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Apesar da propaganda, Santa Catarina tem inúmeros casos de pessoas na fila. — Imagem ilustrativa: FMB

O Ministério Público, por meio da 33ª Promotoria de Justiça da Capital, abriu mais dois inquéritos civis sigilosos para apurar falhas na gestão da Secretaria de Estado da Saúde. As novas investigações expõem o que se tornou um dos maiores gargalos do sistema público catarinense: o represamento de cirurgias e exames essenciais — ou seja, filas que obrigam milhares de pacientes a esperar por procedimentos, mesmo sob o risco de agravamento de doenças.

O primeiro inquérito apura a demanda reprimida para exames oculares — entre eles, campimetria computadorizada ou manual com gráfico, curva diária de pressão ocular e tomografia de coerência óptica. Esses procedimentos são fundamentais para o diagnóstico e acompanhamento de doenças como glaucoma e catarata, que, sem tratamento adequado, podem levar à perda parcial ou total da visão.

Em maio, a coluna revelou que outra investigação do MP já apura a falta de atendimento nessa mesma área. Só na Grande Florianópolis, mais de 37 mil pacientes aguardam por consultas e exames oftalmológicos, e, até o momento, o Governo do Estado não apresentou solução concreta para o problema, que se arrasta desde 2019.

O segundo inquérito investiga a demanda reprimida — leia-se, filas — para a realização de cirurgias de remoção de cálculo ureteral (ureterolitotomia). Trata-se de um procedimento delicado e, muitas vezes, emergencial, necessário quando o paciente apresenta obstrução nos ureteres, o que pode causar fortes dores, infecções e danos renais graves. Na prática, isso significa que há pessoas convivendo com dor e risco à saúde, sem previsão de quando serão operadas.

Ambos os inquéritos são conduzidos pela promotora de Justiça Andréa da Silva Duarte, responsável por fiscalizar as ações do Governo do Estado na área da saúde.

Oito investigações

Com os dois novos procedimentos, já são pelo menos oito inquéritos abertos pelo Ministério Público neste ano para investigar falhas semelhantes na rede estadual. Em comum, todos tratam de situações em que a lentidão do sistema coloca vidas em risco.

No início de outubro, o MP instaurou investigações sobre a dificuldade para pacientes conseguirem vagas ambulatoriais de hemodiálise e sobre a fila para cirurgias de retirada da vesícula biliar (colecistectomias) — ambas consideradas de alta prioridade clínica.

Em setembro, foram abertos três inquéritos para apurar demoras em exames de imagem, incluindo ultrassons obstétricos, retinografia binocular colorida e ressonância magnética com sedação. Em todos os casos, o diagnóstico tardio ou a falta de atendimento pode agravar quadros clínicos e comprometer a recuperação dos pacientes.

Contraste com a propaganda

As novas investigações da 33ª Promotoria reforçam o contraste entre a realidade da rede pública e o discurso oficial do governo Jorginho Mello (PL), que divulga ações e investimentos na área da saúde através de campanhas publicitárias milionárias, as quais escondem uma realidade que tem causado dor e sofrimento a uma boa parcela da população.

Na prática, o Ministério Público vem apontando falhas estruturais graves, com filas crescentes, falta de regulação eficiente e atraso em procedimentos básicos e cirúrgicos. Os inquéritos seguem em andamento sob sigilo, mas a expectativa é de que a promotoria requisite novas informações e cobre medidas imediatas da Secretaria de Estado da Saúde. Enquanto isso, milhares de catarinenses continuam à espera de cirurgias e exames que não podem esperar.

Procurada, a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde informou que não comentará.

Tarifaço

Conversa entre Trump e Lula deu início às tratativas para a revogação das tarifas. — Imagem: Presidência

Ontem, o vice-presidente da Fiesc, André Odebrecht, falou ao SCemPauta sobre a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente americano Donald Trump. Ele viu com otimismo o resultado da primeira conversa. “Achei que é o início de uma negociação mais efetiva. A gente está olhando muito pelo ponto de vista econômico. O encontro vem de uma força econômica muito importante para os dois países”, destacou. Através de nota, o presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, disse que a iniciativa reforça o compromisso de ambos os governos com a construção de soluções equilibradas para o comércio entre Brasil e Estados Unidos.

Cenário preocupante

O aumento de 50% nas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros tem provocado fortes impactos nas exportações de Santa Catarina para o mercado norte-americano. De acordo com dados da balança comercial compilados pelo Observatório Fiesc, em setembro as vendas catarinenses para os EUA caíram 55% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, somando US$ 78,7 milhões. Um estudo que projeta uma redução de 30% nas exportações para os Estados Unidos ao longo de um a dois anos estima que o PIB de Santa Catarina poderá encolher em R$ 1,2 bilhão. Entre os efeitos previstos estão a perda de cerca de 20 mil empregos e a queda de R$ 171,9 milhões na arrecadação de ICMS. Porém, o início das negociações deve impedir esse prejuízo geral que estava sendo estimado.

Outros mercados

Também questionei o vice-presidente da Fiesc, André Odebrecht, se, a exemplo de mercados como o do café e das carnes, as empresas catarinenses também conseguiram abrir outros mercados nesse período de crise provocada pelo tarifaço. Ele disse que, em geral, ainda não, embora todos, com o apoio da Fiesc e com suas próprias articulações, estejam buscando essa abertura. “Mas, diferente dos commodities, os produtos industrializados são sempre mais complexos para efetivar novos mercados. Precisamos de mais tempo para isso”, afirmou.

Análise ponto a ponto

Assista ao SCemPauta no Ar, o nosso programa ao vivo que vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir das 10h. O programa é apresentado pela jornalista Adriane Werlang e conta com os meus comentários sobre os principais assuntos da coluna e outros temas de interesse da população catarinense. Assista aqui no site ou através de nossos perfis no YouTube, Instagram, Facebook e no X. Assista e compartilhe!

Ao governo?

Fala de Décio Lima pode revelar mudança de rumo na pré-candidatura – Imagem: Rede Social

O presidente do Sebrae, durante uma plenária do PT em Joinville no final de semana, novamente levantou dúvidas sobre qual eleição disputará no próximo ano. Lima, que tem dito nos bastidores que prefere o Senado, falou como pré-candidato ao Governo do Estado. Ele destacou que não vê a hora de debater com o governador Jorginho Mello (PL) e com o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). “Eu quero que eles se levantem para falar mal do Lula que tirou mais uma vez o país do mapa da fome”, provocou. Décio afirmou que a esquerda não precisa mais temer as agressões das quais tem sido vítima nos últimos anos. “Nós temos que ignorar elas. Não são mais obstáculo”, garantiu.

Júlia critica aproximação

Júlia criticou a aproximação do PL com o MDB – Imagem: Rede Social

A deputada federal Júlia Zanatta (PL) mais uma vez se manifestou contra uma aliança do Partido Liberal com o MDB. Para ela, os emedebistas estão fortalecendo sua base no governo Jorginho Mello (PL). Ela disse não ter nada contra o MDB, mas não concorda com a aproximação e criticou a fala do presidente estadual Carlos Chiodini, que se manifestou contra pautas consideradas por Júlia como importantes, a exemplo da anistia e do combate ao comunismo. No vídeo, Chiodini teria classificado esses temas como inúteis, chamando a atenção para o fato de que há pautas mais relevantes para a sociedade. Falei com a parlamentar ontem à noite. Ela disse que apenas deu sua opinião. “Minha fala só é o reflexo do que meus eleitores me falam”, afirmou. Uma enquete feita por ela no Instagram registrou 19% a favor da aliança e 81% contra.

Não é só uma opinião

A deputada federal Júlia Zanatta (PL) sabe bem que suas manifestações não são apenas “opiniões”. Ela tem o poder de mexer com parte da militância bolsonarista no Estado e, quando faz um vídeo criticando a aproximação de seu partido com o MDB, o intuito está claro: ela quer, sim, provocar uma onda de pressão no governador Jorginho Mello (PL) para que ele repense a política de alianças. Só que nessa leitura dela há um erro: quando o MDB se aproxima do PL, ele não se fortalece com os liberais; pelo contrário. Nessa relação, os emedebistas darão o voto, mas serão ignorados e atropelados pelos bolsonaristas, que até gostam de receber o voto emedebista, mas não os toleram como parceiros políticos. Serão sempre vistos como adversários programáticos que devem ser derrotados. Isso é um fato!

Traição

O evento do MDB em Balneário Camboriú realmente foi muito forte. O partido tem lideranças comprometidas com o projeto do governador Jorginho Mello (PL) de tentar a reeleição, porém ainda há muita desconfiança entre quadros importantes do partido. Na bancada estadual e federal, há quem, a boca pequena, ainda veja o cenário em aberto e acredite que, apesar dos movimentos, pode haver mudanças. E pegando um trecho da fala do governador em seu discurso, quando disse que estarão juntos, houve o seguinte comentário de dois parlamentares: “Alguém poderá trair alguém”. Essa fala foi uma resposta à falta de uma afirmação mais clara por parte de Jorginho de que o MDB indicará o vice.

Apoio em branco

Também ficou claro que os emedebistas não aceitarão dar o chamado “apoio em branco”, quando não há contrapartidas nem condições. Em suma, é um apoio sem espaço na majoritária. Uma liderança emedebista chegou a dizer: “Nem adianta vir com promessa de presidência da Assembleia, pois quem decide a presidência são os deputados estaduais. O governador (Jorginho Mello) tentou por duas vezes interferir e perdeu”, deu o recado.

Indefinição

Nos bastidores, é visto que a deputada federal Caroline de Toni (PL) terá que tomar uma decisão a curto prazo sobre seu futuro partidário. A leitura é de que, se a parlamentar deixar para o ano que vem, não conseguirá viabilizar sua candidatura ao Senado, o que a levará a mais uma disputa para deputada federal sob desgaste com sua base, o que poderá enfraquecê-la politicamente. O Novo quer que de Toni analise essa possibilidade.

Strike

Salmir assinou ficha no Republicanos para disputar uma vaga na Alesc – Imagem: Divulgação

O prefeito de Biguaçu, Salmir da Silva, deixou o MDB para se filiar ao Republicanos, atendendo a um convite do governador Jorginho Mello (PL). Vale sempre lembrar que é Jorginho quem manda no Republicanos. De uma só vez, o governador pode estar fazendo um strike em dois parceiros: Salmir deixa o MDB e é possível que leve seu vice, Alexandre Souza, filiado ao Podemos, partido que também se uniu ao projeto do governador.

De saída

O secretário de Estado da Comunicação, Bruno Oliveira, poderá deixar o comando da Secretaria de Estado da Comunicação. A ideia estaria sendo discutida para que ele possa se dedicar apenas ao projeto eleitoral do governador Jorginho Mello (PL). Como o trabalho na comunicação do Estado já está sendo feito visando à eleição, Oliveira teria sido orientado a deixar o comando da pasta para trabalhar livremente. A informação é de que Bruno também estaria trabalhando para Fábio Botelho, chefe de gabinete do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD).

Despesa de servidores

O Tribunal de Contas do Estado fixou entendimento de que é legal e constitucional o ressarcimento de despesas com deslocamento urbano — como táxi, transporte por aplicativo ou veículo adaptado — a agentes públicos em viagens oficiais fora do Estado, desde que o benefício seja devidamente regulamentado e tenha finalidade pública comprovada. A decisão consta no acórdão relatado pelo conselheiro Gerson dos Santos Sicca, em resposta à consulta apresentada pelo prefeito de Vitor Meireles, Marcelo Darolt (PL). O Tribunal destacou que o reembolso deve ter natureza indenizatória, não podendo duplicar valores já cobertos pelas diárias, e precisa seguir critérios objetivos e previamente definidos, com prestação de contas transparente e documentada.

Mulheres

Marlene durante o lançamento do Movimento Mulheres – Imagem: Divulgação

A ex-deputada estadual e atual secretária-geral da Assembleia Legislativa, Marlene Fengler, lançou em Florianópolis o Movimento Mulheres, um projeto que, segundo ela, nasceu do desejo de aproximar e dar voz às mulheres em todas as fases da vida. A iniciativa vai promover uma série de encontros, estimulando o diálogo, a empatia e o protagonismo feminino. “O movimento chega para reafirmar que a força feminina cresce quando é compartilhada. O primeiro reuniu quase 60 mulheres de diferentes áreas de atuação, que compartilharam suas experiências sobre etarismo e invisibilidade no mercado de trabalho com especialistas em longevidade”, explica Marlene.