O Poder Executivo estadual não prioriza a educação profissional tecnológica (EPT). Há pouco esforço para aumentar a oferta desse tipo de ensino aos estudantes catarinenses. As vagas disponibilizadas são escassas e insuficientes para atender a demanda estudantil. Isso é bastante preocupante, uma vez que a falta de acesso a esse tipo de ensino provoca reflexos sociais e econômicos negativos.

Em recente estudo feito pelo INSPER, a pedido da Fundação Itaú, ficou comprovado que o PIB brasileiro poderia aumentar até 2,32%, caso o acesso dos alunos ao ensino médio técnico profissional fosse triplicado. Fica claro que o investimento nesse tipo de ensino tem repercussão econômica direta na melhoria produtiva e no aumento de renda dos trabalhadores. Por isso, o Estado de SC precisa empreender esforços para fomentar a expansão da oferta de EPT nas instituições públicas estaduais.

É fundamental que seja articulada a oferta daqueles cursos às necessidades do mercado de trabalho. Os currículos escolares precisam ser condizentes com a realidade local, visando assegurar a empregabilidade dos estudantes egressos. É decisiva a participação do setor produtivo, para que possam contribuir ativamente na formação dos estudantes, mediante o oferecimento de estágios, troca de experiências etc.

Para que Santa Catarina tenha um ensino técnico profissional de qualidade, é preciso uma nova governança na gestão escolar, fundamentado no estabelecimento de metas, monitoramento e avaliação contínua. Os nossos estudantes precisam receber uma educação de excelência. É isso que os assegurará a participação qualificada no mercado de trabalho, garantindo a melhoria econômica e social do povo catarinense. Esse é o desafio que deve mobilizar as autoridades estaduais e o setor produtivo.