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O PSD levou ontem mais de 2 mil pessoas ao AM Master Hall, em Criciúma, para acompanhar a filiação do pré-candidato a prefeito Arleu da Silveira e dos vereadores tucanos Geovana Zanette, Márcio Daros e Toninho da Imbralit. Vale destacar que os pessedistas deram uma demonstração de força e organização, ao mesmo tempo em que o prefeito Clésio Salvaro fez valer a sua popularidade no Sul do estado.

Além disso, o partido mostrou suas armas para as próximas eleições, levando algumas de suas principais lideranças estaduais como forma de demonstrar que o PSD chegará com força nas eleições municipais deste ano, mas com os olhos voltados para 2026.

Quanto ao pleito de Criciúma, ficou muito claro que o apoio ao nome de Arleu é quase unânime, e um dos argumentos foi explicado pelo prefeito de Chapecó, João Rodrigues, ao dizer que o prefeito que encerra o mandato tem o direito de escolher o seu sucessor. Ao mesmo tempo, pediu ao deputado federal Ricardo Guidi, que foi ao evento para também se anunciar como pré-candidato a prefeito, que permaneça em Brasília cumprindo a missão para a qual foi eleito.

Forçando a saída?

A ida do deputado federal Ricardo Guidi ao evento do PSD, ontem em Criciúma, teve o claro propósito de tentar provocar um rompimento. Ele chegou a ser vaiado por uma parte dos presentes quando foi anunciado. Guidi levou um discurso redigido, se anunciando pré-candidato a prefeito, mesmo sabendo do posicionamento majoritário do partido, que deseja ter Arleu da Silveira como o nome que pretende suceder ao prefeito Clésio Salvaro. A fala de Guidi provocou uma enxurrada de manifestações, sobretudo de Salvaro, do deputado estadual Júlio Garcia e também do prefeito de Chapecó, João Rodrigues.

Fortes indiretas

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, em seu discurso, disse que o partido não precisa ter cargo no governo e que o PSD tem todas as condições de conquistar o poder. Defendeu que a candidatura seja construída dentro do partido e que não é preciso ir até a Agronômica, palácio onde mora o governador, para pedir ajuda para ser o candidato. “Essa é a sua casa, a tua família, e é dentro dela que você deve buscar apoio para a sua candidatura”, disse Salvaro a Arleu. Ele aproveitou para empilhar indiretas para o deputado federal Ricardo Guidi. Depois foi a vez do deputado estadual Júlio Garcia, que lembrou que na política é preciso ter respeito, lealdade e gratidão. Já o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, defendeu a candidatura de Arleu e pediu que Guidi faça parte do projeto do partido e que siga ajudando o PSD na Câmara Federal.

Guidi seguirá tentando

A assessoria do secretário de Estado do Meio Ambiente, Ricardo Guidi, me disse que ele irá até o fim para tentar ser o candidato do PSD a prefeito de Criciúma. “O Ricardo será candidato. Só se o partido não quiser. Se não for pelo PSD, pode ir por outro. Mas não é o que ele quer. Vai pro confronto internamente”, relatou a assessoria. Ontem, após o evento, questionei a Guidi sobre o que ele pretende fazer. Respondeu que não deseja sair do PSD e que buscará a candidatura. Também perguntei se, caso ele não vença Arleu da Silveira na disputa interna, se apoiaria o novo colega de partido. “Se eu puder disputar a vaga, eu apoio. Se não for o candidato”, respondeu. O que parece claro no PSD é que Guidi não tem o apoio da maioria, mas terá todo espaço que lhe é de direito para tentar.

Isolamento

O deputado federal Ricardo Guidi tem todo o direito de tentar ser candidato, mas precisa entender que não basta ser candidato de si próprio; é preciso mais. Uma candidatura precisa ser construída em grupo, pois é esse grupo quem trabalhará na eleição pela candidatura que conquistou o seu apoio, e não que se impôs. Ficou claro que, se continuar a tentar ser o candidato a fórceps, Guidi sairá isolado do processo e com mínimas chances de reconstruir a relação de outrora com as grandes lideranças do projeto do PSD. Ontem, saiu arranhado.

Dário no PSDB?

O ex-senador Dário Berger deverá anunciar, até o início da próxima semana, a sua filiação ao PSDB. Confirmando, também será anunciada a pré-candidatura a prefeito de Florianópolis. Berger manteve conversa com a direção nacional do Podemos; porém, movimentos de lideranças do partido aqui no estado, ligadas ao PL, atrapalharam as conversas de Berger com a presidente nacional Renata Abreu e com o ex-senador Álvaro Dias. O deputado federal por Minas Gerais, Aécio Neves, e o presidente estadual dos tucanos, deputado Marcos Vieira, têm conversado com Berger. “Está muito próximo de um acordo”, me disse uma fonte ligada ao PSDB.

Aécio confirma

Entrei em contato com o deputado federal por Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). Ele me disse que tem conversado com o ex-senador Dário Berger sobre uma possível filiação para disputar pelo PSDB a Prefeitura de Florianópolis. “Mas não tem nada acertado ainda. Se avançar, lhe aviso”, disse Aécio.

Relator do veto

O deputado estadual Fabiano da Luz, líder do PT na Assembleia Legislativa, será o relator, na Comissão de Justiça, dos vetos do governador Jorginho Mello (PL) ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024, aprovada no fim do ano passado. O movimento pode ser considerado um recado claro ao Estado de que a relação com os parlamentares precisa melhorar. Desde o início do ano, Fabiano tem apontado “falhas” nos investimentos previstos pelo governo catarinense. Mostrou, por exemplo, que o Estado deixou de aplicar mais de R$ 1 bilhão na infraestrutura em 2023, deixando obras paralisadas. Dos R$ 2,68 bilhões orçados, foram utilizados até dezembro R$ 1,4 bilhão.

Recado ao governo?

O deputado estadual Fabiano da Luz (PT) também revelou que o investimento em cirurgias eletivas alcançou apenas 63,7% do montante previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2023. Dos R$ 200 milhões que tinham sido orçados, foram liberados R$ 127 milhões – a maior parte desse valor, R$ 86,4 milhões, são de transferências do Governo Federal. Os dados são do Sistema Integrado de Planejamento e Gestão Fiscal. Se não é um claro recado ao governo, pelo menos vai render um debate acalorado, já que vários deputados tiveram suas emendas parlamentares vetadas pelo governador Jorginho Mello (PL). O deputado Camilo Martins (Podemos) foi quem deu a relatoria a Fabiano. Nos bastidores, houve o questionamento se foi um recado ao governo. Questionado, Martins disse que não.

Não disputará

A assessoria do deputado estadual Marcos da Rosa (UB) entrou em contato para negar que ele poderá disputar a eleição majoritária em Blumenau neste ano. O parlamentar pretende trabalhar para buscar uma reeleição em 2026. O deputado Ivan Naatz (PL) também entrou em contato. Segundo ele, os liberais querem alguém do União Brasil como vice, seja um empresário ou um evangélico, mas que esse nome não seria o de Rosa.

Pesou o clima 1

O clima pré-eleitoral da disputa municipal deste ano já começa a chegar aos debates no plenário da Assembleia Legislativa. Na sessão de ontem, o deputado Matheus Cadorin (Novo) criticou o governador Jorginho Mello (PL), que durante visita a Joinville, no início da semana, declarou que em época de eleições é “guerra na terra” em referência à disputa que pode haver entre o atual prefeito, Adriano Silva (Novo), e o secretário de Segurança Pública, deputado licenciado Sargento Lima (PL). “Se o prefeito não tiver junto na eleição, nós vamos dar um calor nele. Época de eleição é época de guerra na terra, sempre foi assim”, teria declarado o governador em entrevista, segundo Cadorin, que classificou a fala de “intimidadora”. O deputado avaliou que é hora de serenar os ânimos e de colocar os interesses dos joinvilenses em primeiro lugar.

Pesou o clima 2

A reação da bancada do PL em defesa do governador Jorginho Mello foi imediata e começou pelo deputado Ivan Naatz. Depois de ironizar que “o partido Novo não é mais tão novo e diferente dos demais, pois já aceitou até usar os recursos do Fundo Eleitoral”, Naatz acrescentou que “o que foi dito pelo governador não foi contra o povo e a cidade de Joinville. Cada um tem seu candidato e usa suas armas para defendê-lo”, argumentou. Seguiram na defesa os deputados liberais Marcius Machado, Maurício Peixer e Carlos Humberto, além de Fernando Krelling (MDB), que disputou a última eleição municipal em Joinville e criticou: “Fui muito atacado pelo partido Novo, e as pessoas que me atacaram demais hoje têm cargos na prefeitura”, destacou.