As exportações de proteínas, especialmente as carnes, são estratégicas para a economia brasileira e essenciais para um importante cliente, que é a  China.

A estruturação para exportação direta,  começou no início dos anos 2000 e foi se consolidando ano a ano, sempre com incrementos consideráveis e com sanidade animal de excelência mundial. As carnes mais representativas são a carne bovina, a carne de frango e a carne suína.

As  exportações  de carne bovina brasileira  para a China mais que dobraram, em 2022. Conforme dados do Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, foram registrados valores significativos,  em 2021, de US$ 3,906 bilhões,  passando para US$ 7,950 bilhões, em 2022. Agora, em janeiro de 2023, as exportações para a China já chegaram ao patamar de US$ 483,3 milhões, sendo considerada o segundo maior país consumidor mundial de carne bovina, depois dos EUA. No entanto, ainda é considerado um consumo pequeno em relação à população, mas segue em evolução. Temos abaixo, tabela  preparada pelo  Departamento de Agricultura dos EUA (USDA):

No dia 22 de fevereiro último, foi identificado um caso do mal chamado “vaca louca”,  em Marabá (PA), ocasionando a suspensão temporária das exportações de carne bovina para a China pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil.

 A Encefalopatia Espongiforme Bovina, mais conhecida como Doença ou Mal da Vaca Louca, afeta o sistema nervoso dos bovinos,fazendo com que fiquem com o comportamento alterado. É uma doença muito grave, não tem cura, é mortal e provoca grandes prejuízos para os produtores, criando uma barreira não tarifária para as exportações. Este caso está sendo considerado um fato atípico e a situação deverá ser normalizada em breve, se não houver mais ocorrências. Mas é bom salientar que Santa Catarina não foi afetada com essa situação, pois não exporta carne bovina para a China. O nosso foco está nas exportações de carne de frango e carne suína para a China.

Frango

Conforme o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), deverá haver um crescimento de 1% do consumo da carne de frango na China, em 2023, chegando a 14,5 milhões de toneladas, apesar de algumas restrições relacionadas à COVID-19.  A produção interna chinesa de carne de frango deverá ficar estável em relação a 2022, em 14,3 milhões de toneladas. Portanto, a  China deverá importar 750 mil toneladas de carne de frango, em 2023 (excluindo pés de frango), uma alta de 15,4% em comparação ao estimado para 2022. Nos últimos dias, no Brasil e, especificamente, na região sul, foi aceso o sinal de alerta com relação à gripe aviária, decorrente de casos identificados na Argentina e no Uruguai.

Suíno

A China (43,87%), a União Europeia e Reino Unido (22,62%) e os Estados Unidos (11,97%) são responsáveis por 78,46% da produção global, liderando o ranking mundial. O Brasil ocupa a quarta posição no ranking de produção de carne suína no mundo, com 3,88% da produção global.

Finalizando esses apontamentos, ressaltamos que a Agroindústria é o canal integrador das matérias-primas da agricultura e da pecuária, gerando alimento industrializado com alta qualidade e valor agregado.