
Bolsonaro leva Moisés a governar SC
Quando virou o ano, nem em sonho o Comandante reformado dos Bombeiros, Moisés Carlos da Silva, da cidade de Tubarão, poderia imaginar que hoje acordaria como governador eleito de Santa Catarina. Um verdadeiro outsider, com participação em governos passando por alguns cargos sem visibilidade, Moisés foi levado no colo por Jair Bolsonaro (PSL), aproveitando uma onda nacional que em um passe de mágica, levou cidadãos comuns a serem eleitos para cargos importantes no Estado e no país.
Moisés que se filiou ao PSL em abril passado, foi escolhido de última hora para ser o candidato do partido ao Governo do Estado, em uma decisão que levou horas, já que o empresário e lutador de MMA, Marcelo Brigadeiro, também desejava ir para a disputa. Dois dias antes do prazo final, o militar deixava o papel de coadjuvante do grande líder de seu partido em Santa Catarina, Lucas Esmeraldino, para ser o nome pesselista para a Casa D’Agronômica.
Para quem nas primeiras reuniões do novo partido, pouco falava, caiu em seu colo uma grande responsabilidade, deixando de lado a ideia de apenas dar palanque a Bolsonaro aqui no estado e de tentar fazer uma boa votação no primeiro turno. Durante os debates, fazia questão de se colocar como o “candidato do Bolsonaro”, um sentimento de pertencimento que fez com que entrasse na justiça para que Gelson Merisio (PSD), que votou no presidente eleito, não pudesse manifestar o seu voto e nem se dizer apoiador. Moisés perdeu na justiça, mesmo assim, seguia puxando para si o apoio do presidenciável que mexeu com a política nacional.

Comandante Moisés na ativa nos bombeiros
Quando chegou o dia da votação no primeiro turno, se recolheu com a sua família em Tubarão, onde quase por duas décadas comandou o Corpo de Bombeiros. Ansioso, queria saber quantos votos faria e, surpreso, via o seu nome na frente e após, sendo apenas superado por Merisio, mas, deixando no meio do caminho Mauro Mariani (MDB) e Décio Lima (PT), também cotados para chegar entre os dois primeiros.
Ao final, um nervoso e surpreso Moisés recebia pedidos de entrevistas, já que surpreendido, o estado queria ouvir um até então desconhecido, que acabara de superar partidos históricos e chegava ao segundo turno com o líder do PSD. Ele chegou a dizer que num primeiro momento não falaria, mas, depois acabou sendo convencido a atender a imprensa.
Um dia após, já começou a sua campanha no segundo turno, com a força de Jair Bolsonaro, que o carregou em sua onda que tomou conta do país e o levou junto a outros nomes de arrasto. Além disso, contou com a migração dos votos de emedebistas, que viam em Merisio um adversário a ser batido, cenário que o colocou desde os primeiros números como um líder isolado nas pesquisas, situação que se manteve para uma vitória de ponta a ponta, que muda o mapa político de Santa Catarina e coloca uma pessoa que promete fazer o diferente no poder. Detalhe: como se não bastasse, entra para a história como o governador mais votado vencendo com larga vantagem obtendo 71,09% dos votos.
Em meio a todo um sistema amarrado, será que Moisés terá a força a exemplo de quando estava na ativa nos bombeiros, para apagar os fogos que se alastram pelas contas do Estado? Vamos torcer que sim, já que todos nós somos dependentes de uma boa gestão, seja quem estiver no comando.
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A vice-governadora

Daniela (branco) comemorando com amigas e parentes.
Conheci a advogada e ex-policial militar Daniela Reinehr (PSL), ainda no período pré-impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ela, acompanhada da hoje deputada federal eleita, Caroline de Toni (PSL) e da empresária Fabiana Funk que não se candidatou, foram ao meu antigo programa para se revelarem como mulheres que desejavam lutar pelo país.
Num primeiro momento sem muito embasamento político, porém, cheias de vontade de exercer a cidadania que compete a qualquer pessoa, tiveram a coragem de enfrentar, deixaram os seus afazeres particulares e profissionais de lado e foram às ruas defender a saída de Dilma do poder e um país mais sério.
Caroline foi a primeira a se envolver diretamente com a política, quando se filiou ao Progressistas. Em sua primeira eleição com a ajuda de Fabiana, fez uma votação considerável, mas, insuficiente para lhe dar uma vaga na Câmara. Como suplente, não teve a oportunidade de mostrar o seu potencial, o que a fez buscar outros espaços até chegar ao PSL. Essa situação animou a hoje vice-governadora Daniela, que foi primeiramente incentivada a disputar a eleição para deputada estadual, porém, dois dias de fechar as candidaturas, junto do Comandante Moisés, foi chamada por Lucas Esmeraldino para uma missão muito maior, que era a eleição majoritária. Assim começou a atuação na política de uma empresária, advogada, mãe e esposa.
O maestro

Esmeraldino no centro, construiu a majoritária
O governador será o Comandante Moisés Carlos da Silva (PSL), porém, o grande articulador e maestro dessa nova etapa de nosso estado, é um vereador do município de Tubarão. O jovem Lucas Esmeraldino, que já militou no PSDB, terá um papel fundamental no governo que se inicia. Discreto, prefere atuar nos bastidores, muito embora, tenha ficado em terceiro lugar na disputa ao Senado, perdendo por poucos votos para Jorginho Mello (PR) e, deixando para trás lideranças como o ex-governador Raimundo Colombo (PSD), e o atual senador Paulo Bauer (PSDB). Ainda não é possível saber qual espaço será ocupado por ele, porém, é impossível imaginar que o grande mentor do PSL no estado, seja deixado de fora de um governo praticamente montado por ele.
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Merisio

Merisio e Kleinubing após o resultado.
Ao mesmo tempo em que arregimentou um grande número de seguidores, o candidato derrotado na eleição ao Governo do Estado, Gelson Merisio (PSD), também colecionou inimigos e adversários durante os dois anos que se preparou para chegar a disputa. Talvez um de seus principais erros, tenha sido o enfrentamento com o establishment, que desejava mais uma vez através de uma grande junção, seguir comandando o Estado se eternizando no poder. Conseguiu chegar mais longe do que muitos previam, muito embora, saia derrotado por uma margem muito grande de votos.
Uma vez questionado sobre o seu projeto de disputar a Casa D’Agronômica mesmo tendo tanta resistência dentro de seu partido, ele me disse: “Você acha que vão deixar um ‘arigó’ aqui do Oeste, disputar uma eleição?” E assim seguiu aos trancos e barrancos, enfrentando num primeiro turno o seu maior adversário, o MDB e, ao chegar ao segundo turno, como disse, não enfrentou uma eleição, mas, um processo verticalizado onde o eleitor via no agora governador eleito, Comandante Moisés (PSL), o espelho do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “O eleitor não quer escutar. Estão de olhos e ouvidos fechados levados por uma onda”, afirmou para algumas lideranças em uma reunião no Oeste.