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Vice-presidente da Fiesc vê com otimismo o resultado da reunião entre Lula e Trump – Imagem: Divulgação

O vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), André Odebrecht, avaliou como positiva a primeira reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicanos). Em conversa com o SCemPauta, ele afirmou que o encontro representa o início de uma negociação mais efetiva entre os dois países, com foco econômico e potencial para destravar o chamado tarifaço que vem afetando diretamente setores industriais catarinenses.

Segundo Odebrecht, o Brasil mantém um déficit na balança comercial com os Estados Unidos, o que reforça o interesse de ambos em manter uma relação equilibrada e estratégica. “Achei que é um início de uma negociação mais efetiva. A gente está olhando muito pelo ponto de vista econômico. O encontro vem de uma força econômica muito importante para os dois países”, destacou. Ele lembrou que os Estados Unidos são o maior investidor estrangeiro no Brasil e que há um interesse mútuo em manter uma parceria sólida com uma economia do porte da brasileira.

O dirigente explicou que os setores mais prejudicados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos são aqueles ligados a produtos de maior valor agregado, especialmente madeira, móveis e componentes industriais. De acordo com ele, o impacto já é visível, com queda de faturamento e aumento do desemprego. “É uma situação bastante caótica. As empresas exportadoras de madeira e derivados são as mais afetadas, e já há forte índice de desemprego. Outras áreas, como peças de motores e alimentos, também sentem o reflexo. A economia não vai resistir a tarifas tão altas por muito tempo”, alertou.

Embora não tenha apresentado números exatos, o vice-presidente da Fiesc adiantou que os dados do Observatório da Fiesc apontam reduções significativas no faturamento e no nível de emprego, e que, nos setores mais atingidos, o desemprego pode chegar a 30% da força de trabalho. Ele ressaltou que as empresas estão tentando manter os quadros, reduzindo jornadas e operando parcialmente, mas que a situação se agrava a cada semana sem uma solução definitiva.

Odebrecht demonstrou otimismo quanto à possibilidade de um acordo rápido. Segundo ele, caso haja entendimento entre os governos nos próximos dias, a retomada das exportações pode ser quase imediata, já que muitas indústrias estão sacrificando margens de lucro para manter seus contratos e distribuidores nos Estados Unidos. “Boa parte das indústrias está sacrificando o próprio caixa para manter o mercado nos Estados Unidos. Se houver uma negociação clara e realista, com tarifas entre 10% e 15%, acredito que a retomada será muito rápida”, afirmou.

Empregos

Sobre a recuperação do emprego, o vice-presidente da Fiesc disse acreditar que a recontratação será imediata em boa parte das empresas, especialmente aquelas que reduziram jornadas, mas não romperam vínculos. “As indústrias têm sido cautelosas. Muitas preferiram reduzir dias de trabalho para preservar empregos. Caso o acordo avance, a volta do emprego será muito rápida — e até com incremento de vagas, pela retomada da competitividade”, avaliou.

Ele defendeu ainda que as ações emergenciais adotadas pelos governos federal e estadual para conter os efeitos do tarifaço devem permanecer por algum tempo, até que a economia se estabilize. “Como houve um dano econômico grande, seria prudente manter essas políticas por um período. Depois, conforme a recuperação se confirmar, elas poderiam ser revistas”, concluiu.

Odebrecht finalizou destacando que os impactos do tarifaço têm sido muito fortes e que a Fiesc acompanha o tema de perto, com dados técnicos em constante atualização. Ele sugeriu que a entidade, poderá divulgar em breve números oficiais sobre o impacto nas exportações e no emprego em Santa Catarina.