A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa recebeu a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, nesta terça-feira (16), que apresentou as estratégias adotadas pelo governo do Estado sobre a alta na ocupação de leitos de UTI, e na procura por serviços de emergência, a fila das cirurgias eletivas e o cenário epidemiológico atual. A secretária veio a convite do presidente da Comissão, deputado Neodi Saretta (PT).

Segundo Carmen, a taxa de ocupação dos leitos de UTI já chegou a 94,14%. Desde janeiro do ano passado foram abertos 163 leitos, entre adultos, neonatais e pediátricos.

Com relação aos leitos hospitalares clínicos, a média de ocupação gira em torno de 60% e, segundo a secretária, além de adequações na infraestrutura dos hospitais, o Estado também atua na ampliação dos leitos que recebem, entre outras demandas, a de pacientes acometidos pela dengue.

Dengue em SC

Em Santa Catarina, que ainda está com Decreto de Emergência vigente, o pico da dengue foi registrado no fim de março e a expectativa é de que a doença chegou a um platô.

Em 2024, o número de casos prováveis de dengue aumentou 185% em relação ao ano passado e 83 mortes foram registradas no estado em 2024. Outras 36 estão em investigação. As regiões com maior complexidade são a Nordeste, Vale do Itajaí e Oeste.

Vacina

Com relação à cobertura de vacinação contra a dengue, a região de Joinville, que foi a primeira a receber as doses ofertadas pelo Ministério de Saúde, atingiu 73,12% do público alvo, que são crianças com idades entre 10 e 14 anos.

“Recentemente o Estado recebeu uma nova remessa de vacinas, que estão sendo aplicadas na região da Grande Florianópolis, porque mesmo com as doses disponíveis, a cobertura ainda está muito baixa e nós temos o grande desafio de chegar em cada uma destas crianças de 10 a 14 anos”, frisou.

Doenças respiratórias

Zanotto também fez um apelo aos grupos prioritários da vacinação contra Influenza, para que procurem as unidades de saúde. Com mais de 3 milhões de doses disponíveis, Santa Catarina vacinou apenas 20,02% do público alvo.

Cirurgias eletivas

Sobre as cirurgias eletivas, a secretária acrescentou que caso seja necessário, o Estado poderá, conforme a região, reduzir a realização destes procedimentos para priorizar a internação de casos emergenciais em decorrência de complicações respiratórias.

Segundo ela, o governo realizou, desde o início da gestão, 422.810 mil cirurgias eletivas. “No ano passado, nosso recorde foi registrado no mês de agosto, com 12.615 procedimentos e em março deste ano nós praticamos já batemos esta média, com 12.160 cirurgias. A tendência, se não tivermos que reduzir estes procedimentos, é continuarmos num gráfico de crescimento porque este mês já realizamos 7.023 cirurgias”, finalizou.