Após ter sido eleito ao Governo do Estado no domingo (28), ontem o Comandante Carlos Moisés da Silva (PSL) não teve descanso. Logo cedo, deixou a sua residência e partiu para uma série de compromissos, afinal, tem pouco tempo para organizar a sua equipe.

Por volta das 14h30, ele chegou a sua futura residência, ao menos pelos próximos quatro anos, que é a Casa D’Agronômica. Recebido pelo atual governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), ficaram reunidos por quase três horas no escritório que fica logo a direita de quem entra no imóvel. Tomaram café, comeram pão de queijo e conversaram muito, inclusive, em um determinado momento com a presença da primeira-dama, Nicole Moreira. Também houve a apresentação do responsável por cuidar da casa.

Moisés esteve atento durante toda a explanação de Pinho Moreira, que abordou questões técnicas, sobretudo em relação a Secretaria de Estado da Fazenda, sugerindo que os principais técnicos sejam mantidos por já conhecerem o funcionamento do setor que é o mais complexo do governo.

Em relação aos números, o atual governador adiantou algumas informações, porém, os dados serão entregues a Moisés na primeira reunião de transição que acontecerá hoje no Centro Administrativo, que será liderada pelo próprio Pinho Moreira ao lado do secretário Paulo Eli, responsável nomeado por ele para repassar todas as informações.

Um fato que ficou evidenciado por Pinho Moreira, foi a sua pressa em passar todas as informações necessárias para Moisés, já que ele deseja determinar quais as secretarias que serão extintas, antes de nomear os ocupantes dos cargos. O atual governador se colocou à disposição para enviar ainda neste ano, o projeto da Reforma Administrativa para a Assembleia Legislativa. Segundo uma fonte, até o momento a primeira mudança definida na estrutura é a extinção das agências regionais.

Moisés destacou que pretende enxugar o governo ao máximo, fala que foi bem recebida por Pinho Moreira, que o incentivou a tomar essas medidas devido ao ritmo lento da arrecadação. Os ajustes de gestão e o controle rigoroso do gasto público, serão uma máxima do novo governo. Ao final, os governadores ainda conversaram com parte da equipe de Moisés que esperava na sala, encerrando a reunião por volta das 18h30.

Equipe de transição

Liderada pelo atual secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, a equipe de transição criada para passar todas as informações do atual governo para os integrantes da equipe do governador eleito, Carlos Moisés da Silva (PSL), é composta por técnicos das secretarias de Estado da Fazenda, Planejamento, Administração e Casa Civil, além da Procuradoria Geral. Todos darão auxílio ao processo de transição. “Esse grupo detém uma verdadeira radiografia de Santa Catarina, com informações essenciais para a implementação do plano de governo do novo gestor”, disse Pinho Moreira.

Esmeraldino

Possível nome para compor uma secretaria no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), o presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino, a maior liderança da legenda disse que o seu principal objetivo é de trabalhar pelo crescimento do partido no estado. Ele quer eleger em Santa Catarina o maior número de prefeitos. “Muitos me criticaram quando eu criei o PSL no estado. Disseram que o Lucas estava louco, riram, criticaram, a mesma coisa eu falo agora. Eu quero fazer a maior quantidade de prefeitos já eleitos por um partido em Santa Catarina”, afirmou. Em cinco meses, ele liderou uma nova sigla criando 180 executivas e desafia, ao afirmar que poderá fazer muito mais nos próximos 24 meses. Além disso, aguarda a decisão judicial que contesta a eleição de Jorginho Mello (PR) ao Senado, devido a uma suposta irregularidade em relação ao suplente Beto Martins (PSDB). Esmeraldino ficou em terceiro lugar no pleito. “Seria mais justo uma nova eleição ao Senado”, defendeu.

Especulação

Neste momento começam a surgir nomes que poderiam ocupar cargos no Governo do Estado. Uma liderança reconhecida pelo seu conhecimento técnico no setor do agronegócio, o deputado federal Valdir Colatto (MDB) que não se reelegeu, apareceu como uma possibilidade de ocupar a Secretaria de Estado da Agricultura. Porém, o presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino, negou a informação. Mesmo assim, é dito nos bastidores que a escolha do secretário de Agricultura ficará a cargo da vice-governadora eleita, Daniela Reinehr (PSL).

Será?

Uma liderança emedebista disse que Gelson Merisio (PSD), poderia ter procurado o MDB no segundo turno para tentar um apoio. “Ele teria que ter sido mais humilde. Pedia desculpa, dizia que precisava ir para o segundo turno e por isso nos atacou. Teria que pedir desculpa, dizer que precisava do nosso apoio, com certeza ele estaria no jogo. Ou quem sabe ele teria atraído pelo menos parte do partido”, relatou a fonte sob a condição de sigilo.

Teve apoio

Sem muito alarde o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (MDB), apoiou a Gelson Merisio (PSD) no segundo turno, em troca do apoio dos pessedistas na Câmara de Vereadores da capital. Além dele, o vereador de Xanxerê Vilson Piccoli, e o ex-prefeito do município, Julio Bodanese o Julião, também apoiaram o pessedista.

Presidência da Alesc

Hoje a bancada do MDB na Assembleia Legislativa deve se encontrar para o tradicional almoço das terças. Existe a possibilidade da discussão da presidência do parlamento para o próximo mandato.

Amin

O senador eleito Esperidião Amin (Progressistas), conforme eu divulguei ontem, tem sido lembrado como um possível candidato à presidência do Senado. Se for indicado, Amin não fugirá da disputa.

Julgamento pautado

Está marcado para amanhã as 14h, o julgamento do recurso apresentado pela defesa do deputado federal, João Rodrigues (PSD), no caso da retroescavadeira de Pinhalzinho. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, é o relator.

Agradecimento

Em vídeo publicado no Twitter, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), ao lado da primeira-dama, Lúcia Buligon, agradeceu a dedicação e empenho de seus seguidores na campanha. “Nós estamos muito felizes por ter ajudado o presidente Bolsonaro ganhar as eleições. É preciso reconhecer e ter muito respeito pela expressiva decisão dos catarinenses em eleger o governador Moisés e a vice Daniela. Por isso que estamos aqui para agradecer a vocês e desejar muita sorte aos eleitos”, disse Buligon.

Que coisa…

O Ministério Público investigará Ana Caroline Campagnolo (PSL), uma desconhecida professora eleita a deputada estadual, graças a “onda Bolsonaro”. Por determinação do promotor Davi do Espírito Santo, será apurada uma suposta violação ao direito à educação dos estudantes catarinenses, devido a uma publicação feita pela pesselista recomendando aos alunos, que filmem ou gravem as manifestações político-partidárias ou ideológicas de professores contrários ao resultado das eleições. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), protocolou uma denúncia sob o argumento de que está sendo desrespeitada a lei que proíbe o uso de celular em sala de aula. A OAB também emitiu uma nota.

Mais responsabilidade

A eleição de pessoas não preparadas para ocupar um cargo público, geram situações dessa natureza. Se não fosse o fator Jair Bolsonaro (PSL), essa moça que até então era uma ilustre desconhecida, não teria sido eleita, ainda mais com a votação que recebeu. Muito embora, há de se reconhecer que ela tem razão em querer terminar com a doutrinação ideológica em sala de aula, situação que não pode ser negada devido ao abuso cometido por alguns professores mais partidários. Mas, não é admissível que uma pessoa que estará no parlamento, haja sem a mínima noção de responsabilidade, podendo causar um grave transtorno em sala de aula. Sem contar, que esse incentivo pode ser interpretado de uma forma pior por alguns alunos, que poderiam partir para o enfrentamento com os professores e, todos sabem que fatos lamentáveis de agressões aos educadores acontecem quase que diariamente em sala de aula. É preciso responsabilidade quando se defende um assunto tão polêmico. Para isso, é possível realizar audiências públicas e discussões na Assembleia Legislativa, para pacificar a questão. Um meio para isso, é o projeto “Escola sem Partido”, que deve ser levado às comissões e ao plenário, sem gerar polêmica e instabilidade dentro da sala de aula.

Mulheres

Acontece hoje as 08h30 na Câmara de Vereadores de Chapecó, uma reunião para a discussão da programação do Dezembro Vermelho e a recomendação da ONU Mulher, referente ao dia 25 de Novembro. O objetivo é conscientizar a população contra a violência contra a mulher.

Bolsonaro

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), realinhará as relações internacionais do Brasil. É claro que não podemos voltar a ter uma relação serviçal com os Estados Unidos, por exemplo. Mas é um país o qual devemos nos aproximar mais, construindo uma relação comercial muito mais sólida. Além disso, Bolsonaro terá a força e tem o ambiente muito favorável para fortalecer o Mercosul e a relação com países do Pacífico, a exemplo do Chile e do Peru. Quanto aos chineses, é importante a preocupação de Bolsonaro com a entrada de produtos do país asiático em larga escala, gerando uma concorrência desleal com a indústria brasileira. Além disso, a aproximação com Israel é de grande importância, porém, não podemos nos afastar dos países árabes importantes compradores de proteína animal do Brasil.

O PT

Os petistas terão que escolher se querem a radicalização de sua presidente nacional, Gleisi Hoffman e do ex-presidente Lula que está preso em Curitiba. Ou se construirá um partido que realmente pensará no país, seguindo uma linha mais amena e de diálogo de Fernando Haddad. Faz parte da democracia que o partido tenha as suas pautas e a sua visão de mundo, porém, se a opção for pela radicalização, os petistas correm o sério risco de ficarem falando somente para a sua militância.

 

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