Usina Maruim: Primeira hidrelétrica de SC marcou início da eletrificação no Estado
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No início do século XX, São José utilizava lampiões e pombocas abastecidos com querosene ou óleo de baleia para iluminação pública e doméstica. Sem fornecimento de energia elétrica, as atividades noturnas eram limitadas e a conservação de alimentos dependia de métodos rudimentares.
A mudança começou quando um navio de bandeira inglesa atracou em Florianópolis durante a instalação de cabos submarinos de telégrafo na América do Sul. Aproveitando a presença da equipe técnica, o governador Gustavo Richard consultou os profissionais sobre a possibilidade de implantar energia elétrica na capital. Entre eles estava o engenheiro elétrico argentino Miguel Vila Real Vela, que se comprometeu a desenvolver o projeto após concluir a expedição, cujo destino final era o Peru. Meses depois, Vela retornou a Santa Catarina para iniciar os trabalhos.
O Rio Maruim, em São José, foi escolhido para abrigar a usina. A execução ficou a cargo da empresa Simmonds e Saldanha, sob supervisão do engenheiro argentino. Os equipamentos foram importados da Inglaterra, e a obra foi concluída em 1910.
Primeira hidrelétrica de Santa Catarina, a Usina Maruim rapidamente se tornou uma das mais relevantes do país em geração de energia. Suas três turbinas eram alimentadas por adutoras que captavam água da represa formada no Rio Imarui. Durante anos, abasteceu São José, Biguaçu e Florianópolis, passando posteriormente a atender apenas os dois primeiros municípios. A usina foi desativada em 1972, após mais de seis décadas de operação.
Considerada um marco para o desenvolvimento regional, a hidrelétrica antecipou em anos a chegada da energia elétrica à Grande Florianópolis, que provavelmente ocorreria apenas após a construção da Ponte Hercílio Luz, em 1926.



