Fábrica de automóveis da BMW em Araquari | Foto: Eduardo Valente/SECOM

O bom desempenho econômico de Santa Catarina neste início de ano se refletiu em mais um mês positivo para a arrecadação tributária estadual. Março terminou com uma receita tributária de R$ 4,2 bilhões, valor que representa alta nominal de 15,9% em relação ao mesmo período de 2023. Na prática, considerando a inflação de 4,5% no período (IPCA), houve aumento real de 10,9% na comparação com março do ano passado.

Os resultados expressivos dos três primeiros meses do ano são historicamente favorecidos pela grande circulação de turistas que visitam SC no período, com aumento significativo no consumo de combustíveis, energia elétrica e bebidas, embora os números de março ainda refletem o movimento econômico de fevereiro.

Para os próximos meses do ano, as projeções da Secretaria de Estado da Fazenda apontam para um resultado mais modesto, com uma taxa de crescimento real entre 6% e 7% ao final dos 12 meses.

Setores

A análise técnica da Fazenda avalia que o aumento da arrecadação no mês passado está associado ao bom desempenho dos setores de combustíveis (alta nominal de 39%), automóveis (26,9%), bebidas (24,9%) e medicamentos (19,4%).

Todos os demais segmentos econômicos monitorados pela Fazenda catarinense também apresentaram crescimento, com exceção das grandes redes de varejo, que apresentaram ligeira queda (-0,2%).

Impostos

Em março, Santa Catarina arrecadou cerca de R$ 3,3 bilhões em ICMS, o que representa ganho real de 15,2% na receita do imposto na comparação com março de 2023. Por outro lado, houve queda na arrecadação do IPVA (-11,3%) e do ITCMD (-0,1%).

No mês passado, SC recebeu 23,9% a mais em transferências tributárias da União relativas ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI Exportações). Considerando a inflação, a variação real foi de 18,6% na comparação com março de 2023.

Arrecadação em 2024

(crescimento real, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês de 2023)

  • Janeiro + 16,9%
  • Fevereiro + 12,6%
  • Março + 10,9%