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A informação que divulguei ontem sobre a insatisfação no MDB com a voracidade do Partido Liberal, que tem filiado vereadores e prefeitos emedebistas, motivou alguns comentários de deputados do PL.

De acordo com um dos três parlamentares com quem conversei, mais uma vez os emedebistas flertam em busca de mais cargos no governo. Destaca que, além da Secretaria de Estado da Infraestrutura, o partido tem indicados em cargos de segundo escalão nas principais secretarias do governo. Já outro deputado disse não acreditar no desembarque, por entender que o MDB não sabe fazer oposição, por sempre ter feito parte dos governos. “Em todos os governos, eles estão. Não ficam fora de nenhum”, destacou.

Já um terceiro parlamentar foi mais ameno, destacando que os emedebistas são parceiros importantes do governo de Jorginho Mello (PL), mas entende que o partido não pode ficar ameaçando deixar a base por não conseguir mais espaço.

Em suma, os liberais ignoraram o fato de seu partido estar cooptando lideranças filiadas ao seu maior parceiro na Assembleia Legislativa e, tampouco, fizeram conta, pois se perderem o apoio do MDB, o governo passará a ter a minoria no parlamento, o que causará uma grande dificuldade de aprovar as suas pautas.

Qual será o caminho?

O fato é que a informação divulgada ontem pela coluna, sobre a possibilidade de desembarque do MDB do governo de Jorginho Mello (PL), mexeu com a militância emedebista. Leitores do SCemPauta ligados de alguma forma ao MDB mandaram mensagens de apoio ao afastamento, e algumas lideranças regionais do partido disseram crer que será o caminho para iniciar um projeto próprio. Essas lideranças são as que estão sentindo o peso da pressão do PL para cima de seus vereadores e prefeitos. Portanto, parece ter chegado a hora dos emedebistas tomarem uma decisão. Seguir como estão sob o risco de perderem a sua força e se tornarem um apêndice do PL, ou partir para a independência e tentar buscar a força que levou o partido a ser o maior do estado.

Plano B

O Partido Liberal já pensa num plano B para a situação do deputado estadual Egídio Ferrari. Acontece que a justiça não está vendo justa causa para liberar o parlamentar a mudar de partido, do PRD para o PL, sem o risco de perder o mandato. Ferrari está acertado para ser o candidato dos liberais à Prefeitura de Blumenau, mas se não for possível se filiar, poderá disputar pelo PRD e mudar de partido caso seja eleito. Se não vencer, voltará à Alesc sem risco da perda de mandato por infidelidade. A questão é que já há um entendimento de que juridicamente será difícil conseguir a liberação.

Resposta rápida

Diferentemente de muitos políticos que se manifestam apenas através de notas de advogados, o prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), respondeu de forma clara e objetiva à operação da Polícia Civil. Segundo ele, a Prefeitura não fez nenhum pagamento, rompeu o contrato com a empresa em outubro e exonerou o engenheiro citado no mesmo mês. A pronta resposta evitou o desgaste de uma operação em ano eleitoral. A comunicação do prefeito de São José é conduzida pelo jornalista Maurício Locks desde maio.

Decisão passa por Spernau

O ex-prefeito de Balneário Camboriú, Rubens Spernau (PL), decidirá até o final da próxima semana se disputará a sucessão do prefeito Fabrício Oliveira (PL). Um detalhe: ser padrinho da vereadora Juliana Pavan (PSD), pré-candidata a prefeita, não será um impeditivo. As informações foram confirmadas por uma fonte muito próxima a Spernau ontem à noite. “Não vejo como algo que impeça, mas realmente é algo que ele não gostaria. Tem um carinho enorme pela Juliana”, relatou a fonte. O fato é que Spernau se animou em voltar a disputar a majoritária, porém, a família é o maior impeditivo neste momento. “Ele decidindo ser candidato, já está definido que será ele, a única questão é que ele ainda não bateu o martelo”, me disse a fonte.

Pressão de Jorginho

Pressionado pelo governador Jorginho Mello (PL) a apresentar um candidato viável, ou abrir espaço para o deputado estadual Carlos Humberto Silva (PL) disputar, o prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (PL), pediu mais um prazo. Ele aguarda a decisão de Rubens Spernau. A fonte me disse ontem que, se Spernau declinar da candidatura, dois nomes estariam na lista: o presidente da Câmara, David LaBarrica (PRD), ou o vereador Anderson Santos (UB). Porém, de acordo com a fonte, essa segunda e terceira opção teriam dificuldade por não estarem no PL.

Deputados querem CH

Já os deputados estaduais querem ter em Carlos Humberto Silva o candidato do PL à Prefeitura de Balneário Camboriú. Os parlamentares insistem em serem ouvidos pelo governador Jorginho Mello (PL) sobre quem disputará o pleito.

O movimento de Marquito

O deputado estadual Marcos Abreu, o Marquito (PSOL), deve se inspirar na campanha de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo e realizar alguns movimentos parecidos na eleição à Prefeitura de Florianópolis. A exemplo de Boulos, que lançou o “Salve, São Paulo”, Marquito lançou o “Floripa Mais Querida”.

Protagonismo catarinense

Chamou atenção o protagonismo da bancada catarinense ontem durante a votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, da análise sobre a manutenção da prisão do deputado pelo Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, delatado como um dos mandantes da morte da vereadora carioca Marielle Franco. Caroline de Toni (PL) preside a CCJ, enquanto Darci de Matos (PSD) foi o relator, tendo sido, inclusive, elogiado pelo relatório apresentado a favor da manutenção da prisão de Brazão. E, por fim, Gilson Marques (Novo), no pedido de vista que interrompeu a votação e causou estranheza aos presentes. A justificativa de Marques foi a necessidade de ler o processo para não ter o risco de o plenário soltar o deputado fluminense.

Nomes do PL em Gaspar

O Partido Liberal de Gaspar apresentou os seus dois nomes para disputar a Prefeitura. O ex-delegado-geral do estado, Paulo Koerich, é o pré-candidato a prefeito, e Rodrigo Althoff foi apresentado como vice. O evento realizado no bairro Gaspar Grande contou com a presença do governador Jorginho Mello (PL).