O muro de Berlim não caiu de velho – Coluna do Eclésio Silva
O muro de Berlim, com o objetivo de dividir as duas Alemanha, foi construído em 1961. O muro, uma barreira quase que intransponível, quase porque, vez por outras, alguém conseguia ultrapassa-lo e migrar para o lado ocidental, embora os soldados que guardavam essa fronteira tivessem ordem de atirar para matar, separava Berlim do lado oriental do lado ocidental. A comunicação totalmente restrita entre os alemães, não só separava de forma física os territórios, mas, o que era pior, separava as pessoas, que se amavam.
Dois regimes políticos, que a medida que o tempo ia passando, a diferença iria se tornando cada vez mais gritante. O lado ocidental, conectada com o resto do mundo foi se desenvolvendo, criando tecnologias avançadas, inserida no comércio internacional, enquanto que o lado oriental, além de oprimir os seus habitantes, tolhendo-lhe o acesso a modernidade, foi ficando cada vez mais atrasada.
O atraso era notado somente por aquilo que era permitido se saber, dada as restrições de informações que eram impostas. O governo, chamado comunista, trazia os habitantes do lado oriental, passando e dando somente aquilo que interessava a ele, e o distanciamento se tornava cada vez maior em termos de desenvolvimento, e até mesmo de crescimento intelectual dos seus habitantes.
Em 1989, um movimento espontâneo, pôs fim a esse isolamento, e o muro caiu. O muro não caiu de velho, mas caiu pela prova inconteste da política de opressão, que não deu certo. O comunismo implantado só levou os habitantes do lado oriental ao atraso, assim como outros países, pelo mundo afora, que adotaram o mesmo regime opressor. O modelo ruiu, e continua ruindo, onde políticos atrasados, insistem em dizer que o regime comunista é o melhor modelo. Mas esses mesmos políticos não abrem mão de ter uma vida social elevada, passando as suas melhores férias em países capitalistas. Fica difícil entender, depois de assistir à derrocada desse regime mundo afora, que políticos e leigos no Brasil, queiram levar adiante uma ideia de que o Brasil seja um país para a implantação de algo semelhante.
Sem entrar em mérito de esquerda e direita, mas é assustador de ver ainda que existem ideias retrógadas nesse sentido. O Brasil precisa de pessoas comprometidas com novas ideias, comprometidas com o desenvolvimento, com o progresso, com a ordem, com respeito ao direito de propriedade, com a livre iniciativa e de expressão. Mas infelizmente o que estamos vendo são as instituições sendo desvirtuadas, manipuladas por dirigentes ou políticos, tentando passar ideias que se mostraram e se mostram ultrapassadas, levando o Brasil a desacelerar o seu desenvolvimento.
Não precisamos de políticos que pensem somente em si e nos seus interesses, mas de políticos, tanto lotados no executivo quanto no legislativo, que tenha amor por essa nação, que se orgulhem da nossa bandeira, que pensem e trabalhem para diminuição do estado, deixando o setor privado livre para criar e se desenvolver, e por outro lado o judiciário, em todas as suas instancias, que se preocupem somente, e tão somente, em julgar e decidir no estrito dever de se fazer justiça, sem resquícios de politização.
Não devemos esquecer que o muro de Berlim não caiu de velho, mas foi derrubado para dar espaço ao progresso, ao desenvolvimento e a livre iniciativa, combinados com a liberdade.
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