Mendes é um prenúncio de como será a Casa Civil
O governador Jorginho Mello (PL) nomeou ontem o procurador de carreira do Estado, Marcelo Mendes, como secretário adjunto da Casa Civil. Conforme eu já havia adiantado, até a definição de um nome para secretário, um adjunto é quem dará andamento para a pasta.
Mesmo com a experiência na Diretoria de Assuntos Legislativos, onde atuou como o responsável pela relação entre o governo e a Assembleia Legislativa, Mendes não tem peso político, tanto que caberá a ele cuidar da parte burocrática sem envolvimento com a política. Esse papel nos bastidores caberá a Filipe Mello. Mesmo sem cargo oficial, o advogado tem uma boa relação com boa parte dos parlamentares que confiam nele. Terá carta branca para ajudar nas articulações. A ideia do governo é ter uma relação mais próxima com a Alesc. (Segue após o anúncio)
Um nome que chegou a ser ventilado é o do secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert. Porém, pessoas próximas a ele me disseram que não houve qualquer sondagem, pelo fato de Siewert ser um intocável dentro do governo. Isso quer dizer que Jorginho pretende mantê-lo até o fim do governo como o responsável pelas finanças do Estado, afinal, é considerado o principal nome do secretariado. “É quem tem carregado o piano”, me disse uma fonte ligada ao governo. E de fato, além de suas atribuições na Fazenda, Siewert fez as vezes de Chefe da Casa Civil e de líder do governo durante o ano passado. As principais articulações com o parlamento passaram por ele que chegou a ficar sobrecarregado.
A ideia é aliviar a carga para Siewert através da atuação de Filipe Mello nos bastidores. Tanto, que mesmo querendo um nome de fora do governo, é possível que o próximo chefe da Casa Civil não seja um nome com tanta força política, já que essa questão estará suprida com a atuação do filho do governador, mesmo que informal.
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