Deputada Luciane Carminatti e professor Fernando Penna, coordenador da pesquisa | FOTO: Vicente Schmitt/Agência AL

A Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Alesc, presidida pela deputada estadual Luciane Carminetti (PT), divulgou uma pesquisa nacional sobre a violência contra educadores aos professores de Santa Catarina, da pré-escola à universidade, pública ou privada.

A pesquisa está disponível nesta página do Observatório Nacional da Violência contra Educadoras/es, vinculado à Universidade Federal Fluminense (UFF). O objetivo é produzir dados para uma compreensão mais ampla do discurso de ódio e da violência contra educadores, para identificar e compreender uma nova configuração da violência contra professores, que se intensifica a cada ano.

“É um survey (pesquisa para obtenção de dados) aplicado nacionalmente, de maio a julho, com a possibilidade de estender até agosto. Queremos saber o perfil do professor para entender os mais perseguidos e verificar o tamanho da exposição à violência”, explicou o professor Fernando Penna, da UFF e coordenador da pesquisa.

Concluída a primeira etapa, segundo Penna, terá início a segunda etapa, com a entrevista de vários professores vítimas de violência para “dar cara ao fenômeno”. Segundo o coordenador, quanto mais elevado o número de professores que responderem, mais precisa a pesquisa.

“Estou aqui para convidar a participarem, para pedir que compartilhem a pesquisa nos grupos do WhatsApp, se a gente tiver os dados, estaremos em condições de demandar políticas públicas”, ponderou o pesquisador da UFF, que garantiu que os relatos daqueles que já responderam o questionário “é de cortar o coração”.

Luciane Carminatti (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura, destacou a importância da pesquisa e apelou aos professores para que participem e respondam o questionário.

“Perdemos a conta da quantidade dos profissionais que sofreram violência, muitas denúncias não chegam à Comissão de Educação, mas Santa Catarina virou laboratório de perseguição dos educadores. Estudantes são incentivados a denunciar por grupos ideológicos, direções autoritárias, pais envolvidos em temáticas absurdas, descontextualizadas, que vêm pra dentro da escola”, declarou Carminatti.