A implantação da ferrovia que ligará Chapecó a Correia Pinto foi tema de audiência pública na Câmara de Vereadores de Concórdia. O evento reuniu representantes de diversas entidades da região.

O secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins, mapeou as ações que estão sendo desenvolvidas pela secretaria, em especial o estudo para a implantação da ferrovia.

Segundo os dados apresentados na audiência, o trecho Chapecó até Correia Pinto terá 319 quilômetros e deverá ser um ponto fundamental para auxiliar no escoamento da produção do agronegócio.

“O objetivo foi apresentar para a comunidade local detalhes sobre o traçado e o impacto que os projetos terão na economia da região. Os projetos ficarão prontos este ano, e o governador Jorginho Mello já tem realizado tratativas com investidores internacionais interessados nas obras”, explica Martins.

Foto: GOVSC

Atualmente Santa Catarina tem dois projetos em desenvolvimento. Um deles, de 319 quilômetros entre as cidades de Chapecó e Correia Pinto, e outro, de 62 quilômetros, entre Navegantes e Araquari. O investimento do Estado é de cerca de R$ 32 milhões. A previsão de conclusão é novembro de 2024.

O projeto do Oeste prevê dois pátios de máquinas com distâncias entre 50 e 75 quilômetros de Concórdia. Um deles fica no município de Irani, a 10 quilômetros do cruzamento da BR-153 e BR-282. O outro pátio mais próximo está previsto para o município de Joaçaba.

Durante a audiência pública, o secretário Martins fez relatos sobre o desenvolvimentos dos projetos, escolha dos traçados, que levou em conta a menor necessidade de túneis e obras de arte (pontes). O custo estimado da ferrovia entre Chapecó e Correia Pinto está estimado de $ 2 bilhões de dólares.

O secretário também aproveitou a audiência pública  para relatar sobre o trabalho de coleta de dados em campo, que está sendo realizado pelas empresas contratadas e a importância que a colaboração da comunidade tem nesta etapa.

“É um momento importante de todo o projeto. As sondagens determinam os tipos de solos, espessura, propriedades do solo em termos de resistência e nível do lençol freático e darão informações precisas para conclusão dos projetos”, completa Martins.

A rota também será uma via de exportação dos produtos do estado para o mercado do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, com uma estimativa de custo menor, comparado ao transporte rodoviário, reduzindo entre 20% e 30% o custo do transporte.

A projeção de início da operação é em 2033.

“Para a região Oeste este projeto será fundamental, pois precisamos estar investindo no agronegócio, criando mecanismos para que ele permaneça e evolua na nossa região, abrindo oportunidades via modal ferroviário”, disse o presidente da Câmara, o vereador Fábio Ferri, que conduziu a audiência,

A expectativa é que até novembro de 2024, o estudo fique pronto para ser destinado ao mercado. O secretário Beto Martins apontou que já existem possíveis interessados na execução da obra.