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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não ligou para Jorginho Mello (PL) por ter ficado incomodado com uma fala do governador durante o final de semana. A ligação era para ter ocorrido no sábado, conforme divulguei; porém, acabou não acontecendo. O telefonema seria para oferecer o apoio da Defesa Civil nacional, além de mais recursos para a reconstrução do Estado.

Em uma coletiva, Jorginho disse que o Governo Federal precisa ajudar os prefeitos, que precisam enviar a documentação das obras para as quais, até o momento, não tiveram os recursos liberados. O governador também se mostrou preocupado com a situação dos indígenas, já que até o momento foram necessárias 9 mil cestas básicas, que deveriam, segundo ele, ser entregues por Brasília.

Outro ponto que desagradou o presidente foi a cobrança pública da devolução dos R$ 465 milhões, valor liberado em 2021 pelo então governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) para as obras de ampliação e revitalização das rodovias federais BRs 470, 163, 280 e 285. O sentimento em Brasília é que não havia a necessidade de misturar os assuntos nesse momento, já que o Governo Federal está ajudando o Estado.

Em meio às insatisfações, os deputados Pedro Uczai (PT) e Ana Paula Lima (PT) defenderam o presidente. Uczai explicou que hoje haverá uma reunião do Foro Parlamentar Catarinense, coordenado pela deputada federal Caroline de Toni (PL), com o ministro da Integração Waldez Góes. A articulação feita por Uczai foi para provocar uma discussão do governo com todos os parlamentares, inclusive os de oposição, sobre os recursos já enviados e os que estão sob análise para enviar.

Até o momento, estão garantidos para Santa Catarina R$ 70,2 milhões, sendo que R$ 20 milhões já foram repassados e, por questões burocráticas, o restante deve chegar ao estado nas próximas semanas. Além disso, mais R$ 90 milhões estão em análise. Quem também se manifestou foi a deputada Ana Paula Lima, que criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter deixado no orçamento da Defesa Civil nacional apenas R$ 25 mil para o combate a desastres em 2023.

Sobre a não vinda de Lula, a informação é que a cirurgia que fez no quadril o impede de viajar, pelo menos até a próxima semana. É possível que, dependendo da reunião de hoje entre Góes e os parlamentares catarinenses, mais uma comitiva do Governo Federal venha ao estado.

Erraram 1

Um presidente da República e um governador precisam manter um bom contato sempre. Afinal, a boa relação entre o Governo Federal, Estados e municípios é fundamental. Nessa questão das chuvas em Santa Catarina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comete um erro estratégico ao não vir ao estado. Fazendo isso, dá voz à sua oposição, que usa as enchentes para poder criticá-lo. O correto seria uma vinda ao estado, um discurso conciliador e o anúncio do que tem feito, a exemplo da autorização de R$ 70 milhões.

Erraram 2

Por sua vez, o governador Jorginho Mello (PL) também errou. É o momento de cooperação dos dois governos pelo bem de Santa Catarina. Qualquer pendência que o Governo Federal tenha com o estado deveria ter sido resolvida a portas fechadas, não em declarações públicas que somente colocaram mais uma barreira em uma relação que tem tudo para ser difícil. Neste caso, é interessante prestar atenção em uma manifestação da deputada federal Daniela Reinehr (PL): “Neste momento não há ideologias, precisamos de união em favor das famílias atingidas”.

Acusado de agressão

O caso do deputado federal Zé Trovão (PL) tem que ser visto com muita atenção. Não somente pelo Judiciário, mas também pela Câmara dos Deputados, pois tem quem defenda que a acusação de agressão contra sua ex-noiva pode ser entendida como quebra do decoro parlamentar. Ana Schuster disse, em depoimento, que foi empurrada e enforcada por Trovão. Ela também afirma que o deputado a teria ameaçado com uma faca em três oportunidades. A justiça concedeu uma medida protetiva a Ana, determinando o afastamento do deputado do lar onde morava com a sua ex-noiva. Ele também está proibido de se aproximar dela.

Deputado se manifesta

Procurado, o deputado federal Zé Trovão (PL) enviou nota através de sua assessoria: “Lamentando o ocorrido, o Deputado esclarece que, apesar de já estarem separados há algumas semanas, a ex-noiva se recusava a aceitar o fim do relacionamento e, num momento de exaltação em uma discussão, ela o agrediu fisicamente. O Deputado apenas a conteve, sem jamais feri-la. E frisa que, por sua própria iniciativa, chamou a polícia com a intenção de preservar a ambos. Em seguida, todos se encaminharam à delegacia. Zé Trovão reafirma que jamais agrediu a ex-noiva, ressalta que tem respeito e consideração pelo período em que estiveram juntos e que todos os fatos foram devidamente elucidados junto à autoridade policial. O Deputado se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos necessários” – Zé Trovão.

Afastamento após prisão

A Câmara de Vereadores de Itajaí cumpriu a medida cautelar do Judiciário que determinou a suspensão do mandato do vereador Fábio Luiz Fernandes Castelo Guedes, o Fábio Negão (PL), preso ontem em uma operação do Gaeco. Ele é suspeito de fazer “rachadinha” com assessores que deixariam parte de seus salários com Flávio. Também está sendo investigado um suposto desvio de verbas de um projeto social.

Listas tríplices

Em uma sessão extraordinária realizada ontem, os desembargadores do Tribunal de Justiça escolheram as listas tríplices para os cargos de juiz efetivo e substituto, ambos na categoria jurista, do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC). Na eleição para juiz efetivo, os advogados mais votados foram Sérgio Francisco Carlos Graziano Sobrinho, Ana Cristina da Rosa Grasso e Adriano Tavares da Silva. Para o cargo de juiz substituto, os mais votados foram Felipe Ximenes de Melo Malinverni, Juliano Caporal Menegotto e Leonardo Borchardt. As listas serão encaminhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a escolha final.

Movimentos

O coronel James Amaral, que comandava a Secretaria de Segurança do município de Governador Celso Ramos, pediu exoneração. Amaral se afastará da atual gestão e apoiará o adversário do atual prefeito, que é o ex-prefeito Juliano Campos (PSD). O coronel também deve disputar uma vaga à Câmara de Vereadores.

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