Relatório reúne propostas de Santa Catarina para a COP30 e destaca ações em defesa do clima
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Um relatório com propostas elaboradas por representantes de diferentes regiões de Santa Catarina foi apresentado ontem (3), na Assembleia Legislativa do Estado (Alesc). O documento reúne as principais contribuições catarinenses que serão encaminhadas à 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para 2025, em Belém (PA).
A iniciativa é da Comissão de Meio Ambiente da Alesc, com apoio da Escola do Legislativo, e resulta de cinco conferências regionais realizadas em Lages, Joinville, Criciúma, Florianópolis e Chapecó. O material, intitulado “A Terra Pede Cuidado”, reúne propostas formuladas a partir de debates com lideranças comunitárias, especialistas, representantes de movimentos sociais e ambientalistas.
De acordo com o presidente da Comissão, deputado Marquito (Psol), o relatório sintetiza “as contribuições de Santa Catarina em tempo de emergência climática”. Entre os temas abordados estão justiça climática, agroecologia, transição energética, educação ambiental, financiamento climático, áreas protegidas e racismo ambiental.
O documento também propõe a criação e ampliação de áreas de proteção ambiental (APAs) no Estado, incluindo:
- APA da Imaculada Conceição, na Lagoa da Conceição (Florianópolis);
- Ampliação da preservação na Baía da Babitonga (São Francisco do Sul);
- Criação de uma APA na região de exploração do carvão, no Sul catarinense;
- Criação de uma APA na Foz do Rio Tijucas, voltada à observação de aves silvestres.
O deputado federal Pedro Uczai (PT) destacou a relevância do relatório como um instrumento de planejamento para o futuro do estado. “É um documento construído a muitas mãos, voltado não apenas ao meio ambiente, mas ao futuro de Santa Catarina”, afirmou.
A líder indígena Kerexu Yxapyry ressaltou que o texto contempla propostas dos povos originários, reforçando o papel das comunidades indígenas na proteção dos ecossistemas. Já a jovem cientista Rosa Maria Pereira Miranda, do Iasc/Nasa, afirmou que a COP30 “será um marco” e que “a juventude quer estar no centro das soluções climáticas”.
O relatório aponta que Santa Catarina já sente os impactos das mudanças climáticas, com a ocorrência de enchentes, estiagens, erosão costeira e aumento da vulnerabilidade socioambiental, o que evidencia a necessidade de políticas voltadas à adaptação e à resiliência climática.



