A dentista da cidade de Tubarão, Amanda de Mello, mandou a seguinte mensagem ao SCemPauta, pedindo a retirada do vídeo que relata um momento de uma das festas realizadas na residência oficial do Governo do Estado, em evento promovido pelo governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Confira o vídeo e a manifestação da convidada:

“Boa noite.

Venho me manifestar a respeito da reportagem sobre uma tal “balada da agronômica”. Em primeiro lugar, antes de mais nada, SOLICITO A RETIRADA DO VÍDEO CONSTANTE DA MESMA, haja vista que é de MINHA AUTORIA, e em MOMENTO ALGUM AUTORIZEI a divulgação do mesmo por terceiros. Trata-se de um caso nítido de uso abusivo de imagem. Em contrapartida, aproveito da ocasião para esclarecer que houve sim uma confraternização, mas apenas UM JANTAR para pouquíssimos casais de amigos íntimos do Moisés, estes da cidade de Tubarão, na qual ele residia, e se tratava de uma reunião de amigos no fim de ano. Muito pacata, inclusive, o que corresponde uma enorme INVERDADE esta reportagem tendenciosa.

No mais, reitero a RETIRADA DO MEU VÍDEO DO SITE DE VOCÊS de forma pacífica, para não necessitar tomar meios judiciais.” – Att., Amanda de Mello.

Resposta

O SCemPauta não divulga informações tendenciosas, apenas se atém aos fatos. Antes de pedir a retirada de um vídeo que comprova um verdadeiro abuso do dinheiro público, mesmo que tenha sido para um “Jantar para pouquíssimos casais amigos íntimos de Moisés da cidade de Tubarão”, conforme relata a reclamante, ela deveria, assim como os demais convidados, ter tido a consciência de que o Palácio não foi feito para esse tipo de evento privado. O local deve servir para que o governador more durante o seu mandato e para a realização de reuniões e eventos oficiais.

Se Carlos Moisés da Silva (PSL) quer oferecer jantares regados a boas bebidas e muita música aos seus amigos e alguns servidores, que pague com o seu próprio dinheiro, pois não acredito que a sociedade concorde em bancar os banquetes da Agronômica.

É lamentável que um governo que prega uma nova política, haja de uma forma tão perdulária com o dinheiro público ao promover eventos dessa natureza. O fato é que essa nova política cheira a naftalina de tão velha que tem sido, não somente nos casos de eventos, mas também em outros atos contestáveis de um governo que até o momento apresentou poucos bons resultados.

Em relação a “balada na Agronômica”, não é ao SCemPauta que deveria ter sido feito o questionamento, mas diretamente para a defensora pública geral de Santa Catarina, Ana Cavalin, que fez a postagem. A questão é: Ou Amanda estava no mesmo evento e não percebeu que estava numa balada, ou é a prova de que as festas são constantes e quem paga é você, contribuinte.