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A pesquisa de ontem mostra que o cenário eleitoral de Santa Catarina segue indefinido. O governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) que não arrancou bem, começa a sentir os efeitos de um início de eleição sem a força que um candidato à reeleição deve ter. Mesmo assim, é preciso entender que o governador não está fora do páreo, até pelo fato de ter a máquina na mão.

O fato é que Moisés não empolgou nem mesmo os prefeitos de seu maior parceiro no pleito, que é o MDB. Lideranças emedebistas, a exemplo do vice-presidente estadual do partido, Edinho Bez, admitem que os prefeitos, não só do partido, cruzaram os braços e, apesar dos anúncios de apoio, não estão se mobilizando. Uma das justificativas é a dificuldade que encontram junto a seu eleitorado e, para evitar desgastes que podem surgir com efeito nas próximas eleições municipais, preferem não se arriscar.

Essa situação do governador o levou a perder a dianteira neste momento, movimento que será possível entender melhor com o passar dos dias. Somente aí, saberemos se o resultado de ontem se consolidará, ou se Moisés conseguirá reagir.

Enquanto isso, Gean Loureiro (UB) e Jorginho Mello (PL) sobem e, no caso de Loureiro, isso já pode ser efeito do programa eleitoral, enquanto que Jorginho pode estar colhendo os frutos do desempenho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que aparece com 51,01% das intenções de voto em Santa Catarina. O problema para o senador é que, ao contrário do que esperava a sua equipe de campanha, ele não conseguiu capitalizar com o 7 de setembro, restando saber para quais candidatos esse eleitorado está direcionando o seu apoio.

Após, tem o senador Esperidião Amin (Progressistas) e Décio Lima (PT), empatados com os mesmos 11,84%. Amin tem parte do bolsonarismo ao seu lado, mas esbarra na rejeição que é considerável, enquanto que Décio, além da alta rejeição, também sofre com a resistência ao PT em Santa Catarina. Os números também deixam claro que o ex-presidente Lula (PT) que aparece com 25,83% aqui no estado, não consegue transferir um percentual maior, pois, tem entre o seu eleitorado, pessoas que devem optar por outros candidatos ao Governo. O que mantém esses nomes no páreo para o segundo turno, é o fato de que são vários candidatos, o que baixou a linha de corte, podendo levar ao segundo turno quem estiver na casa dos 20%.

Senado

O ex-governador, Raimundo Colombo (PSD), segue liderando com folga à corrida ao Senado. Em segundo aparece, Jorge Seif Júnior (PL), com 12,69% das intenções de voto. É preciso observar os próximos levantamentos, para sabermos se Seif seguirá crescendo, ou se aproximou de seu teto pelo fato de não ter uma base política consolidada. Dário Berger (PSB) com 11,19% e Celso Maldaner (MDB) com 9,43%, mesmo bem atrás de Colombo, não podem ser considerados fora da disputa.

Pedido frustrado

A reunião de lideranças do MDB catarinense com o presidente nacional do partido, Baleia Rossi, não atingiu o objetivo. Eles foram pedir a liberação de recursos do Fundo Eleitoral para a campanha do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos). A resposta é que os valores já estão todos comprometidos e que o pedido foi feito tardiamente.

Visita a feira

O governador licenciado, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), esteve ontem em Videira onde participou de uma feira de exposição local. Acompanhado do prefeito Dorival Borga (PSD), e do governador em exercício, Moacir Sopelsa (MDB), Moisés passou pelos expositores e tirou fotos com os visitantes.

Apoio em Joinville

Nove vereadores de Joinville declararam apoio ao candidato ao Governo do Estado, Gean Loureiro (UB). Segundo a coluna do Luiz Veríssimo, eles assinaram um documento suprapartidário em apoio a Loureiro e, mais um vereador deve se unir ao grupo. Atrás vem o governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos) com três vereadores do MDB, Odair Tramontin (Novo) com três vereadores de seu partido, enquanto que Esperidião Amin (Progressistas), Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT), tem o apoio de um vereador cada.

Dançando

O candidato ao Governo do Estado, senador Jorginho Mello (PL), se empolgou durante visita a Joinville e, até dançou com a vice na sua chapa, a ex-delegada, Marilisa Boehm (PL). Jorginho tenta fortalecer a sua campanha no Norte do estado.

Campanha com o avô

O senador Esperidião Amin (Progressistas) candidato ao Governo do Estado, contou com a presença da neta, Maria Alice, filha do deputado estadual, João Amin (Progressistas), e da modelo, Ana Gequelin, na caminhada que fez ontem em Florianópolis. Maria fez questão de dar um beijo na cabeça de Amin.

Pós-disputa na Capital

O presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, Roberto Katumi (PSD), me ligou para falar sobre a eleição para a mesa diretora do legislativo da Capital. Katumi disse que não passa de mentira o relato feito por alguns vereadores à coluna, de que ele teria ameaçado com a retirada de cargos indicados ao Executivo, pelos vereadores da base que não votassem nele. Katumi lamentou a mudança nos votos dos vereadores, Josimar Pereira, o Mama (UB) e Marquinhos da Silva (PSC), que mudaram o voto a favor de João Cobalchini (UB).   

Posição de Topázio

Durante a conversa o presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, Roberto Katumi (PSD), disse esperar uma atitude do prefeito, Topázio Neto (Republicanos). “Acredito que o Topázio e a prefeitura terão que ter um posicionamento, pois, muitas coisas estranhas aconteceram”, afirmou. Katumi chama a atenção para uma série de movimentações, a exemplo do apoio do PSOL à vereadora, Manu Vieira (Novo). “A minha amiga Manu é contra os sindicatos e mesmo assim, o PSOL votou nela, além do Renato Geske, que é tido como traidor por alguns por ter mudado de partido”, destaca Katumi.

Rodando por SC

Ex-secretária nacional da Juventude, Jay Nicaretta (Progressistas) é candidata a deputada federal. Ela tem percorrido o estado e conversando principalmente com os jovens. Jay foi a vereadora mais jovem do estado quando se elegeu em União do Oeste.

Política sobre drogas

O presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes (CONEN), Fernando Henrique da Silveira, passou a representar Santa Catarina no Conselho Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, através de ato do ministro, Anderson Torres, publicado no Diário Oficial da União. O conselho é composto por 22 integrantes, todos voluntários. Silveira explica que entre tantas responsabilidades do conselho, está a de fazer o credenciamento e fiscalizar as comunidades terapêuticas, emitindo atestados de funcionamento, entre outras ações.

Artigo

Rodovias Estaduais – Por Ricardo Saporiti

“É de reconhecimento público que os impostos arrecadados não retornam na mesma proporção em obras e serviços, senão vejamos:

a: O Governo do Estado recentemente informou que neste último ano da atual administração está realizando 100 projetos de engenharia rodoviária, com predominância em rodovias situadas no Grande Oeste de SC;

b.     Registre-se que existe uma grande distância entre os lançamentos de editais para projetos rodoviários, e o início das obras de implantação e pavimentação dos mesmos, passando pelas etapas de (1) aprovações dos projetos; (2) licenciamentos ambientais e desapropriações; (3) elaborações de processos de licitação para execução das obras e (4) contratações das obras propriamente ditas;

c.      Visando a agilização desses processos construtivos, os extintos DER/SC e DEINFRA sempre adotaram a política de manter uma “carteira de projetos rodoviários” prontos, oportunizando as contratações das execuções das obras dos mesmos, em conformidade com as disponibilidades financeiras, diferentemente do que está ocorrendo atualmente, quando, – após três anos de Governo – há recursos disponíveis, porém falta de projetos executivos, fazendo com que a atual administração optasse por aplicar recursos estaduais em Rodovias Federais;

d.     Tais situações também têm prejudicado sobremaneira os trabalhos de manutenções/ conservações e restaurações rodoviárias, acarretando deterioração acentuada do Patrimônio Rodoviário do Estado, avaliado em aproximadamente R$21, 0 bilhões;

e.        É preocupante as colocações do presidente do Sindifisco/SC, José Antônio Farenzena, que os números da arrecadação de agosto próximo passado refletem claramente os impactos da mudança no ICMS, determinada pela Medida Provisória 255/2022, que reduziu de 25% para 17% as alíquotas de imposto da gasolina, energia, etanol e telecomunicações. A estimativa é que o Estado tenha uma perda mensal de R$ 300 milhões até o fim do ano, e no próximo sejam registrados R$ 3,5 bilhões a menos na arrecadação tributária.

Preocupa muito, uma vez que nestes últimos dias que antecedem as eleições, o Governo do Estado tem dado “Ordens de Serviços” para início de construções de obras rodoviárias milionárias, que, na realidade, serão realizadas pelo próximo Governo, que será eleito nestas eleições em curso” – Engenheiro Civil Ricardo Saporiti

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