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Ontem o Fórum Parlamentar Catarinense que é coordenado pela deputada federal, Caroline de Toni (PL), discutiu as obras federais que são prioridade para o estado.

Após muita discussão sobre as necessidades de Santa Catarina no que tange o setor de logística, ficou definido que as principais obras são a conclusão das BRs-470, 162 e 282. Além disso, a construção de uma segunda pista no aeroporto de Navegantes, para ser usada prioritariamente pelo setor de cargas, também foi incluída nas demandas.

Os deputados e senadores discutiram a possibilidade de Santa Catarina abater da dívida com a União, cerca de R$ 300 milhões que foram destinados acertadamente pelo ex-governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), ao Governo Federal, para garantir a conclusão de trechos de obras em algumas rodovias.

Mesmo com muita discussão e alguns contatos com ministérios, os parlamentares catarinenses sofreram um revés, já que segundo nota informativa do Senado, só é possível descontar da dívida com a União pagamentos que foram feitos até 5 de janeiro. Os feitos posteriormente, não podem ser abatidos.

Se por um lado, houve um sentimento de decepção, por outro, os integrantes do fórum saíram com a segurança de que o Estado poderá realizar melhorias em rodovias e, depois apresentar a fatura e ser indenizado pelo Governo Federal.

Liderança

Ontem durante reunião do Fórum Catarinense, a deputada federal Caroline De Toni (PL), que coordena o Fórum, e o deputado Jorge Goetten (PL), se dirigiram ao deputado estadual, Ivan Naatz (PL), como o líder do governo na Assembleia Legislativa. Na terça, a bancada estadual do PL concordou com a possibilidade de Ana Caroline Campagnolo ser a líder da bancada na Alesc, já que Naatz deve ser o líder do governador. Enquanto isso, formação das comissões, reforma para ser analisada pelo parlamento, entre outros assuntos, estão sendo discutidos sem a presença de um líder para dialogar em nome do governo. O governador Jorginho Mello (PL) segue calado sobre o assunto.

Sem decisão

A executiva estadual do MDB se reuniu ontem para um jantar no Hotel Majestic em Florianópolis. O encontro que foi marcado para discutir a relação do partido com o governador, Jorginho Mello (PL), acabou sem nenhuma definição. Hoje, o presidente estadual do MDB, o deputado federal Carlos Chiodini, se reunirá com a bancada estadual mais uma vez, para discutir um posicionamento e, definir quando e como será a conversa com o governador. Segundo uma fonte que esteve no jantar, ficou claro que o partido não aceitará a proposta apresentada por Jorginho. “Dá forma que ele ofereceu apenas um pedaço da Infraestrutura, o MDB não entrará”, afirmou. Ontem escrevi sobre o recado do núcleo duro do governo aos emedebistas, de que a entrega da Infraestrutura será sem porteira fechada, ou seja, se o partido indicar um nome para ser o secretário, terá que se contentar com isso, pois não haverá mais espaços para nomeações. Em suma, terão que trabalhar com pessoas nomeadas pelo grupo do governador.

Projeto em conjunto

A fonte emedebista também relatou que o partido deseja ouvir do governador, Jorginho Mello (PL), o que ele pensa sobre as próximas eleições municipais e, sobre a de 2026 ao Governo. Tem lideranças emedebistas que defendem a construção de um projeto em conjunto para o próximo ano, quando ocorrerá eleições às prefeituras. A ideia seria estabelecer um mapa de municípios onde MDB e PL podem compor. Questionada sobre 2026, se os emedebistas terão candidato ao Governo do Estado, a resposta da fonte foi que sim, que o MDB obrigatoriamente terá candidato. Como Jorginho obrigatoriamente terá que disputar a reeleição, ficará mais difícil a construção de uma aproximação pensando na sucessão estadual.

Faltam bombeiros

60% dos municípios catarinenses não têm bombeiros, ou seja, a população desses municípios não podem contar com os serviços de emergência fundamentais, para salvar vidas e evitar a perda de patrimônio. O alerta foi feito pelo deputado estadual Matheus Cadorin (Novo). Ele apresentou uma proposta para criação de uma Frente Parlamentar do Bombeiro Voluntário e Terceiro Setor, com o objetivo de aglutinar o apoio de mais deputados e, organizar ações de defesa e fortalecimento dos bombeiros

Comissões da Alesc

Ontem ficou definida a distribuição das comissões na Assembleia Legislativa. As comissões chave para o andamento da casa, contarão com nove parlamentares cada que são: Constituição e Justiça (CCJ), Finanças e Tributação (CFT), Trabalho, Administração e Serviço Público Ética e Decoro Parlamentar. Com sete deputados: Assuntos Municipais, Agricultura e Política Rural, Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Direitos da Criança e do Adolescente, Defesa dos Direitos do Idoso, Direitos Humanos; Economia, Ciência, Tecnologia e Minas e Energia; Educação, Cultura e Desporto; Legislação Participativa, Pesca e Aquicultura, Prevenção e Combate às Drogas, Proteção Civil, Relacionamento Institucional, Comunicação, Relações Internacionais e do Mercosul, Segurança Pública, Saúde, Transportes e Desenvolvimento Urbano, além de Turismo e Meio Ambiente.

Distribuição das comissões

As comissões com nove membros serão divididas da seguinte forma: PL – duas vagas, Bloco Social Democrático (MDB-PSDB) – duas vagas, Bloco PTB-PSD-União– duas vagas, Bloco Democracia, Inclusão Social e Igualdade (PT-PDT) – uma vaga, Podemos-Novo-Republicanos – uma vaga, além do conjunto de partidos com menos de cinco deputados (Progressistas e PSOL) – uma vaga. As comissões de sete membros terão: PL – duas vagas, Bloco Social Democrático (MDB-PSDB) – uma vaga, Bloco PTB-PSD-União – uma vaga, Bloco Democrata, Inclusão Social e Igualdade (PT-PDT) – uma vaga, Bloco Podemos-Novo-Republicanos – uma vaga e o conjunto de partidos com menos de cinco deputados (Progressistas e PSOL) – uma vaga.

Líder do Podemos

O deputado estadual Lucas Neves será o líder do Podemos na Assembleia Legislativa. A decisão foi tomada durante a reunião com os deputados Camilo Martins e Ana Paula da Silva, a Paulinha. O ex-vereador de Lages vai coordenar a bancada e representar os deputados do partido em reuniões de colegiados de líderes. Ele será convocado sempre que temas polêmicos, como encaminhamentos sobre matérias ou definições de pautas de votações, forem submetidos às bancadas.

Saiu da lista

Ontem recebi a informação de que Ricardo Moritz, não será mais indicado para a Celesc pelo Governo do Estado. Após eu ter divulgado que Moritz foi preso em uma operação envolvendo a Petrobrás, em investigação, a qual, depois foi absolvido, além de outro processo no qual foi condenado e que se encontra em fase de recurso. O Centro Administrativo achou melhor tirar o nome das indicações.

O mandato de Seif é caro para SC

A colega Dagmara Spautz da NSC, foi muito feliz ao definir a visita do senador, Jorge Sei Júnior (PL), ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ela escreveu: “Senador catarinense “erra” de ministro e vai ao governador de São Paulo”. Segundo Seif, na visita foi discutido o desenvolvimento logístico de Santa Catarina. O fato é que não passou de uma conversa inócua, de um senador que até agora não apresentou uma pauta de relevância para o Estado, por preferir ficar brincando de guerra ideológica. Há alguns dias chegou a postar uma foto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o chamando de “pai”, num claro sinal de que segue em ritmo de campanha, talvez por não ter nada mais a apresentar. Agora, gastar dinheiro público dos catarinenses para visitar Tarcísio de Freitas que tem um Estado do tamanho de São Paulo para administrar, para um simples bate-papo sem sentido, mostra o quanto o mandato de Jorge Seif pode ser caro para Santa Catarina.

Ex-secretário no TCE

Recebi uma nota do setor de comunicação do Tribunal de Contas do Estado, sobre o meu questionamento em relação a nomeação do ex-secretário de Estado da Comunicação, João Cavalazzi, na assessoria do TCE. Segundo a nota, a atuação na área meio do Tribunal não tem influência alguma na área de controle, não havendo, portanto, qualquer conflito de interesse. Acontece que, independentemente do setor em que atua, o fato é que Cavalazzi foi nomeado pelo TCE, o mesmo que julgará as contas do período em que foi secretário. É por isso que chamo a atenção para o conflito de interesses, pois um servidor será julgado pelo órgão que o emprega agora. Com a palavra a sociedade.

Vereador é expulso

O vereador de Chapecó, Derli Maier, foi expulso do MDB. A decisão foi do presidente local do partido, Cleiton Fossá, que ligou a decisão, ao fato de Maier ter apoiado o atual prefeito, João Rodrigues (PSD), na eleição passada. É mais um capítulo de uma briga que começou com a disputa pelo espaço de candidato a deputado estadual, passou pela vitória do grupo de Maier sobre o grupo de Fossá na eleição da Acamosc, entre outras desavenças. O caminho de Derli será o PSD ou o Progressistas.

Nossos colunistas

Confira a coluna do Paulo Gouvêa

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