Repercussão: praças da PM reforçam críticas ao Governo; Chiodini vira alvo de João Rodrigues; Denúncia em Blumenau – E outros destaques
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As revelações feitas ontem pela coluna sobre o descontentamento crescente entre os praças da Polícia Militar — policiais que não ocupam postos de oficiais — provocaram forte repercussão dentro da corporação. Após a publicação, novos policiais procuraram o SCemPauta para relatar situações semelhantes e reforçar as críticas feitas por colegas.
O alvo central das insatisfações continua sendo o comandante-geral da PM, coronel Emerson Fernandes, acusado por integrantes da tropa de adotar uma gestão marcada pelo autoritarismo e pela falta de diálogo. Segundo relatos, o atual comando teria “desmontado” avanços obtidos em administrações anteriores. “O comandante é distante da realidade da tropa e manteve o mesmo estilo centralizador de seu antecessor, o coronel Pelozato (Aurélio). A diferença é que agora o comando não ameaça — ele pune”, disse um policial militar.
Entre as principais queixas estão o travamento dos cursos de formação de sargentos e a paralisação do curso de oficiais administrativos, o que impede subtenentes com mais de 25 anos de serviço e formação superior de ascender na carreira. A desvalorização salarial também é apontada como uma das principais preocupações. “Nós estamos sempre abaixo da inflação. É assim que somos valorizados pelos bons resultados que entregamos nas ruas?”, questionou um sargento com longa carreira na corporação.
Os praças também comparam a atual gestão com os comandos anteriores, citando os coronéis Dionei Tonet e Marcelo Pontes, que teriam mantido diálogo e promovido avanços. “Na época do Pontes, ele chamava a tropa para conversar, ajustou cursos e fez o quadro andar. Agora tudo foi desmontado. Hoje não há curso, não há promoção e não há conversa”, disse um militar.
Críticas também ao governo
O sentimento de abandono não se restringe ao comando da corporação. Vários policiais voltaram a direcionar críticas ao governador Jorginho Mello (PL). “O governador não acertou um comandante até agora. Todos foram escolhidos para controlar a base, e não para valorizar o policial. É o governo do silêncio”, afirmou um praça. Outro ponto de insatisfação é o regulamento disciplinar, classificado como “arcaico e usado para amordaçar a tropa”. “O policial militar é proibido de falar. O regulamento é da época da ditadura e serve para manter o controle, não a disciplina. Somos 6 mil praças comandados por 50 coronéis. E quem tenta questionar é punido”, relatou um sargento.
Enquanto a base se queixa de falta de valorização e de um ambiente sufocante dentro da corporação, o Governo do Estado mantém o discurso de que Santa Catarina tem “a melhor polícia do Brasil”.
Secretário admite tensão
Procurado pela coluna, o comandante-geral Emerson Fernandes não respondeu sobre as críticas, limitando-se a enviar nota referente à detenção do ex-presidente da Aprasc, João Pawilick.
Já o secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Flávio Graff, reconheceu a existência de demandas internas e a discussão sobre o plano de carreira dos praças, mas afirmou que a situação é normal e está sendo estudada.
Graff explicou que, com a edição da Lei 18.646, no início do governo Jorginho Mello, as corporações passaram a ter autonomia administrativa e financeira, cabendo à Secretaria de Segurança apenas coordenar políticas públicas e integração entre as forças. “Há uma série de demandas que estão sendo estudadas para evitar descompassos. O plano de carreira está sendo analisado pelas corporações e, no momento oportuno, será discutido com as associações de praças”, afirmou o secretário.
Questionado pela coluna sobre o risco de o descontentamento na caserna afetar a segurança nas ruas, Graff minimizou: “Os profissionais são muito conscientes de suas atribuições. Buscam desempenhá-las da melhor maneira possível, independentemente de questões salariais ou outras dificuldades. Hoje as condições são favoráveis, com investimentos em equipamentos, armamentos e viaturas”, afirmou. Mesmo assim, o secretário reconheceu que o governo precisa se manter atento: “Sempre há motivo de preocupação. As demandas são permanentes e legítimas. Hoje é o plano de carreira; antes foi o reajuste salarial ou a lei de organização básica. Essas pautas são constantes e fazem parte da rotina das corporações”, explicou.
Com a insatisfação em alta e a falta de diálogo sendo o principal ponto de atrito, a tensão na Polícia Militar coloca o governo Jorginho Mello diante de um desafio: reconstruir a confiança da base e evitar que a crise interna se transforme em um problema institucional mais amplo.
Comandante se manifesta
Através de nota, a assessoria do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Emerson Fernandes, se manifestou sobre a coluna de ontem: “Gostaria de esclarecer alguns dados sobre a sua nota, publicada na coluna do dia 28 de outubro, principalmente a respeito do caso do ex-presidente da Aprasc e atual presidente da Fenepe, João Carlos Pawlick. Não há nenhuma interferência do atual comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), coronel Emerson Fernandes, que assumiu o comando no dia 18 de fevereiro de 2025, no processo citado, já que o mesmo iniciou em novembro de 2021. O processo em questão, em abril de 2022, teve decisão de Procedimento Administrativo Disciplinar. Já o recurso de queixa foi encaminhado à Casa Civil em julho de 2022. A manutenção da decisão foi tomada em novembro de 2024.
Em maio de 2025, o interessado entrou com ação anulatória de ato administrativo no âmbito judicial, que foi julgada improcedente na Vara de Direito Militar em 16/07/25, sem nenhuma interferência do atual comandante-geral, ao contrário do que a nota, equivocadamente, expressa. Pedimos, desta forma, a publicação desta nota para que os fatos sejam corretamente esclarecidos.” – Assessoria da Polícia Militar
Alvo?

Parece que o MDB virou alvo do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Em entrevista, ele afirmou que o partido não participará de sua chapa na eleição ao Governo do Estado. De acordo com o pré-candidato, os emedebistas estão quase acertados para ser vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chamou de incoerente o posicionamento do presidente estadual do MDB, Carlos Chiodini, que, segundo Rodrigues, até pouco tempo esteve aliado ao petista. “Dando declarações importantes de alinhamento ao presidente Lula, votando com o Lula e agora vira secretário de Estado. Onde fica a coerência?”, questionou.
Declarou respeito
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), fez questão de dizer que respeita os prefeitos e vices do MDB, assim como os ex-deputados e deputados do partido, a exemplo de Moacir Sopelsa, Romildo Titon, Mauro De Nadal e Valdir Cobalchini. Uma fonte me disse que as críticas foram voltadas, sobretudo, ao presidente estadual do MDB, Carlos Chiodini, por ter sido aliado ao presidente Lula (PT) e agora estar no governo de Jorginho Mello (PL). Rodrigues destacou que deseja uma aliança com a Federação União Progressista, onde tem amizade com o deputado federal Fábio Schiochet, com o senador Esperidião Amin e também com o Partido Novo.
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Acompanhe as análises sobre os temas da coluna e os principais assuntos da política e da economia de Santa Catarina. O SCemPauta no Ar, de segunda a sexta-feira, a partir das 10h, traz tudo o que você precisa saber. Apresentado pela jornalista Adriane Werlang e com os meus comentários, o programa é transmitido aqui no site e também pelos perfis oficiais do SCemPauta no YouTube, Instagram, Facebook e X. Assista e compartilhe!
Berlanda no PSD

Ontem, o deputado estadual Nilso Berlanda se reuniu com o governador Jorginho Mello (PL). Berlanda confirmou o que já havia sido divulgado pela coluna: que sairá do partido para ingressar no PSD. A conversa teria sido em alto nível, e Jorginho aceitou liberar o parlamentar, que nos próximos dias deverá anunciar a filiação.
Xepa se manifesta
O prefeito de Itapema, Alexandre Xepa (PL), se manifestou em resposta a uma nota da coluna de ontem, em que informei que ele deverá apoiar o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL), que disputará uma vaga à Alesc, em vez da ex-prefeita Nilza Simas (PL). “O prefeito Alexandre Xepa mantém uma relação de diálogo e respeito com diversas lideranças políticas da região, independentemente de sigla ou posição partidária. Até o momento, não há definição ou tratativa formal de apoio eleitoral a nenhum pré-candidato. A prioridade do prefeito segue sendo Itapema e o trabalho diário pela cidade, com foco em infraestrutura, gestão eficiente e cuidado com as pessoas”, diz a nota.
Denúncia em Blumenau

O presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Ito de Souza (PL), fez uma grave denúncia sobre o uso indevido de veículos públicos da Intendência Distrital da Vila Itoupava. Em plenário, o parlamentar exibiu vídeos e fotos que, segundo ele, comprovam desvios de conduta de servidores flagrados utilizando carros oficiais para fins particulares — prática que fere princípios básicos da administração pública. Entre as imagens apresentadas, um Hyundai HB20 branco, com identificação oficial do município, foi registrado no dia 24 de outubro de 2025, às 11h15, buscando uma criança na Escola Básica Municipal Lore Sita Bollmann, na Itoupava Central, e posteriormente levando-a até a CEMATEPCA, na Vila Itoupava. Outros registros mostram o mesmo veículo parado em estacionamento de supermercado, com o servidor realizando compras pessoais, e também em uma agropecuária, novamente sem vínculo com atividades públicas.
Caso mais grave

O vereador de Blumenau, Ito de Souza (PL), considera como o caso mais grave o que envolveria o próprio intendente da Vila Itoupava, Norberto Ramalho, que aparece, segundo o vereador, realizando “fretes colaborativos” em plena luz do dia, utilizando uma Fiat Strada de placa RYX-3I96, veículo oficial da Intendência. “Essa farra com o patrimônio do povo precisa acabar”, afirmou Ito em seu pronunciamento. O vereador informou que encaminhou todas as provas ao prefeito Egídio Ferrari (PL), mas, diante da falta de retorno, decidiu tornar o caso público e levar as denúncias aos órgãos competentes, inclusive ao Ministério Público. Durante seu pronunciamento, o vereador também destacou que novas denúncias estão chegando ao seu gabinete, incluindo possíveis crimes ambientais, e que todas serão apuradas com responsabilidade e encaminhadas aos órgãos fiscalizadores. A coluna tentou contato com a assessoria da Prefeitura de Blumenau, mas não teve retorno.
Encontro

O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), recebeu a prefeita Juliana Pavan (PSD) no Expocentro de Balneário Camboriú, onde ocorrem nesta semana as sessões descentralizadas do parlamento. Reuniram-se com eles, na sala montada para a presidência, o prefeito de Camboriú, Leonel Pavan (PSD), e o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB). A informação é que se falou pouco do cenário político e mais das pautas do Litoral Norte e do Vale do Itajaí.
Ulisses no Progressistas?
Corre nos bastidores que o delegado-geral Ulisses Gabriel estaria mantendo conversas com o Progressistas. Ele é pré-candidato a deputado estadual, mas não terá espaço no Partido Liberal, pois está sendo barrado pela deputada federal Júlia Zanatta e pelo deputado estadual Jessé Lopes. Ulisses teria participado de um evento da Fundação Francisco Dornelles, que pertence ao Progressistas, situação que levantou os rumores.
Disputa no Sul

O delegado-geral Ulisses Gabriel é do Sul do Estado. A decisão do deputado estadual Zé Milton Scheffer (Progressistas) de disputar a eleição para deputado federal abre um espaço, embora Scheffer já tenha acertado apoio ao prefeito de Arroio do Silva, Evandro Scaini, que buscará uma vaga na Alesc.
Arquivamento
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa arquivou a Proposta de Emenda Constitucional que previa a mudança do hino estadual. A maioria dos parlamentares aprovou o voto contrário do deputado Fabiano da Luz (PT), que era contra a alteração. A proposta, de autoria do deputado Ivan Naatz (PL) e apoiada pelo governador Jorginho Mello (PL), determinava a realização de concurso público para modificar a letra do símbolo estadual. Entre as justificativas para a iniciativa, o parlamentar alegou que a população não compreende o atual hino. Em contrapartida, Da Luz afirmou que a questão da compreensão pode ser resolvida por meio da educação escolar.
Derrota do governo?

A votação na CCJ do projeto do hino estava empatada em quatro a quatro e acabou sendo desempatada pelo voto do deputado Pepê Colaço (Progressistas), determinando o arquivamento. A bancada petista comemorou por considerar uma derrota não do deputado Ivan Naatz (PL), autor do projeto, mas, sim, do governador Jorginho Mello (PL), que apoiava a proposta. “Um pequeno grupo não pode determinar a mudança de um símbolo estadual só porque ele fala sobre abolicionismo. O nosso hino mostra a diversidade do nosso povo”, afirmou. Fabiano da Luz tem sido o maior antagonista do governador na Alesc.
Almoço em Blumenau

O senador Esperidião Amin (Progressistas) almoçou em Blumenau com o vereador Almir Vieira (Progressistas). Segundo uma fonte, eles estão afinados, e Vieira, que é pré-candidato a deputado federal, conta com o apoio de Amin em sua região. Almir Vieira, que está em seu terceiro mandato, foi o vereador mais votado de seu partido na eleição para a Câmara de Blumenau.
Abuso nas escolas

A coluna tem acompanhado com atenção os casos de denúncias contra professores em Santa Catarina, incluindo o episódio relatado ontem. A secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta, demonstrou preocupação com o aumento de ocorrências envolvendo abusos sexuais e importunação nas escolas, que já somam 23 investigações abertas neste ano — uma média de dois casos por mês. Segundo Ceretta, embora o número pareça pequeno diante do universo de 51 mil professores da rede estadual, “cada caso é grave, pois quem deveria proteger o estudante jamais pode se tornar um agressor”. Ela informou que será lançado, na próxima semana, um programa de segurança e proteção nas escolas, voltado à cultura de paz e à sensibilização de toda a comunidade escolar, incluindo docentes, alunos e famílias.
Ética e emocional
Após as sucessivas denúncias de abusos e importunações cometidos por professores, a secretária de Estado da Educação, Luciane Ceretta, promete endurecer as ações de fiscalização e prevenção nas escolas. Ela afirmou, durante a conversa, que o novo programa a ser lançado buscará reforçar a formação ética e emocional dos educadores, além de instituir ações punitivas mais ágeis e exemplares. “Não temos como prever o comportamento de todos, mas podemos agir em duas frentes: sensibilizar o professor sobre seu papel e punir com rigor quando há confirmação de condutas inadequadas”, afirmou. A secretária também ressaltou que as vítimas e famílias têm recebido assistência psicológica e que os casos seguem sob sigilo enquanto as investigações estão em andamento.
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