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Ontem conversei durante 46 minutos com a vice-governadora eleita, Marilisa Boehm (PL). Ex-delegada, atuou na Polícia Civil, a qual considera a sua segunda casa, por mais de três décadas. Foi candidata a vereadora, vice-prefeita e deputada estadual, mas o destino traçado era o cargo de vice, para o qual está eleita. Vítima de preconceito e machismo na juventude, ela foi a primeira mulher a comandar a Delegacia Regional de Joinville, onde ajudou a criar a primeira Delegacia da Mulher.

Em 2014, Marilisa se aposentou e passou a se dedicar a projetos sociais. Após alguns anos, por ideia de um dos filhos, criou o Instituto Cazul, que atua na melhoria de vida das pessoas carentes, através do desenvolvimento sustentável, econômico, ambiental e social. “Eu estava fazendo o meu trabalho social e o Jorginho me procurou. Conheci a história dele e aceitei o desafio de disputar”, contou.

Na eleição, houve uma sinalização sobre a possível instalação de um gabinete para a vice-governadora em Joinville, para representar o governo no Norte, porém, Marilisa me disse que se instalará em Florianópolis. Ela quer conhecer todo o funcionamento do governo, além de dar a sua contribuição, pois, conforme ela mesma disse durante o pleito: “não quero ser uma vice decorativa”.

Além de simpática a ideia de Jorginho de criar regionais, a vice-governadora eleita me disse que também simpatiza com um modelo de governo que trabalhe de forma itinerante. Ela adiantou que após o início do mandato, será pensada uma forma de instalar o governo em curtos períodos nas regiões, facilitando o contato com prefeitos e vereadores.

Outra preocupação de Marilisa, é com o social e as filas das cirurgias que estão atrasadas, além dos longos deslocamentos de pacientes pelo estado. Já sobre a educação, falou com empolgação sobre o projeto das universidades gratuitas, iniciativa a qual, segundo já divulguei, será posta em prática entre o segundo semestre do próximo ano e o início de 2024.

A vice de Jorginho também se mostrou preocupada com o setor produtivo. Ela defende a redução da carga tributária estadual, como forma de incentivar investimentos e criação de emprego e renda.

Segurança

Ontem divulguei a informação de uma fonte próxima ao governador eleito, Jorginho Mello (PL), que o nome que comandará a Polícia Civil no estado já estava definido. A tarde fui informado que teria havido mudança e, à noite, a vice-governadora eleita, Marilisa Boehm (PL), afirmou que não houve uma definição de nome. Durante a eleição, Jorginho chegou a anunciar que caberia a Marilisa, delegada de carreira, a escolha dos nomes que comandarão as forças de segurança. Questionada, ela confirmou que o comandante-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasquez, é o nome escolhido por Jorginho. Marilisa tinha preferência pelo deputado federal, Coronel Armando (PL), que acabou sendo nomeado para a Defesa Civil, mas disse respeitar a escolha do governador eleito. Conforme já divulguei, a escolha por Vasquez atende a um pedido do presidente, Jair Bolsonaro (PL). Resta saber se o inquérito aberto contra Vasquez pode atrapalhar a sua nomeação.

Turismo

O atual secretário de Turismo de Itajaí, Evandro Neiva, teria sido ouvido ontem por integrantes da equipe de transição e pode entrar na lista dos cotados para assumir a Santur. Em um estado com o potencial turístico que tem Santa Catarina, o ideal seria a recriação da Secretaria de Turismo, desfazendo um grande erro do governo de Carlos Moisés da Silva (Republicanos), que não criou um projeto se quer, de destaque para atrair novos turistas.

Presidente do MDB

No almoço das bancadas estadual e federal que aconteceu ontem na Assembleia Legislativa, ficou acertado que o deputado federal reeleito, Carlos Chiodini, será o novo presidente do MDB no estado. Após a conversa, houve apoio unânime ao parlamentar que sai fortalecido. Conforme escrevi ontem, é possível que os emedebistas nem busquem a eleição de uma nova executiva, mantendo a Comissão Provisória sob o comando de Chiodini.

Pesca

O ex-ministro e coordenador do GT da Pesca no Gabinete de Transição do governo Lula, Altemir Gregolin, defende a recriação do Ministério da Pesca para fortalecer a economia. “Temos a maior reserva de água doce do mundo e podemos assumir a liderança na produção e comercialização de pescado” diz Gregolin que deverá ser um dos ministros de Lula, justamente na Pesca, que voltará a ser um ministério.

Prisões

Ontem três prefeitos e empresários foram presos pelo Gaeco na Operação Mensageiro. Estão presos os prefeitos de Pescaria Brava, Deyvison Souza; de Papanduva, Luiz Henrique Saliba e de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues. O Gaeco apurar suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.

Operações

No início da semana divulguei que uma série de investigações estão em andamento no estado e que logo teríamos uma operação. Os trabalhos seguem com investigações motivadas pela suspeita outros crimes, sem ligação com a operação de ontem. Mais uma operação poderá ocorrer nos próximos dias.

Fim do licenciamento

A Assembleia Legislativa pode votar, ainda nesta semana, o fim do licenciamento anual de veículos no Estado. O projeto, de autoria dos deputados estaduais, Jessé Lopes (PL) e Sargento Lima (PL), foi voto vencido na Comissão de Constituição e Justiça, que acolheu o arquivamento pedido por Mauro de Nadal (MDB). Em contato com um dos autores, fui informado de que o parecer contrário será levado ao Plenário, a quem caberá decidir sobre a continuidade da tramitação ou o seu arquivamento. Segundo Jessé, a cobrança da taxa não tem mais razão de existir, uma vez que o Detran não realiza nenhum tipo de fiscalização no automóvel para emitir o novo documento, exigindo somente o pagamento das altíssimas taxas, que segundo ele, rendem ao Estado quase meio bilhão de reais por ano, que o Governo sequer consegue “rastrear” ao longo do exercício financeiro.

Coluna

Confira a coluna de Gabriel D’Ávila. Clique para ler:

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