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Ocorre hoje no Governo do Estado uma reunião para discutir o relatório da equipe técnica do Tribunal de Contas que, conforme divulgado em primeira mão por esta coluna, pede a suspensão do programa Universidade Gratuita e ao Ministério Público que apure possíveis crimes de improbidade administrativa e falsidade ideológica, supostamente praticados pelo secretário de Estado da Educação Aristides Cimadon (leia aqui).
A ideia é avaliar os dados apontados pelos auditores para preparar a defesa e analisar os possíveis impactos para o governo. Segundo um integrante do executivo, o pedido de suspensão é algo que se discute na área técnica, sem qualquer impacto político, porém, o encaminhamento para que o MP averigue possíveis crimes que teriam sido supostamente praticados por Cimadon, gera um temor de contaminação do governo como um todo. “Sabemos que não há problema algum, mas é como se todo o governo estivesse sob suspeita com esses apontamentos”, relatou a fonte, em tom de reclamação.
Além de lidar com uma forte suspeita do TCE contra o seu governo, Jorginho Mello também precisará provar que as medidas adotadas na esfera fiscal, serão suficientes para cobrir o déficit estimado nas contas do Tesouro Estadual para o custeio do programa Universidade Gratuita, sem comprometer ainda mais as finanças.
Vale destacar que Jorginho pinçou no cenário um dos nomes mais competentes do país, que é o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, para enfrentar os desafios voltados às finanças, como os diversos riscos fiscais causados pela redução de receita prevista na casa dos R$ 300 milhões, o aumento das despesas na ordem de R$ 3,5 bilhões, e as transferências pendentes que, através da iniciativa da Assembleia Legislativa, o governo encontrou uma forma de pagar.
Outro apontamento do TCE é que o governo não apresenta os valores de forma exata, que devem ser obtidos com as medidas fiscais. “E não o faz porque não há garantia de que tais medidas – como a revisão de contratos e redução de benefícios fiscais – resultarão em redução de despesas ou aumento de receitas e em que magnitude. Aliás, sequer há garantias de que serão viáveis e aprovadas”, diz um trecho do relatório assinado pelos auditores fiscais do Tribunal de Contas, Luiz Sônego Zanette, Leandro Granemann Gaudêncio, Maximiliano Mazera e Cláudia Vieira da Silva.
Aumentou a evasão

No relatório do Tribunal de Contas do Estado, que trata da Universidade Gratuita, consta um número alarmante em relação à evasão escolar. De acordo com o programa APOIA, criado pelo Ministério Público para combater a evasão, 13.578 estudantes dos ensinos fundamental e médio abandonaram a escola e não retornaram em 2022, sendo que 8.197 frequentavam a rede estadual. Neste ano, até 28 de abril, esse número foi de 10.763 alunos, o que chamou a atenção do MP e do TCE, pois, apenas em quatro meses do ano letivo atual, o percentual de evasão equivale a 80% do total dos abandonos de todo o ano passado. Quanto à rede estadual, no mesmo período, 7.422 estudantes abandonaram a escola, o que representa o assustador percentual de 90% da evasão escolar de 2022. Somente no ensino médio, o total de abandonos do início deste ano até abril, já supera o total do ano passado.
Fila de cirurgias
O governador Jorginho Mello (PL) e a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, concedem entrevista coletiva hoje, às 9h30, para apresentar a evolução do Programa Estadual de Cirurgias Eletivas. Na coletiva, será atualizada a situação da lista de espera por procedimentos cirúrgicos na rede pública estadual de saúde. Jorginho, no início de seu governo, prometeu zerar a fila em até seis meses. Depois, pediu mais um prazo. O governador precisa entender que a fila no setor da saúde é uma torneira aberta. Por mais que se atenda a demanda, ela segue aumentando, pois, mais pessoas passam a necessitar de cirurgias. Por mais otimismo que um gestor público tenha que ser, e isso faz parte do jogo, é preciso cuidar para não gerar expectativas que são difíceis de cumprir. Se fosse fácil, os governos anteriores já teriam feito; afinal, quem não quer deixar a marca de que zerou a fila das cirurgias?!