Foto: Mauro Schlieck / CVJ

A demora na realização de cirurgias bariátricas na região de Joinville foi discutida no plenário da Câmara na tarde desta quinta-feira (6). O debate sobre a fila das bariátricas foi organizado pelo gabinete do vereador Pastor Ascendino Batista (PSD), que presidiu a reunião pública.

Segundo o vereador, as queixas sobre a demora para a cirurgia bariátrica e de retirada do excesso de pele são recorrentes e antigas. O tempo de espera é superior a cinco anos.

O secretário estadual de saúde reconheceu que há uma demanda reprimida para as bariátricas, mas que o governo está adotando medidas.

“Em 2023, iniciamos um programa robusto para enfrentamento das filas de cirurgias eletivas, entre elas, as bariátricas. Entendemos que para ampliar acesso é fundamental ampliar o serviço, e é isso que estamos realizando, trabalhando em várias linhas de atuação. Do ano passado para cá já habilitamos mais dois hospitais, que agora estão aptos a realização desse procedimento”, afirmou.

Segundo portaria do Ministério da Saúde, para que o paciente seja inserido na fila para cirurgia bariátrica, ele precisa preencher uma série de requisitos, dentre eles está a permanência de no mínimo dois anos no sistema de atenção.

A gerente Regional de Saúde de Joinville, Graziela Vieira, apresentou o cenário atual dos pacientes que aguardam pelo procedimento.

“Realizamos uma depuração da fila. Observamos que havia um erro: pacientes que ainda não possuíam indicações clínicas estavam inseridos no sistema. E isso é muito grave, pois gera uma apreensão no paciente que está aguardando pelo procedimento. Agora, com a abertura do serviço em Mafra, estamos reorganizando e redistribuindo os pacientes que estavam aguardando no Regional de Joinville”, explica.

Além da ampliação da rede, o governo implantou a Tabela Catarinense. Com este novo sistema de pagamentos pelos procedimentos, atualmente, o Estado proporciona uma remuneração de R$ 9.217,50, enquanto a Tabela SUS remunera em R$ 6.145,00. Quanto à cirurgia de dermolipectomia abdominal pós-bariátrica, o Governo do Estado está pagando o dobro do valor estipulado pela Tabela SUS.

Hospitais habilitados para cirurgia bariátrica

Hospital Dom Joaquim, de Sombrio;
Hospital Azambuja, de Brusque;
Hospital São Vicente, de Mafra;
Hospital Geral Tereza Ramos, de Lages;
Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville;
Hospital Universitário, de Florianópolis;
Hospital Santo Antônio, de Blumenau;
Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, de São José.