Destaque do Dia

O senador Jorginho Mello (PL) trabalha quieto, mas age fortemente nos bastidores pensando na eleição ao Governo do Estado em 2022. Se chegará com chances de encabeçar um projeto, ou se terá que disputar como vice de alguém, somente o tempo dirá. Mas o fato é que a pavimentação já está sendo feita através de uma relação muito próxima com a família Bolsonaro.

Jorginho tem um acordo com o seu colega de Senado, Flávio Bolsonaro, e com o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, para abrigar em seu partido os insatisfeitos no PSL, ou seja, praticamente emprestará o PL para as lideranças que não querem mais andar ao lado do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), principalmente as que tem mandato, ou que desejam disputar as eleições do próximo ano às prefeituras.

Pelo acordo, caso a Aliança Pelo Brasil não dê certo por algum motivo, caberá a Jorginho liderar os atuais pesselistas no Partido Liberal, porém, dando certo o novo partido que está sendo criado pela família Bolsonaro, caberá ao senador presidir a Aliança em Santa Catarina para ser um possível candidato de Bolsonaro à Casa D’Agronômica.

Nomes como do deputado estadual, Kennedy Nunes, e até dos prefeitos de Blumenau, Mário Hildebrandt, e de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira, que estão em conversas adiantadas com o Podemos, também podem aparecer no time Bolsonarista e se filiar a Aliança.

Enquanto isso, Jorginho segue em contatos semanais com Flávio Bolsonaro, para avaliar os cenários e discutir um projeto não somente para o governo estadual, mas também o seu apoio à família para reeleger Bolsonaro.

 

Hang 2022

Foto pode ser a senha de uma candidatura de Hang

Fontes ligadas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido), relataram que o empresário Luciano Hang, dono da Havan, estaria nos planos do presidente para 2022. Bolsonaro gostaria que Hang disputasse a eleição ao Senado ou a deputado federal pela Aliança Pelo Brasil. O empresário é muito próximo, tanto de Bolsonaro, como do primeiro escalão do Governo Federal e tem se mostrado um dos maiores defensores do presidente, além de levantar fortes críticas a esquerda brasileira sobretudo ao Partido dos Trabalhadores. Coincidentemente, Hang esteve ontem em um evento na cidade de Balneário Camboriú, ao lado do senador, Jorginho Mello, e do deputado federal, Daniel Freitas.

 

Hang nega

Conversei há pouco com o empresário, Luciano Hang, que negou a informação. Ele me disse que esteve no evento de lançamento da Aliança Pelo Brasil para prestigiar o projeto, mas que comentou com seus amigos que atuam no processo de criação que se considera um ativista político, ou seja, um voluntário para mudar o país e que por isso, não pode se filiar a partido algum. “Preciso ter independência para poder contribuir, mas não como candidato. Por isso, não me filiarei”, afirmou. Mas quando questionei se era uma decisão final, ele respondeu: “É difícil fazer uma previsão de futuro, mas hoje é uma decisão que tomei”, respondeu.

 

Crescimento da Havan

O empresário Luciano Hang destacou também, que o crescimento da Havan o impede de se filiar a algum partido neste momento. Estão sendo abertas duas lojas por mês em todo o país e, que o seu projeto é de até 2022 ter pelo menos, uma loja em cada estado, passando de 200 unidades. Quanto a relação com o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido), Hang define o amigo como o melhor presidente da história e, estendeu o elogio aos ministros afirmando ser a melhor equipe. “O Brasil tem um Dream Team. Conheço todos os ministros, sou fã deles, assim como do presidente e do vice, o general Mourão”, afirmou.

 

Balada na Agronômica

A postagem de uma pessoa identificada em uma rede social como Ana Cavalin, expõe o uso que tem sido feito da Casa D’Agronômica, palácio oficial do Governo do Estado. Cantorias, cervejas, vinhos, comida e balada, tudo isso pago com o dinheiro do cidadão catarinense. Deve ser por isso, que o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), não aceitou a divulgação deus seus gastos e de sua família. Segundo fontes ouvidas pelo SCemPauta, são comuns os encontros na residência com direito a cantoria não só de Moisés, mas de outras pessoas também, situação que tem gerado surpresa até mesmo nos servidores que atuam na casa. Moisés se deslumbrou com o poder e pelo visto tem aproveitado bem as mordomias, mas tudo sob o mais absoluto sigilo, salvo, quando algum desaviado escreve nas redes sociais: “Balada na Agronômica”. É justo que o cidadão catarinense pague as contas das baladas “oficiais”?

Ingratidão na capital?

A filiação de Hélio Costa Júnior ao Podemos, anunciada ontem, pegou muita gente de surpresa, sobretudo as lideranças de seu ex-partido, o Republicanos. Uma fonte relatou que o deputado estadual Sérgio Motta, com intuito de reconhecer a expressiva votação do deputado federal, Hélio Costa, e preparar um possível sucessor o qual seria o filho do parlamentar, nomeou Júnior há alguns meses como vice-presidente do partido em Santa Catarina. Em resposta, o jovem visitou as executivas do partido criando novas lideranças o que fez com que Motta elogiasse o seu trabalho. Acontece que em uma atitude isolada e sem nenhuma comunicação oficial para abdicar do cargo ou se desfiliar do Republicanos, HC Júnior filiou-se ao Podemos de Paulinho Bornhausen. O clima é de perplexidade dentro do Republicanos na capital.

 

E aí, Hélio Costa?

Até agora não se sabe o posicionamento do pai de Hélio Júnior, o deputado federal Hélio Costa, que contou com o apoio imprescindível do Republicanos e de sua militância na campanha à Câmara Federal, tendo sido o deputado mais votado de Santa Catarina. A pergunta que fica para um futuro próximo é: Já que se sabe que o verdadeiro intuito da filiação de Hélio Júnior, é concorrer à Prefeitura de São José, qual será o posicionamento de seu pai, Hélio Costa, já que o Republicanos terá também um candidato concorrendo a esse pleito? Como justificar tal ato de ingratidão com o partido que tirou o pai de Hélio Costa Júnior do cenário televisivo de SC, o lançando a nível Federal?

 

Buligon precisa do PSL

Fontes próximas ao prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, entendem que ele fez um movimento político precipitado ao se filiar ao Democratas. Segundo lideranças, a ida para o DEM foi baseada em três pilares: O primeiro, à época, aproveitar da boa relação do deputado federal Rodrigo Maia (DEM) com o Governo Federal, para viabilizar R$ 100 milhões em recursos para Chapecó. Essa manobra contava com o apoio do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas, logo após a filiação de Buligon, as relações de Maia e do DEM estremeceram com o governo de Jair Bolsonaro (Sem partido), dificultando a obtenção dos recursos. Um segundo pilar, era o compromisso de que Buligon seria o comandante do DEM no estado após a eleição municipal, caso João Paulo Kleinubing atual presidente, vença a disputa para a Prefeitura de Blumenau, porém, essa situação foi desestruturada pela entrada de Gean Loureiro no partido, e a tomada do bastão, que foi acertada com ACM Neto e Rodrigo Maia, tornando Buligon um coadjuvante.

 

Terceira eleição

Uma outra questão que motivou o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, a se filiar ao Democratas, foi o projeto de disputar mais uma eleição municipal, trabalho que seria feito em março numa adaptação da lei eleitoral que vigorará para a eleição municipal. O partido defenderia a mesma tese que beneficiou Rodrigo Maia quando disputou a reeleição à presidência da Câmara dos Deputados. A resolução até prevê essa possibilidade só para quem assumiu o cargo no período inferior a seis meses do termino do mandato, ou seja, não se aplica a Buligon, que assumiu treze meses antes do termino do primeiro mandato com a renúncia de José Caramori (PSD) em dezembro de 2015. Diante das frustradas tratativas e da precipitação do movimento, Buligon partirá para uma nova estratégia: Sabendo que não poderá disputar a eleição em 2020, tentará uma aproximação com Moisés num comportamento completamente antagônico ao que teve na eleição a favor de Gelson Merisio, quando, inclusive, considerou Moisés despreparado. Lideranças próximas acreditam que Buligon buscará com isso, quem sabe, ocupar uma secretaria de Estado nos próximos anos para se viabilizar regionalmente como um líder que substitua a Daniela Reinehr (Sem eleição), querendo ser o vice de Moisés na eleição de 2022.

 

Sem clima favorável

Em Chapecó, num primeiro momento, o clima entre os companheiros do prefeito Luciano Buligon (DEM) não é favorável a mais uma troca de partido. Eles temem uma grande exploração de dois fatos: o primeiro é que em dois mandatos Buligon vai para o quarto partido (MDB, PSB, DEM e PSL), e o segundo é que há muito material de áudio e vídeo da eleição de 2018 com críticas severas de Buligon a Moisés. A primeira leitura é de que Buligon está querendo garantir o seu espaço, uma secretaria para sobreviver politicamente e tentar ser o vice de Moisés. Ele já estaria informando a lideranças próximas de que não poderá disputar a eleição.

 

Sander o nome

Conforme adiantado pelo SCemPauta, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Chapecó e vereador licenciado, Márcio Sander, será o nome do PSDB para a eleição a prefeito de Chapecó. Ele se reuniu por mais de duas horas com o deputado estadual, Marcos Vieira, e com o ex-deputado, Gelson Merisio, que desejam a sua candidatura. Sander já está fazendo visitas pedindo para que essas pessoas o acompanhem, inclusive, sendo candidatas a vereança, porém, até o momento não tem recebido resposta.