
O Nosso SCemPauta comentou dias atrás a baixa influência que o prefeito de Blumenau Mario Hildebrandt demonstrou nas últimas eleições. Um claro exemplo é o fato de que seu candidato preferencial à Câmara dos Deputados, o secretário municipal de Comunicações André Espezim, teve votação bem abaixo das mais pessimistas expectativas da Prefeitura. Nem na sua própria cidade o preferido do prefeito conseguiu apoio sequer razoável. E os demais candidatos que, de uma forma ou outra, dependiam dos possíveis efeitos positivos do apoio oficial, igualmente fizeram pouco voto na cidade do prefeito. Esse fenômeno resulta de um aspecto peculiar da personalidade de Hildebrand: a intensa concentração em si mesmo dos benefícios oriundos de ações administrativas. Os holofotes da imprensa, em Blumenau, são estimulados a focar na figura do Chefe e em mais ninguém.
Um aspecto curioso é que o Prefeito está fazendo uma boa administração. Nada espetacular, nada muito inovador, mas, com provável boa avaliação dos eleitores da cidade. Todavia, em razão daquela característica personalíssima, ele talvez esteja fadado a fracassar politicamente numa eleição em que não poderá ele mesmo ser o candidato. Algum possível escolhido para sucedê-lo teria muita dificuldade na eleição. A não ser, é claro, que tal concorrente já tenha intenso brilho próprio.
Além dessa, outra encrenca aflige o prefeito de Blumenau. No último dia do ano que vem ele encerra sua administração. Se nada, depois disso, acontecer na sua vida política, ficará ao relento, sujeito às chuvas do esquecimento. Ou seja: pode ficar difícil a obtenção de algum um outro mandato, de deputado por exemplo, nas eleições que se realizarão dois anos mais tarde. Hildebrandt precisará, portanto, de alguma posição que lhe assegure a atenção dos eleitores. Uma Secretaria de Estado, supostamente.