A reforma da previdência estadual ficará para o próximo ano. A decisão foi tomada na tarde de ontem no gabinete da Presidência da Assembleia Legislativa. O presidente Júlio Garcia (PSD), chamou os líderes para ouvi-los sobre a votação da proposta.

Durante a reunião, os deputados João Amin (Progressistas), Bruno Souza (Novo) e Luz Fernando Vampiro (MDB), defenderam a votação ainda neste ano, no caso, o emedebista que será o novo líder de Carlos Moisés da Silva (PSL) no parlamento, foi o que mais argumentou a favor da votação.

Ao final, um acordo entre os líderes definiu que a reforma ficará para o próximo ano, sendo que no dia 3 de fevereiro, Garcia deve convocar mais uma reunião de líderes para estabelecer o calendário anual onde será pautada a proposta.

Chamou a atenção durante o encontro, que o atual líder do governo, Maurício Eskudlark (PL), foi um dos maiores defensores para que a votação ficasse apenas para o próximo ano, para que dê tempo de ouvir as categorias. Vale lembrar que Eskudlark é delegado da Polícia Civil, categoria que mais tem contestado a proposta de reforma.

Pelo visto, Eskudlark já está em clima de fim de festa, já que se posicionou contra a votação neste ano, ao contrário do que deseja o governo, enquanto que o futuro líder, Vampiro, já se posiciona seguindo a orientação passada pela Casa D’Agronômica.

Que a reforma é importante, isso é incontestável, porém, que tipo de proposta Moisés quer fazer aprovar? Por mais que seja necessária, é preciso ouvir as categorias e construir baseado no diálogo.

 

CPI: Relatório não passa

É o que afirmam alguns deputados estaduais a respeito do relatório apresentado por Bruno Souza, relator da CPI da Ponte Hercílio Luz na Assembleia Legislativa. Alguns parlamentares elogiaram o trabalho de Souza, porém, consideram injusta a inclusão do ex-governador, Raimundo Colombo (PSD), como indicado para indiciamento. Um deputado que não quis se identificar, relatou que a pressão está sendo grande para não aprovar, pois há quem entenda que a inclusão de Colombo foi mais um ato político do que técnico. “Ele quis pegar alguém de peso, como o Luiz Henrique está morto, pegou o Colombo, logo ele que trouxe a empresa portuguesa que encerrou a obra. O governador (Moisés) não fez nada, vai apenas inaugurar”, afirmou.

 

Colombo critica

O ex-governador Raimundo Colombo (PSD) se mostrou inconformado com a decisão do deputado estadual, Bruno Souza (Novo), na CPI da Ponte Hercílio Luz, que indicou o seu nome para ser denunciado. Colombo chegou a chamar Souza de idiota e conversou com os seus advogados que estudam uma ação contra o parlamentar. O ex-governador esteve ontem na ponte onde destacou o trabalho realizado e a inauguração do próximo dia 30.

 

Clima ruim

Parece que não é só na Câmara de Vereadores de Florianópolis que o clima é ruim. Na reunião desta semana entre os vereadores que formam a base do governo na câmara, não faltaram agressões de todos os lados. Entre a troca de farpas, teve vereador de Canasvieiras sendo chamado de funcionário do prefeito Gean Loureiro (DEM), troca de ofensas e acusações entre a liderança de governo e outros vereadores e, até ordens para que alguns dos vereadores calassem as suas bocas. Para quem esperava que as coisas melhorassem para o governo na câmara após a derrota no caso Maikon Costa (PSDB), as coisas parecem piorar.

 

Pedrão é criticado

Uma liderança do Progressistas teceu duras críticas ao vereador, Pedro Silvestre, o Pedrão (Progressistas), que decidiu se filiar ao Partido Liberal. Segundo a liderança, fica demonstrado que o projeto de Pedrão não é político, é pessoal e ultrapassa as fileiras da coerência. “É notório e sabido que o senador Jorginho (Mello) tem sido o articulador da carreira do filho, Filipe Mello, no universo da política. Seus cargos no Governo do Estado e na Prefeitura de Florianópolis vieram de costuras do pai, inclusive a posição de Chefe da Casa Civil do prefeito da Capital, Gean Loureiro (DEM) no início do mandato, e agora será vice do Pedrão”, disse.

 

Seguem as críticas

A liderança do Progressistas disse ainda que o vereador de Florianópolis, Pedro Silvestre, o Pedrão, a quem definiu como o arauto da moralidade e que é crítico a gestão do prefeito Gean Loureiro (DEM), se filia no partido parceiro do governo municipal. “Fidelidade partidária nunca houve, basta olhar seus materiais de campanha que se constata que sempre tentou esconder o PP. Agora vai tentar esconder Filipe Mello no PL?”, questionou em tom de crítica.

 

Jayana no páreo

A secretária nacional da Juventude, Jayana Nicaretta da Silva, voltou a ser citada como um possível nome do Progressistas para estar na majoritária em Chapecó. Jayana já foi a vereadora mais jovem do estado quando se elegeu no município de União do Oeste.

 

Rejeitada CPI em Joinville

Os vereadores de Joinville rejeitaram ontem o pedido da abertura de uma comissão processante contra o presidente da Câmara, vereador Claudio Aragão (MDB), por “atos atentatórios ao Regimento Interno e ofensa ao decoro parlamentar”. A acusação estava numa representação feita por um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) de Joinville, Jonas Claudino, cujo objetivo era a cassação e perda de mandato do vereador. Segundo a representação, Aragão cometeu irregularidades ao homenagear empresas e cidadãos em desacordo com o Regimento Interno. Na tribuna, vereadores reconheceram o erro, mas disseram ver exagero no pedido de cassação. “É muito forte, muito pesado, mas serve de alerta pra todos nós”, disse Maurício Peixer (PL). Odir Nunes (PSDB) sugeriu que sejam criadas regras para as homenagens.