Veigamed: Leandro de Barros entra com ação contra ex-secretário de Estado; Advogados de Barros acusam Zeferino e André Motta de advocacia administrativa; Começa a Super Semana do Impeachment entre outros destaques
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O advogado Leandro Adriano de Barros denunciou o ex-secretário de Estado da Saúde, coronel Helton Zeferino, por calúnia, injúria e difamação. De acordo com os advogados Hélio Brasil e Eduardo Herculano, o nome de seu cliente foi indevidamente citado por Zeferino que em seu depoimento ao Gaeco no caso Veigamed, em 08 de maio passado, deveria ter citado Leandro Estevo, o qual segundo eles, seria um conhecido fornecedor da Secretaria de Estado da Saúde, não o nome de Barros.
O SCemPauta teve acesso a um trecho do segundo depoimento do ex-secretário e, de fato, Zeferino tanto afirma ser Barros o representante que teria acesso livre à Secretaria, como também diz ser possível que ele tivesse posse de um cartão de acesso independente às áreas restritas aos servidores. O responsável pelo depoimento chega a apresentar uma foto de Barros a Zeferino que confirma ser a pessoa que via percorrer o prédio da Defesa Civil, onde estava instalado o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES). De acordo com os advogados de Barros, Helton não disse a verdade, pois, a pessoa que circulava livremente era Leandro Estevo.
No depoimento aos 9 minutos e 41 segundos, Helton Zeferino também afirma que após receber uma informação do então secretário adjunto, André Motta, atual titular da Saúde, sobre algumas dificuldades financeiras que o fornecedor teria, entrou em contato com o presidente do Badesc, Eduardo Corrêa de Machado, para saber sobre linhas de crédito para apoio aos fornecedores. “O presidente disse que sim, que ele procurasse o presidente para que ele pudesse então orientá-lo”, informou. Ainda de acordo com Zeferino, Leandro teria sido recebido por Machado que solicitou alguns documentos, porém, Leandro não voltou ao Badesc.
Mais uma vez segundo os advogados de Barros, não se trata de seu cliente, mas de Leandro Estevo, e definem o contato de Zeferino com o presidente da Agência de Fomento do Estado, como crime de advocacia administrativa, tanto da parte do ex-secretário, quanto do atual, André Motta. “Com a divulgação de imagens da operação O2, registrou-se diversas reuniões dentro da Defesa Civil, entre Zeferino e Estevo”, afirmam os advogados.
A questão é que em depoimento ao Gaeco, a ex-servidora Márcia Pauli foi questionada pela Força Tarefa sobre quem eram as pessoas em uma foto apresentada em um celular. Ela reconhece o secretário de Estado da Saúde, André Motta, o empresário Leandro Estevo e quando questionada se Barros estava na foto, Márcia nega.
Já na CPI dos Respiradores em seu depoimento ao ser questionado pelos deputados Ivan Naatz (PL) e Felipe Estevão (PSL), se na sua fala na oitiva se referia a Leandro Barros ou Estevo, ficou esclarecido por Motta que era de Estevo que ele falava. “Eu estou falando do Leandro Estevo da CMO Ortopedia. O outro Leandro eu não conheço”, afirmou.
Vale lembrar que diversos depoimentos apontaram à atuação do atual secretário de Estado da Saúde, André Motta, na compra dos respiradores, o que levou, inclusive, a CPI dos Respiradores recomendar o seu afastamento do cargo, pedido não atendido pelo governador Carlos Moisés da Silva (PSL).
Agora, vindo à tona esse depoimento de Zeferino, uma verdadeira confissão de tentativa de favorecimento da empresa de um dos investigados, será que Moisés manterá o atual secretário no cargo, ou fará o que já deveria ter sido feito?
Qual Leandro?
Há uma clara diferença de versões sobre qual Leandro ofereceu equipamentos para a Secretaria de Estado da Saúde, incluindo os 200 respiradores. Enquanto o ex-secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, aponta para Leandro de Barros, inclusive confirmando ao lhe ter sido apresentada uma foto, por outro, tanto o trecho do depoimento de Márcia Pauli ao Gaeco, como de André Motta à CPI dos respiradores apontam para Leandro Estevo, inclusive com a menção de que se trata de um antigo fornecedor. Caberá à justiça esclarecer o fato.
Moisés sabia?
Numa conversa em off, os defensores do advogado Leandro de Barros afirmam ser praticamente impossível que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) não soubesse de uma compra com um valor tão vultoso, como foi a dos 200 respiradores junto a Veigamed.
Advocacia administrativa
A questão do Badesc entra como mais um fato, que pode apontar para uma suposta tentativa de direcionamento na compra dos 200 respiradores desde o início, antes mesmo da Veigamed. Um secretário de Estado a pedido de seu adjunto, ligar para o presidente do Badesc para se orientar e ainda encaminhar um possível fornecedor para tentar levantar um financiamento, foge totalmente de uma atitude normal frente a uma possível aquisição em nome do Estado. A Justiça Federal precisa ouvir Helton Zeferino, André Motta e o presidente do Badesc, Eduardo Corrêa de Machado, que, aliás, pode ser uma testemunha chave para desvendar sobre qual Leandro se está falando.
Debate
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Super semana
Amanhã teremos início a uma das semanas mais importantes da história catarinense. Começa com a votação em plenário da admissibilidade do segundo processo de impeachment contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). A tendência é de que a favor de Moisés sejam dados apenas 3 votos. Mas as atenções estão voltadas mesmo para sexta-feira (23), quando o Tribunal Misto formado por cinco desembargadores e cinco deputados, votarão a admissibilidade do relatório do deputado Kennedy Nunes (PSD). Para a aprovação, ou não, serão necessários 6 votos, ou seja, a maioria simples. Negando o relatório o processo contra Moisés e sua vice, Daniela Reinehr (sem partido), será arquivado, mas, se for aprovado, governador e vice serão afastados pelo prazo de 180 dias, que é o limite para a conclusão do processo.
Carreata
Mais uma carreata foi organizada pelo governador Carlos Moisés da Silva (PSL) intitulada “Contra o Golpe e Pela Democracia”. Servidores comissionados, filiados ao PSL da capital e pessoas próximas a Moisés foram os únicos que mais uma vez se arriscaram a sair às ruas para defender um governo que é totalmente impopular. Para os realistas, se havia no máximo 100 veículos, já era muito, mais do que isso, é navegar na realidade paralela de um governo que não deixará saudade. Moisés que preferiu ficar na Agronômica e acenar aos seus “apoiadores”, é o único que precisa de carreata, mas não consegue empolgar, não consegue tirar o cidadão comum de suas casas e nem conseguirá. Agora, ao falar em golpe, Moisés não afronta somente o parlamento, mas também o judiciário, pois, acusa o parlamento e o judiciário que são os responsáveis pelo processo de impedimento de estarem dando um golpe, o que é absolutamente fora da realidade. Moisés consegue se isolar cada vez mais, não dialoga, afronta, e vai junto com a sua vice, Daniela Reinehr (sem partido), se despedindo do comando de Santa Catarina.
Morte de Lanznaster
Foram inúmeras as manifestações pela passagem do maior líder cooperativista do país, o presidente da Coopercentral Aurora, Mário Lanznaster. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina o chamou de grande amigo em uma publicação no Twitter afirmando que estará sempre nos corações. O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) afirmou que morreu uma pessoa que representava como poucas, o sucesso do trabalho cooperativo. O prefeito de Chapecó Luciano Buligon (PSL) escreveu que Lanznaster valorizou o trabalho de nossa gente e transformou o pequeno em gigante. A bancada do Oeste na Assembleia Legislativa e demais deputados de outras regiões, além dos deputados federais, senadores, ex-governadores entre outras lideranças, homenagearam o grande líder.
Para a história
Estive na despedida do presidente da Coopercentral Aurora, Mário Laznaster, realmente uma cerimônia emocionante que tocou a todos os presentes. Já há alguns anos eu mantinha uma amizade com o “Seu Mário” como sempre o chamava. Não éramos íntimos, não frequentávamos a casa um do outro, mas sempre havia um tempo para uma conversa em separado antes ou depois de uma entrevista, ou em encontros nos eventos que participávamos no Oeste e até mesmo em outras regiões. Esse era o Sr. Mário Lanznaster, figura simples frente a grandeza de sua importância.
É impossível não citar os predicados de um homem que sai da vida para entrar para a história. Ele poderia ter se chamado Mário Trabalho, Mário Competência, Mário Arrojo, Mário Eficiência, Mário Líder, Mário Visionário, Mário Humano, Mário Professor, Mário Autoridade, Mário Amigo, Mário Simplicidade entre outros, pois, afinal, ele era grande demais para ter um único nome.
Futuro
O atual vice-presidente da Aurora, Neivor Canton, deve ser o próximo comandante da Coopercentral. Há anos, ele e o diretor de agropecuária Marcos Zordan acompanhavam de perto e dividiam com Mário Lanznaster as principais decisões sobre a Aurora. O diretor comercial, Leomar Somensi, também pode subir um degrau. É interessante destacar que Lanznaster não tinha uma sala individual. Ele trabalhava lado a lado com Canton e Zordan, mostrando como funciona o verdadeiro cooperativismo.
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