A Câmara Municipal de Chapecó realizou três eventos na última semana, para discutir a coleta de lixo, o transporte público rural e a situação de crianças autistas no município.

Na segunda-feira (25), houve uma audiência pública para discutir a coleta de lixo, proposta pelo presidente da Casa, vereador André Kovaleski (PL).

“Há uma superlotação nas lixeiras, disposição inadequada ou irregular do resíduo, fora dos locais previstos pelo município. Essa situação vem causando problemas para comunidade e para isso precisamos debater o que queremos para nossa cidade, para que em conjunto possamos construir uma solução adequada para armazenamento e destinação dos resíduos”, destaca Kovaleski.

Na oportunidade, foram apresentadas diversas demandas dos representantes das entidades, associações de catadores e cidadãos, relatando as dificuldades encontradas na coleta, seleção e destinação do lixo.

Transporte público rural

As linhas de ônibus no interior de Chapecó foram discutidas, em reunião de trabalho proposta pelo vereador César Valduga (PC do B) com autoridades públicas do setor e usuários do transporte.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Mauro Zandavalli, admitiu a necessidade de incrementar o transporte público rural em Chapecó. Segundo ele, a quantidade de moradores nessas áreas está aumentando a cada ano.

O diretor de Segurança Pública Clóvis Leuze lembrou que há a intenção de fazer uma licitação global para atender todas as regiões rurais do município.

A gerente de Fiscalização de Transporte e Terminais Regina Thomaz disse que um estudo deve ser concluído nos próximos meses para que linhas de ônibus sejam disponibilizadas no interior.

Crianças com Transtorno do Espectro Autista

A situação das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi discutida na quinta-feira (28), proposta pela vereadora Marcilei Vignatti (PSB) e reuniu entidades, órgãos governamentais e familiares.

“Temos convicção das dificuldades que os pais têm para conseguir um atendimento digno para crianças com TEA. Necessitamos melhorar as políticas públicas e precisamos ouvir todos os envolvidos”, disse Marcilei.

O médico João Lenz, representando a Secretaria Municipal de Saúde, disse que os atendimentos para crianças com TEA estão aumentando, mas que há dificuldade na contratação de profissionais. “Há uma falta de neuropediatra em todo o Brasil. Isso atrasa os atendimentos e prejudica os diagnósticos”, explicou.

O presidente da Associação dos Pais e Amigos do Autista do Oeste de Santa Catarina (AMA), Paulinho da Silva, disse que em Chapecó há cerca de 800 crianças autistas diagnosticadas e outras 600 na fila à espera do diagnóstico. “Precisamos mudar a agenda de atendimento da rede pública. Se faltam profissionais, essas crianças têm que ser encaminhadas para estimulação precoce imediatamente”, destacou.