Eu tive acesso as investigações que culminaram com a prisão no dia de ontem, do juiz da comarca de Rio do Sul, Tiago Fachin. Ele é um dos investigados por supostamente participar de uma organização criminosa, que vendia medicamentos e outros insumos que somente podem ser comercializados com controle médico.

As investigações iniciaram em agosto de 2021, através da 29ª Promotoria de Justiça da Capital, após denúncias de que medicamentos proibidos ou de uso controlado estavam sendo vendidos sem receita, por meio de uma plataforma no Mercado Livre. O Gaeco também atua no caso.

De acordo com as investigações, o policial penal, Israel Sartori, aparece como um suposto líder da organização, que também teria a participação do policial civil, Paulo Cesar Fernandes de Abreu, sua esposa, a agente de Segurança Socioeducativa, Francieli Winckler da Silva, e um homem chamado Wellington Miranda de Oliveira, vulgo Monalisa. Eles são investigados pelo cometimento dos supostos crimes contra a saúde pública, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Também são alvos da investigação os motoboys, Roberto Carlos Ribeiro dos Santos e Luiz Carlos de Lima Rafael.

Medicamento vencido

Os investigadores também detectaram a venda de um medicamento vencido, no caso, Quetiapina 200mg, que é um antipsicótico. Entre os produtos vendidos de forma irregular, estão emagrecedores, ansiolíticos, antidepressivos, bioestimulador e até mesmo, toxina botulínica. As vendas eram feitas em Santa Catarina e também para outros estados.