
Lula e Maduro estão formando uma dupla do barulho. O venezuelano até que consegue se conter na sua difícil situação de ditador e caloteiro. Mas, o nosso presidente, que coisa séria, não se aguenta e fala mal dos “defensores da democracia que criticam o governo da Venezuela”. Defende a tese de que não interessa o tipo de totalitarismo que foi implantado no país vizinho desde que a “narrativa” de Maduro sobre o sistema político daquele país seja convincente. O que deve se pensar então de quem esculachou o Presidente anterior por sua suposta intenção de dar um golpe e acabar com a democracia e fica agora se babando de emoção diante de um dos mais ferozes ditadores do mundo?
Dado o aflito açodamento de Lula nessa questão, e às suas ações do passado, fico com a impressão de que ele está assim apressado e agoniado porque quer, o mais rápido possível, retomar os volumosos e generosos empréstimos para o companheirão Nicolás Maduro. Visto que já fizeram bons negócios no passado, por que não repetir a dose? E como esse parceiro aí não pagou o que nos devia, nosso Ministério da Fazenda já montou um “grupo de trabalho” que vai “consolidar” a dívida venezuelana e fazer um “reescalonamento” dos futuros pagamentos. Ganha uma viagem de um mês inteiro a Caracas quem acertar quantas das prestações reescalonadas serão efetivamente pagas pelos vizinhos.
A esperança de que este vexame não ocorra novamente depende de um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados: aquele que proíbe o Governo Brasileiro de fazer novos empréstimos, sem autorização do Congresso, a países que não pagaram os financiamentos anteriores. Uma obra-prima do mais elementar bom-senso criada por um deputado de São Paulo, o Delegado Paulo Bilynskyj. Só quem não vai gostar é Maduro, Lula, e seus outros parças: o presidente da Argentina e os ditadores de Cuba e de diversos países africanos.