O nome do piloto da aeronave que caiu no início da noite de segunda-feira em Garuva (SC) ainda não foi divulgado, mas um amigo da família da outra vítima do acidente que reside em Joinville revelou à coluna que é Carlos Augusto, dono de uma empresa de Governador Valadares que está trabalhando na obra do contorno Sul de Florianópolis. O plano de voo era da cidade mineira para a capital catarinense, onde chegaria ao final da tarde, mas um problema na aeronave a vez perder altitude (de 3 mil baixou para 270 pés) e bateu na encosta do morro da antena, entre Garuva e Itapoá, na localidade de Barrancos.

Corpos carbonizados

A empresa de Carlos Augusto é especialista em rede de alta tensão e está trabalhando no contorno de acesso Sul, em Florianópolis. A aeronave é de propriedade de outra empresa com sede em Belo Horizonte, segundo informou à coluna um mineiro de Governador Valadares que reside em Joinville há mais de 20 anos. Um parente do empresário falecido pediu ao seu amigo de Joinville acompanhar o caso no IGP local. Em contato com o repórter-cinematográfico Ricardo Alves da NDTV, que chegou ao local junto com os bombeiros na madrugada, a coluna tomou conhecimento que os dois corpos carbonizados estavam sendo transportados (enrolados duas lonas) na carroceria de uma camionete do Corpo de Bombeiros Militares de Garuva até o IGP de Joinville.

Construído em 1982

O repórter José Vítor Camilo do portal O Tempo de Belo Horizonte informou nesta manhã que a aeronave é um bimotor fabricado nos Estados Unidos em 1982, modelo 95-B55. A construtora de Belo Horizonte comprou em 13 de maio deste ano e emprestou ao empresário falecido. O avião possui seis assentos, mas só um passageiro estava a bordo, além do piloto. Ainda segundo o repórter, a FAB informou que a viagem estava tranquila a três mil pés de altura, quando repentinamente baixou para 270. Pelas informações preliminares, ao sentir uma pane, o piloto tentou descer no aeroporto de Joinville e bateu. Em cima do morro da Torre em Garuva é possível visualizar o aeroporto de Joinville.

Investigação

Já está em Joinville uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidente Aeronáutico vinda de Brasília, que faz parte da FAB (força Aérea Brasileira). Os destroços do avião foram encontrados por volta das 5 horas da manhã por um avião da FAB com equipamentos especiais para localizar acidentes num raio de 360 km. Um aparelho de infravermelho localizou os corpos através do calor.