governador que estava relutante, mas que acabou convencido a se encontrar com os representantes das categorias. Uma exigência dos parlamentares é de que os líderes de cada partido participem das negociações.

Outro assunto que tem gerado grandes reclamações dos deputados, é o atraso na liberação das emendas. Moisés se disse empenhado em resolver a questão e, chegou a dizer que a culpa em muitos casos de atraso, foi dos municípios contemplados que não apresentaram um plano de trabalho, por isso, será apresentado à Assembleia Legislativa uma proposta de emenda constitucional para que os repasses sejam feitos fundo a fundo, facilitando assim a tramitação das emendas. Na prática, caberá aos município dizer qual é o objeto do recurso e prestar contas para o Tribunal de Contas do Estado.

A respeito da liderança do Governo na Alesc, nada foi dito. O assunto ficou limitado a pequenas rodas de conversa, apesar de que o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, confidenciou a alguns parlamentares que por hora, Maurício Eskudlark (PL) sendo como líder, até que outro nome seja escolhido. Vale lembrar que o deputado do Partido Liberal já entregou o pedido para deixar a liderança.

Alguns parlamentares perceberam que Luiz Fernando Vampiro (MDB) se mostrou incomodado com o fato de que o seu nome tem aparecido como o provável líder, tanto, que antes do jantar ele teve uma discussão com o ex-governador Eduardo Pinho Moreira durante reunião de seu partido. Devido a reação na executiva do MDB, Vampiro não deve aceitar assumir o desafio, tanto, que os nomes dos deputados Valdir Cobalchini (MDB) e Zé Milton Scheffer (Progressistas), aparecem cotados como os possíveis líderes.

 

Reunião

Uma reunião deve ser marcada para quinta-feira (06) do Governo do Estado com os líderes dos partidos na Assembleia Legislativa. O encontro que deve acontecer na Casa D’Agronômica, ou na Secretaria de Estado da Administração, terá na pauta a Reforma da Previdência e o pagamento das emendas.

 

Detalhes

A vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) não foi convidada para participar do jantar de ontem à noite na Casa D’Agronômica. Ao lado do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), representando o Governo do Estado, estiveram o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, que foi acompanhado de sua equipe e o presidente do Instituto de Previdência do Estado (Iprev), Kliwer Schmitt.

 

Incomodados

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) está conseguindo desagradar a sua própria base. Lideranças de partidos que estão dando apoio ao Governo na Assembleia Legislativa, sobretudo, do MDB e do Progressistas, não estão gostando nada das investidas de Moisés para cima de prefeitos e possíveis pré-candidatos desses partidos. O incômodo é tão grande, que tem parlamentares ameaçando nos bastidores um afastamento do Governo.

 

Muita conversa

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) teve durante quase todo o tempo em que aconteceu o jantar ontem à noite na Casa D’Agronômica, a companhia da deputada estadual, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), ao seu lado. Os parlamentares que estiveram presente não souberam dizer o teor das conversas, mas foi notada uma grande aproximação entre Moisés e Paulinha, levantando rumores de que ela também estaria cotada a assumir a liderança.

 

Liderança

Em meio a indefinição sobre a liderança do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) na Assembleia Legislativa, o bloco formado por 11 deputados estaduais de vários partidos, já entregou ao secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, a indicação do nome do deputado, Valdir Cobalchini (MDB), para que seja ele o líder. Questionei um dos parlamentares sobre o fato do MDB não ser favorável a tamanha aproximação com Moisés, ao ponto de ter o líder do Governo. A resposta é que, tanto Cobalchini, quanto Moacir Sopelsa, não participam mais das reuniões da bancada emedebista e, que estão alinhados ao chamado “bloquinho”. “O Cobalchini foi preterido na escolha dos cargos na Alesc pelo seu partido. Não deram espaço para ele, por isso, ele está mais alinhado conosco”, afirmou a liderança. O fato é que Cobalchini tem participado de alguns almoços do MDB, mas, é um fato que a relação não é mais a mesma.

 

Discussão

Ontem durante a reunião da executiva estadual do MDB em Florianópolis, um momento de tensão. O deputado estadual, Luiz Fernando Vampiro, se mostrando incomodado com as informações de que poderá ser o próximo líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, cobrou em tom mais forte da executiva de que lideranças do partido tem jogado a informação na imprensa. O fato é que a situação gerou uma animosidade com o ex-governador, Eduardo Pinho Moreira, que teria, segundo fontes, dado uma forte resposta a Vampiro. Pinho Moreira a exemplo de outras lideranças emedebistas, são totalmente contra que o partido assuma a liderança ou qualquer cargo no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). O ex-governador chegou a citar a família Amin, como exemplo de coerência pelo fato de não estarem na defesa do governo Moisés.

 

MDB tem projeto

O ex-governador Eduardo Pinho Moreira afirmou durante o encontro, que o MDB foi construído com muito trabalho, portanto, não é justo entregar o patrimônio construído por suas lideranças ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL), somente por troca de emendas. “Está tendo muita entrega sem a reciproca partidária. O MDB tem candidato a governador, tem um projeto, por isso, ser o líder de Moisés é entregar esse patrimônio para fortalecer o PSL”, me disse Pinho Moreira. Ele lembra que os mais experientes fizeram muitos sacrifícios para que o partido chegasse ao atual nível e, que somente se o MDB abrir mão do projeto de poder para 2022, que poderia ter uma maior aproximação com Moisés. “O que não é o caso, nós temos candidato”, afirmou o ex-governador.

 

Veto

Ao final do encontro a informação é de que a executiva estadual do MDB, vetou qualquer possibilidade de assumir a liderança do Governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) na Assembleia Legislativa.

 

MDB de Florianópolis

Ontem a executiva estadual do MDB prorrogou por mais três meses, o mandato do vereador Rafael Daux, como o presidente da comissão provisória do partido em Florianópolis. Além disso, o senador Dário Berger e os ex-governadores Casildo Maldaner e Paulo Afonso Vieira, passam a integrar o comando municipal. A sugestão partiu do próprio Berger, para reforçar o diretório municipal e auxiliar Daux nos rumos que o MDB deve tomar na sucessão na capital.

 

Hildebrandt próximo do Podemos

O prefeito de Blumenau Mário Hildebrandt (sem partido) está muito próximo de se filiar ao Podemos, comandado pelo ex-deputado federal, Paulinho Bornhausen. Um jantar de cerca de quatro horas no Hotel Plaza encaminhou a questão. O secretário de Comunicação da Prefeitura, André Espezim, explicou que a família Bornhausen também é favorável as pautas mais liberais e conservadoras, portanto, ao contrário do que escrevi ontem na coluna, não há qualquer diferença em relação as bandeiras defendias pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Conversas com o senador Jorginho Mello (PL), além do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), e com o ex-governador Raimundo Colombo (PSD), também foram relatadas, porém, é mais provável que Hildebrandt assine com o Podemos.

 

Buligon e Moisés

O prefeito de Chapecó Luciano Buligon (DEM), tem amanhã mais uma rodada de conversa com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). A filiação de Buligon ao PSL já está acertada, restando alguns acordos para que ele possa fazer o anúncio oficial. Buligon quer a garantia da liberação de recursos para obras em Chapecó.

 

Derian, não!

Após a delegada regional de Joinville, Tânia Harada, ter anunciado através do SCemPauta, que não participará da eleição municipal, o PSL pensa em um nome para indicar como vice do deputado estadual, Fernando Krelling (MDB), que é pré-candidato a prefeito. Porém, um nome vetado pelos emedebistas é do secretário de Estado da Articulação Internacional, Derian Campos. Segundo uma fonte emedebista, Derian não agregará e será um nome muito pesado para carregar. “Esse nome não será o nosso vice”, afirmou a fonte.