Para quem não sabe, o “determinismo genético” é a ideia de que o comportamento humano, assim como suas características, são adquiridos por fatores biológicos. Mas essa ideia é perigosa, porque ao distinguir os seres humanos por suas raças e características físicas, também se permite afirmar que uma raça é mais inteligente do que a outra. Essa última ideia é totalmente errônea.

Foi assim que, durante o período da colonização, os impérios e reinos da Europa encontraram uma forma de justificar a escravidão e o tráfico de seres humanos dos novos continentes; atribuindo-lhes raças inferiores por suas capacidades físicas e mentais, se encontraram no direito de tratar outros indivíduos como escravos ou como instrumentos.

“O determinismo genético” atualmente foi desmascarado pela ciência. A UNESCO, em sua “Declaração Universal dos Dados Genéticos” realizada em 2003, afirmou que “a identidade de uma pessoa não deve ser reduzida aos seus traços genéticos, pois ela é influenciada por fatores educacionais, ambientais e pessoais, assim como pelos laços afetivos, sociais e espirituais”.

Infelizmente, há pessoas que ainda atribuem a certas etnias, povos ou raças como biologicamente inferiores ao resto. Isso somente contribui com a marginalização e discriminação de certos grupos. Um fato que ainda está muito evidente no Brasil, e no mundo.