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Corroborando com o que escrevi na sexta-feira, a passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por Santa Catarina deixou claro que, olhando para 2024 e 2026, o governador Jorginho Mello (PL) tem hoje, no prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), o seu principal adversário na disputa pelo eleitorado bolsonarista.

Em um estado que se limita em parte a uma pauta ideológica, ao invés de se interessar por um debate mais abrangente, como, por exemplo, as principais demandas de Santa Catarina, estar com Bolsonaro, ou não, ainda pode fazer a diferença no desempenho eleitoral. Até quando será dessa forma, as últimas eleições nos mostraram ser difícil prever.

O fato é que Bolsonaro deu dois recados em sua visita. Primeiro, na Efapi durante um evento religioso, quando fez questão de dizer que conhece Rodrigues há mais tempo que Jorginho. “Vim aqui a convite do prezado prefeito João Rodrigues e também do nosso governador Jorginho Mello. Duas pessoas que eu conheço há décadas. Em especial, o mais antigo, João Rodrigues. Passamos por momentos difíceis na Câmara Federal. E esses momentos forjam a política”, disse o ex-presidente. O segundo momento foi quando, após ter sobrevoado o Vale do Itajaí a convite do governador, Bolsonaro resolveu por conta própria voltar para Chapecó. Ligou para o prefeito avisando que havia decidido voltar. Passaram mais um tempo juntos quando foram às ruas encontrar o eleitor.

Em um dos eventos com Bolsonaro em Chapecó, João Rodrigues afirmou que não precisa ser do “22”, número do PL, partido do ex-presidente, para continuar na defesa do que sempre defendeu, em alusão às pautas da direita. E nessa visita, Jair Bolsonaro deixou claro que não se importa com o fato de Rodrigues não estar no 22.

Passeio despropositado

O governador Jorginho Mello (PL) errou ao levar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a uma agenda política em meio à enchente que atingiu o Vale do Itajaí. Não era o momento de tietar o ex-presidente e tampouco levá-lo para um sobrevoo à região atingida, sendo que Bolsonaro nada poderia fazer. Virou uma festa em meio aos sérios problemas provocados pelas enchentes. É preciso entender: quando se faz uma movimentação política em nome da solidariedade, é preciso muito mais do que um passeio; é preciso que haja ação. Como Bolsonaro não tem poder algum para fazer algo, é possível dizer que não passou de um mero passeio com interesse político.

Quem pagou o passeio?

A viagem do governador Jorginho Mello (PL) de Chapecó para Blumenau na sexta-feira (13), acompanhado do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), precisará ser explicada. Alô, deputados estaduais, é preciso questionar quem pagou pelo uso do avião. Segundo o Estadão, a aeronave modelo Cessna 525 Citation M2 não pode atuar como táxi aéreo. O jatinho é operado pela Oriente Gestão de Ativos SPE LTDA, aberta em fevereiro deste ano, segundo a Receita Federal. A empresa tem como sócios a Unifique Telecomunicações, seu diretor-presidente, Fabiano Busnardo, e a CLVR Participações LTDA, controlada por Clever Mannes. Ele é um dos acionistas da Unifique, que tem um contrato com o Governo do Estado de R$ 2,5 milhões. O governo confirmou ao Estadão que o avião pertence à Unifique.

Empréstimo: a que custo?

Também segundo o Estadão, o Governo do Estado informou que a aeronave foi emprestada para o voo do governador Jorginho Mello (PL) com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Um levantamento aponta que uma viagem de cerca de 50 minutos, como foi o trecho entre Chapecó e Blumenau, pode custar R$ 40 mil ida e volta. O contrato da Unifique com o Estado de R$ 2,5 milhões com o Fundo para Melhoria da Segurança Pública de Santa Catarina é vigente desde 1º de janeiro de 2022, ou seja, antes do governo de Jorginho. A empresa é responsável pelos serviços de telecomunicações para “implantação e manutenção de sistema de transporte de dados digitalizados, ponto-a-ponto, para transmissão das imagens geradas pelo sistema de videomonitoramento urbano”.

Aumento no valor

De acordo com o Estadão, consta no Portal da Transparência que o Governo do Estado pagou de janeiro até setembro deste ano R$ 2,3 milhões para a Unifique. No mês passado, a Secretaria de Estado da Segurança Pública assinou um aditivo contratual para aumentar a velocidade da internet, de 20 megabits por segundo (Mbps) para 50 Mbps, em 51 pontos de conexão indicados pela pasta. O valor mensal do acordo, para esses acessos, aumentou em R$ 5,6 mil. Ou seja, passou de R$ 115,8 mil para R$ 121,4 mil.

Contraponto

A reportagem do Estadão também divulgou um contraponto da Unifique. Em nota, a empresa informou que “possui uma cota desta aeronave” e que não a utilizou na data indicada. “Os demais sócios têm a liberdade para utilizá-la consoante as suas respectivas cota-partes”, informou a empresa. “A Cia. reforça que mantém a mais alta governança em seus processos e atua de maneira ética nos seus negócios e não guarda relação com o episódio relatado.”

Ganhando espaço

Quem tem conquistado cada vez mais espaço no MDB é o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal. Ao lado do atual presidente estadual, deputado Carlos Chiodini, entre outras lideranças, De Nadal é visto como um dos líderes do MDB. Tem quem diga nos bastidores que o desejo do parlamentar é disputar o Senado em 2026.

Presidência da Alesc

O ex-deputado estadual Gelson Merisio (Solidariedade) deseja se envolver na próxima eleição à Presidência da Assembleia Legislativa. O nome escolhido por Merisio é o deputado estadual de primeiro mandato, Camilo Martins (Podemos), para o comando do parlamento. A questão é se a bancada do Solidariedade fechará com Camilo. Acabo de lembrar que o Solidariedade não tem nenhuma cadeira na Alesc, portanto…

Pesquisa em São José

Se a eleição fosse hoje, o prefeito Orvino de Ávila (PSD) seria reeleito em São José. É o que aponta o Instituto de Pesquisa Catarinense (IPC) na última análise feita para a quarta cidade mais populosa do Estado, em setembro. Na pergunta espontânea “Se a eleição para prefeito em São José fosse hoje, em quem você votaria?”, feita para 800 pessoas, Orvino aparece em primeiro com 23,4% dos votos. A ex-prefeita Adeliana Dal Pont (PL) ficaria em segundo lugar, 10 pontos atrás. Na pergunta estimulada, quando possíveis candidatos são apresentados, Orvino lidera os cenários com 33,3%, tendo Adeliana em segundo com 22,5% e Dário Berger (PSB) 19,9%. Outro ponto que a pesquisa traz para o atual prefeito de São José é sua aprovação, que subiu 10% de julho de 2022 até agora e chegou a 50,4%.

Foi infeliz 1

Eu gostaria de saber quem disse para a secretária adjunta de Comunicação do Estado, Renata Furlanetto, que ela tem condições de avaliar o trabalho da imprensa e dizer o que podemos, ou não podemos, divulgar. Até parece que Renata esqueceu de suas origens após ter sido nomeada no governo. Com uma empáfia surpreendente, Renata, em sua rede social, critica a imprensa nos chamando de “entendedores de enchente”. Menos, secretária. Acho que a senhora não precisa disso para se manter no cargo. Ou será que precisa? Como se a imprensa não soubesse, diz que se trata de um assunto sério e que as decisões são técnicas, ouvindo os profissionais capacitados para a função.

Foi infeliz 2

Secretária Renata Furlanetto, foi importante a sua fala sobre seriedade e decisões técnicas. Nisso, concordo em gênero, número e grau, pois não foi isso que ocorreu no governo. O governador Jorginho Mello (PL) acertou ao fechar a barragem de José Boiteux, mas demorou a tomar uma decisão, porque o secretário de Defesa Civil, coronel Armando, era contra o fechamento. Tanto ele quanto outros integrantes da Defesa Civil não tinham garantia de que seria possível reabrir as comportas. Pressionado, Jorginho mandou fechar. O mesmo ocorreu após a pressão do prefeito de Taió quanto à abertura das comportas da Barragem Oeste. Portanto, secretária, antes de querer dar moral na imprensa falando em questões técnicas e em seriedade, diga isso ao seu próprio governo e entenda, conforme a senhora mesma sugeriu em sua postagem, que “cada um deve ficar no seu quadrado”.

Policiais penais

Acontecerá na próxima quinta-feira (19) na Assembleia Legislativa a 1ª Conferência Nacional da Polícia Penal. De acordo com o presidente da Associação Nacional da Categoria, Ferdinando Gregório, o evento acontecerá das 14h às 18h. A criação da Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Penal será um dos temas que estarão em discussão.

Violência

Um dos bairros mais valorizados da Grande Florianópolis está enfrentando um sério problema. Moradores da Pedra Branca, em Palhoça, têm relatado uma onda de invasões a residências. Os setores de segurança informam que se trata do bairro mais seguro do município. No entanto, os constantes casos põem em xeque o discurso.

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