O pior momento da pandemia toma conta dos debates na Alesc e vereador da capital pede impeachment do prefeito Gean Loureiro (DEM)
Não tem situação nem oposição, esquerda ou direita. Quando o assunto é o crítico e triste momento em que vivemos em razão do agravamento da pandemia e o colapso da rede hospitalar, parlamentares estaduais de diversas bancadas cobram ações do Governo Federal, principalmente na compra de vacinas. E não poderia ser diferente. Na sessão desta quarta-feira (03), deputados de vários partidos cobraram a responsabilidade da União.
Maurício Eskudlark (PL) cobrou do Ministério da Saúde milhões de doses de vacinas para o estado. Luciane Carminatti (PT), Doutor Vicente Caropreso (PSDB), Ada de Luca (MDB), Paulinha (PDT), Padre Pedro Baldissera (PT), Moacir Sopelsa (MDB) e Fabiano da Luz (PT) concordaram com Eskudlark.
As deputadas Ada de Luca (MDB), e Paulinha, fizeram defesa da imunização com a oferta de mais vacinas. O deputado Padre Pedro (PT), aproveitou para alertar sobre o cansaço dos profissionais de saúde. Já Moacir Sopelsa (MDB), disse que “nosso presidente precisa mudar sua postura sobre a pandemia, não quero saber se tem briga com a Globo, precisamos proteger as pessoas.
Fabiano da Luz (PT) destacou que a variante brasileira está indo para outros países e os EUA já falam em interferência.Já o líder do governo na Alesc, José Milton Scheffer (PP), ponderou a necessidade de união de esforços e de alinhamento para combater o vírus. O deputado Ismael dos Santos (PSD) também destacou a importância da vacina e lembrou que o estado perdeu a oportunidade de celebrar parceria com a Itália para testar vacinas no território barriga verde.
Passeio que saiu caro
Se não bastasse tudo que enfrentou no primeiro mandato que, aliás, não teve reflexos em sua reeleição, agora as desculpas do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), por ter saído de férias em viagem para Cancún, no México, na última semana, no momento mais grave da pandemia, não sensibilizaram muitos dos seus eleitores. Basta uma boa verificação nos comentários nas suas redes sociais.
De volta a Capital, segundo o próprio prefeito, antes do prazo previsto para o fim da viagem, recebeu mais críticas por ter rapidamente saído às ruas pela questão de segurança sanitária e pelo marketing aplicado.
Agora, as ditas férias de Gean embasam um pedido de impeachment. O vereador Maikon Costa (PL) é o autor. A ida para o destino paradisíaco, segundo o vereador, ocorreu em um momento crítico da pandemia em Santa Catarina, com aumento do número de casos de covid-19 e lotação das UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo). Além disso, argumenta, o prefeito não teria direito a férias pelo fato de estar em começo do segundo mandato e, também, não teria comunicado ou pedido autorização da Câmara para a viagem internacional.
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