Após meses parado, projeto do duodécimo da Defesa Civil deve voltar a tramitar; MDB quer discutir a relação com Jorginho, entre outros destaques
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Em outubro do ano passado, cobri uma reunião entre alguns deputados estaduais que discutiram a proposta do deputado Camilo Martins (Podemos) de criar um Duodécimo para a Defesa Civil catarinense. Pela proposta, o percentual destinado ao setor passará, caso seja aprovado, de 0,27% para 0,50% da receita do Estado, sendo que o repasse passaria a ser como o duodécimo dos poderes.
A proposta contou com a colaboração de alguns dos deputados presentes ao encontro, a exemplo de Júlio Garcia (PSD), que sugeriu uma discussão com os demais poderes para que o recurso não saia somente do caixa do Governo do Estado. Todos colaborariam com um percentual.
Como Santa Catarina é um estado que constantemente é afetado por desastres naturais, o ideal é que o projeto, que foi protocolado na Alesc no dia 29 de agosto de 2023, tramitasse com rapidez. Porém, não foi isso que aconteceu. O deputado Marcius Machado, atual líder do PL no parlamento, fez um pedido de vista na Comissão de Constituição e Justiça, mesmo após um parecer favorável do relator, deputado Napoleão Bernardes (PSD), e segurou a tramitação, que simplesmente ficou engavetada sem que o deputado fizesse qualquer movimento para dar celeridade à tramitação. De acordo com integrantes da CCJ, Machado interrompeu a tramitação a pedido do Governo do Estado.
Agora, em meio à repercussão da maior tragédia climática vivida pelo Rio Grande do Sul, é que Marcius Machado resolveu devolver o projeto, o que permitirá a retomada de sua tramitação. Inclusive, existe a possibilidade de que isso ocorra ainda hoje, na sessão conjunta da CCJ com a Comissão de Finanças da Alesc.
O autor do projeto, Camilo Martins, se mostrou confiante. Em rápida conversa, ele me disse que, para o projeto ter um efeito prático, será necessária a união do governador Jorginho Mello (PL) com os demais líderes de poderes. Martins também adiantou que a ideia é que do recurso que será repassado à Defesa Civil, 30% seja destinado à prevenção e 70% para o combate aos desastres. Resta saber se Marcius realmente vai liberar o projeto.
Gesto de Rodrigues
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), fez um gesto em favor do prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), ao participar de um rodeio no município. Rodrigues elogiou as obras de mobilidade, em especial o projeto da avenida Beira-Rio, que ganhará o nome do ex-prefeito Gervásio Silva. O gesto do prefeito de Chapecó, que é amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tanto que será apoiado pelo líder dos conservadores, ocorre em um momento em que a pré-candidata de oposição, Adeliana Dal Pont (PL), patina para tentar superar a rejeição de Bolsonaro, que soube de suas críticas a ele durante a pandemia.
Aluguel de candidato
A eleição em Florianópolis poderá ter uma candidatura a prefeito de aluguel, a exemplo do que já ocorreu em uma eleição ao Governo do Estado. Se o pseudo candidato for, não irá para disputar a eleição a prefeito. Usará o seu tempo para atacar o atual prefeito Topázio Neto (PSD) e quem mais lhe mandarem atacar. Corre nos bastidores que a recompensa terá como origem uma grande empresa do ramo alimentício. A questão é que, quando fato semelhante ocorreu num pleito ao Governo do Estado, o tal candidato de aluguel vendeu o seu passe para auxiliar dois candidatos antagônicos. Agora, será que repetirá o mesmo negócio?
Movimento tardio
O deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL) tem divulgado nas redes sociais a sua pré-candidatura a prefeito de Balneário Camboriú. O parlamentar dobra a aposta, mesmo após o governador Jorginho Mello (PL) anunciar, em um evento, que Peeter Lee Grando é o candidato liberal para a sucessão do prefeito Fabrício Oliveira (PL). O movimento de Silva é tardio, perdeu o tempo e já está inviabilizado, uma vez que os liberais, com a exceção dos deputados, abraçaram Grando. Se tivesse se movimentado antes, ao invés de esperar para ser ungido como candidato do partido, teria tornado a sua candidatura irreversível. Um sinal de que Carlos Humberto começa a jogar a toalha é a viagem de duas semanas que fará aos Estados Unidos com sua esposa e filho.
Discutir a relação
A bancada estadual do MDB aguarda a confirmação de uma audiência com o governador Jorginho Mello (PL). A bancada na Assembleia Legislativa quer uma mudança brusca do Governo do Estado em relação ao partido. Segue a reclamação sobre a situação de Jerry Comper na Secretaria de Estado da Infraestrutura. De acordo com um parlamentar, o tratamento do governador em relação a ele não melhorou. Além disso, o partido quer ser incluído nas decisões do governo sobre ações.
Apoio nos presídios
Após a autorização concedida pelo governador Jorginho Mello (PL), 30 policiais penais de Santa Catarina se preparam para partir em missão nos próximos dias, ao Rio Grande do Sul. Os policiais vão prestar assistência emergencial a duas unidades prisionais no estado vizinho, severamente afetadas pelas inundações. Os policiais saem com destino ao RS na manhã desta quarta-feira.
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