O Hospital Regional do Oeste entrou em colapso. Médicos pedindo demissão; alguns serviços já estão sendo paralisados e, segundo fontes médicas, há risco de morte de pacientes. O motivo já é conhecido por todos, arrastando-se por anos, mas agora, com uma gravidade nunca vista em Chapecó, causada pela falta de dinheiro.

Enquanto o caos toma conta de um hospital que atende a uma grande região, o Governo do Estado demora a tomar uma decisão que poderá salvar vidas, conforme me disse uma fonte. Há algumas semanas, venho divulgando que há uma conversa entre a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, e a direção do HRO para que a gestão volte a ser do Estado. No entanto, até o momento, nada foi feito, e a situação só piora, pois enquanto não há uma definição, os repasses não estão sendo feitos pelo Estado ao hospital.

A questão é: a quem interessa essa demora? A quem interessa manter a gestão do hospital nas mãos de uma direção que não tem mais condições de manter os serviços funcionando? O que o governador e a secretária esperam para tomar uma decisão? (segue após o anúncio)

O fato é que o governador Jorginho Mello (PL) precisa decidir se o Estado assumirá a gestão ou se deixará a situação como está, o que culminará em mortes. Para ter uma ideia, um empresário chapecoense precisou fazer um transplante de urgência em Blumenau.

Tentei falar com a direção, mas ainda não consegui. Também tentei contato com o prefeito João Rodrigues (PSD), que também não me atendeu. A informação é que o prefeito está decidido a chamar uma reunião do Cis-Amosc até o final da semana para discutir uma intervenção. “O João vai chamar a reunião e depois convidará o governador para vir a Chapecó para que ele assuma o hospital”, disse uma fonte. Com a palavra, Jorginho Mello.