Clima de tensão na Polícia Militar; PSD e Novo se aproximam; Investigação em Florianópolis – E outros destaques
Acesse o nosso Canal no WhatsApp!
Criamos um canal oficial no WhatsApp — e você já pode fazer parte!
Mais agilidade, mais bastidores, mais DENÚNCIAS direto no seu celular.
Sem grupos, sem conversas, só informação exclusiva, com a credibilidade do SCemPauta.
Acesse e siga agora:
https://whatsapp.com/channel/0029Vb6oYQTEgGfKVzALc53t
E NÃO ESQUEÇA DE ATIVAR O SININHO PARA RECEBER TUDO EM TEMPO REAL!

A propaganda oficial do Governo do Estado tenta vender a imagem do “estado mais seguro do Brasil”. No entanto, por trás das campanhas e dos discursos, cresce um descontentamento silencioso dentro da própria Polícia Militar. Praças — soldados, cabos e sargentos — afirmam viver um ambiente de medo, perseguição e desigualdade. O alvo principal das críticas é o comando do coronel Emerson Fernandes e o próprio governador Jorginho Mello (PL), acusado de punir quem ousa falar.
Policiais relatam que, sob o atual comando, a corporação vive um clima de “ditadura interna”. Segundo eles, o coronel Emerson adotou um modelo de gestão baseado em retaliação, punições e transferências de quem expressa opiniões contrárias. “Ele não ameaça punir — ele pune de verdade”, disse um militar.
O caso mais emblemático é o do ex-presidente da Aprasc e atual presidente da Federação Nacional de Entidades Militares e Praças Estaduais (Fenepe), João Carlos Pawlick. Ele foi punido com dois dias de detenção após gravar um vídeo criticando o governador por não cumprir promessas de valorização da categoria. “O Pawlick foi punido por defender a classe. É hipocrisia pregar liberdade de expressão e punir quem fala em nome dos praças”, afirmou uma fonte. “Mesmo com respaldo jurídico, não adianta recorrer, porque a última instância é o próprio governador. Ou você fica quieto, ou eles usam o poder para te calar”, denunciou.
Outros militares confirmam que há uma política de silêncio imposta pelo comando. “O sistema foi feito para impedir que o praça tenha voz. Até quem tenta dialogar é punido. As reuniões se tornaram monólogos do comando”, disse um subtenente.
Um dos pontos mais revoltantes para a tropa, segundo militares que falaram na condição de anonimato, é a suspensão das promoções automáticas de cabos a terceiro-sargento, direito garantido por lei estadual. Segundo os relatos, o próprio comandante-geral encaminhou à Procuradoria-Geral do Estado um pedido de parecer sobre a legalidade das promoções — e, com base nisso, as suspendeu. “A lei foi publicada há mais de um ano. Se era ilegal, por que aplicou antes e só agora questionou? Porque, no início do comando, não queria se queimar. Foi tudo articulado”, criticou um policial.
Enquanto os oficiais sobem de patente em prazos regulares, há cabos com 17 ou 18 anos de serviço ainda estagnados. “O cara passa 20 anos e continua como terceiro-sargento, enquanto um oficial já virou major. Isso é desigualdade institucionalizada”, afirmou outro policial.
Os praças também acusam o governo de manter privilégios a oficiais da ativa que ocupam cargos políticos e civis. Segundo eles, tem coronel ganhando mais de R$ 40 mil para trabalhar no Detran, nas casas militares ou em secretarias. “Já o praça precisa assinar termo de renúncia de diárias por falta de verba. A balança é injusta”, destacou um militar.
Duas polícias
Entre os praças, há uma percepção cada vez mais clara de que existem “duas polícias” em Santa Catarina. “Há a polícia dos oficiais, que serve o governador e as autoridades, e a polícia dos praças, que serve o povo, que está na rua, que arrisca a vida. Essa é a polícia da sociedade catarinense — mas é a menos valorizada”, disse um policial.
As críticas também alcançam o governador Jorginho Mello, acusado de não dialogar com a base e de ter escolhido comandantes mais preocupados em manter o controle do que em representar a tropa. “O governador não conversa com a Aprasc, não ouve a base. Escolheu um comandante para amordaçar os praças”, resumiu um militar.
Desvalorização e fuga de vocações
Muitos policiais afirmam que, se pudessem, migrariam para outras forças. “Hoje eu digo: faça concurso para a Civil, Penal ou Bombeiros — mas não para a PM. Aqui não há reconhecimento. A valorização é a pior do Brasil”, disse um praça com mais de 20 anos de serviço.
O desânimo contrasta com o discurso oficial do governo, que enaltece os índices de segurança. “Enquanto o governo faz propaganda de estado mais seguro, quem garante essa segurança está sendo humilhado. O policial que está na rua vive desmotivado, mal pago e sem voz”, disse outro militar.
A coluna segue sendo procurada por policiais de diversas regiões do Estado, que relatam o mesmo sentimento: o de uma tropa que se sente abandonada e silenciada. O espaço está aberto para manifestação da Polícia Militar e do Governo do Estado.
Alinhamento
O prefeito de Chapecó e pré-candidato do PSD ao Governo do Estado, João Rodrigues, acompanhado do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, e do presidente estadual de seu partido, Eron Giordani, esteve em Belo Horizonte no final de semana. Eles participaram de dois eventos que marcaram a filiação do vice-governador Matheus Simões, que deixou o Novo para ir para o PSD. Detalhe: com a bênção do governador Romeu Zema (Novo), que é pré-candidato à Presidência da República, Simões deverá disputar o governo mineiro. Além desse movimento, no Paraná também há uma aproximação entre os partidos, podendo provocar alinhamentos em outros estados, incluindo Santa Catarina.
Análise detalhada

Acompanhe as análises sobre os temas da coluna e outros assuntos da política e da economia de Santa Catarina. O SCemPauta no Ar é transmitido ao vivo, de segunda a sexta-feira, a partir das 10h, com apresentação da jornalista Adriane Werlang e meus comentários. Assista aqui no site ou pelos nossos perfis oficiais no YouTube, Instagram, Facebook e X. Contamos com a sua audiência — ao vivo ou no horário que você puder. Compartilhe nossos links!
Estratégico

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, conversou com o pré-candidato ao Governo do Estado, João Rodrigues, com o presidente da Alesc, Júlio Garcia, e com o presidente estadual do partido, Eron Giordani, destacando que o projeto de Santa Catarina, de ter candidatura própria, é importante para ajudar o projeto do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), que é pré-candidato à Presidência da República. Kassab conversou demoradamente com as lideranças catarinenses sobre a forma como está sendo trabalhado o projeto de Rodrigues aqui no Estado. Além disso, informou que praticamente incentivou o senador Rodrigo Pacheco, que é ligado ao governo Lula (PT), a sair do partido, e que trabalha por uma chapa nacional formada por Ratinho com Romeu Zema (Novo) de vice.
Apoiados por Bolsonaro

O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), ao rebaterem uma informação de que a deputada federal Carol de Toni (PL) se filiou ao Novo para disputar uma vaga ao Senado, afirmaram categoricamente que os candidatos ao Senado por Santa Catarina apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são o próprio Carlos e Carol de Toni (PL). Vale informar que a informação não se confirmou e que, por enquanto, a parlamentar permanece no Partido Liberal. Resta saber se os filhos do ex-presidente vão para o enfrentamento também com o governador Jorginho Mello (PL), ao ponto de tentarem forçar uma chapa pura do PL ao Senado — o que é rechaçado pelo chefe do Executivo estadual. Quem terá mais força para decidir?
A propósito
O senador Esperidião Amin (Progressistas) terá que avaliar o cenário ao Senado. Não terá apoio do eleitorado do PL, que votará em Carlos Bolsonaro (PL) ou Carol de Toni (PL), e também não deverá ter o voto dos emedebistas, caso esteja numa composição com o governador Jorginho Mello (PL). Que cenário se desenha?
Violência sexual em escola
A Secretaria de Estado da Educação publicou uma portaria assinada pela secretária Luciane Ceretta, abrindo uma investigação interna para apurar a acusação de uma aluna contra um professor da rede pública estadual. Entre assédios, importunações, toques em partes íntimas e outros atos inadequados de educadores contra alunos — o que já resultou em 22 investigações internas —, desta vez o caso teve ainda mais gravidade. Um professor é acusado de ter se envolvido e mantido “relação íntima com aluna, com possível prática de violência sexual, ameaças, agressão física e atentado contra a liberdade e dignidade da estudante”.
CNH

Um programa do Governo do Estado, através do Detran, deve facilitar o acesso de pessoas de baixa renda à sua primeira habilitação, ou permitir que quem já a possui adicione categorias ou se qualifique para atuar no setor de transportes, através do CNH Emprego na Pista. As inscrições são gratuitas e, por sorteio eletrônico que acontecerá no próximo dia 31, serão definidos os beneficiários. A transmissão será ao vivo, a partir das 14h. Clique para conferir os municípios (Clique aqui).
Investigação em Florianópolis
A 31ª Promotoria de Justiça abriu um inquérito para apurar denúncias de irregularidades na licitação da Prefeitura de Florianópolis para concessão de quiosques de praia durante a próxima temporada de verão. Segundo o despacho do Ministério Público, há indícios de superfaturamento nos lances, participação indevida de pessoas físicas e uso de laranjas para inflar os valores do certame. O documento também cita falta de conferência documental, instabilidade na plataforma eletrônica e cláusulas de pagamento consideradas inexequíveis. Parte dessas irregularidades já teria ocorrido em licitação do verão anterior, gerando prejuízo ao município.
Sete denunciados
O MP informou que sete pessoas foram denunciadas à Justiça por integrarem uma “sociedade informal” que operava um esquema de recompra e repasse irregular de quiosques, arrematados em pregão da Prefeitura de Florianópolis. A investigação identificou que o grupo usava laranjas para garantir os lances e depois revendia os pontos a terceiros. O caso foi desdobramento de um inquérito criminal que resultou em operação conjunta da Polícia Civil e da Guarda Municipal, em março deste ano, contra uma organização criminosa que também extorquia comerciantes nas praias da Capital.
Envolvimento de agentes públicos
O Ministério Público decidiu dividir a investigação em dois inquéritos. O primeiro busca impedir que o grupo já denunciado volte a participar de licitações municipais. O segundo vai apurar o envolvimento de agentes públicos e particulares na “frustração dolosa” do edital referente às praias de Jurerê Internacional e Tradicional. O promotor Thiago Carriço de Oliveira se reuniu com o secretário da Controladoria-Geral do Município, coronel Araújo Gomes, e a secretária adjunta Christiane Egger Catucci. O registro da reunião foi inserido no inquérito, mas não detalha os encaminhamentos do encontro.
Histórico de investigações
A mesma promotoria já havia apurado, em junho de 2023, irregularidades na concessão de pontos comerciais na praia da Lagoinha do Leste. À época, a investigação concluiu que a Floram concedeu permissões fora das regras previstas na portaria que regulamentava o comércio dentro da unidade de conservação. Embora a irregularidade tenha sido confirmada, o caso foi arquivado em outubro de 2023 por falta de provas de dolo dos agentes públicos, requisito previsto na nova Lei de Improbidade Administrativa. A Floram acatou a recomendação da promotoria e deixou de conceder autorizações sem base legal.
Contraponto
A Prefeitura de Florianópolis informou, por meio de nota, que identificou as irregularidades junto ao MP e está fornecendo informações e documentos necessários para o esclarecimento do processo. “Todas as denúncias de irregularidade são apuradas pela Controladoria-Geral do Município, responsável pelas ações de integridade, transparência e monitoramento das políticas públicas de Florianópolis. Além disso, o Município reforça que aprimora continuamente seus processos de contratação, com a adoção de novos mecanismos de controle e transparência para evitar fraudes. A adoção de processos licitatórios se firma como forma de garantir a integridade das contratações públicas, pois suas etapas de verificação de documentos técnicos, jurídicos e financeiros possibilitam detectar irregularidades por parte dos interessados”, informou a comunicação da Prefeitura.
CPI do Esgoto
A CPI do Esgoto da Câmara de Blumenau realiza hoje, às 10h, mais uma reunião no plenário para ouvir novamente o diretor-geral da Agência Intermunicipal de Regulação (Agir), Paulo Costa, e um técnico da agência. Os parlamentares querem esclarecimentos sobre o fluxo de caixa da concessão dos serviços de esgotamento sanitário, incluindo pontos como frustração de receitas, composição tarifária e repasses previstos em contrato. A oitiva faz parte da fase de coleta de informações da CPI, que apura a atuação da Agir na regulação e fiscalização do serviço e busca compreender os impactos econômicos da operação para o município e os consumidores.
Faísca em Itapema

Um sinal claro de que o clima entre o prefeito de Itapema, Alexandre Xepa (PL), e a ex-prefeita Nilza Simas (PL) não melhorou é que Xepa apoiará o ex-prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL), que disputará uma vaga à Assembleia Legislativa. Nilza também é pré-candidata a estadual, mas não contará com o apoio do prefeito que apoiou na eleição. Na verdade, apoiou a contragosto, o que fez com que a relação com Xepa não fosse boa desde o início do mandato do atual prefeito.
BR-101
O vereador de Itapema, Saulo Ramos (Progressistas), se deslocou de seu município para Itajaí para poder participar de uma audiência pública sobre a BR-101. Detalhe: ele não conseguiu chegar, porque ficou preso no trânsito na BR-101. De acordo com Ramos, foram cerca de duas horas de engarrafamento que o impediram de chegar a tempo ao encontro, que ocorreu na Univali. A rodovia ficou parada devido a um acidente com vítima fatal entre Itajaí e Navegantes.
Veja mais postagens desse autor

