
Na última quarta-feira, dia 01/02, os brasileiros “mais atentos” acompanharam a posse dos 513 Deputados Federais, dos 27 Senadores eleitos em outubro e, também, dos Deputados Estaduais em suas respectivas Assembleias Legislativas; no caso de Santa Catarina, foram 40 parlamentares a firmarem compromissos com a sociedade.
Mas a sombra das belíssimas solenidades de empossamento daqueles que pactuaram pela democracia e pelo respeito à Constituição, pairava o fatídico, nebuloso e constrangedor “08 de janeiro”. Dia este em que o país repercutiu mundialmente suas “vísceras democráticas”.
Expressão controversa, mas que ao ser “digerida” denota a vil exposição das partes mais íntimas daqueles que se acharam no direito de “defender” a democracia vilipendiando-a! Um sentimento travestido de justo, porém completamente alheio àquilo que se experienciou, de fato, em um passado não tão distante no país e que, por essa razão, não pode cair no esquecimento dos brasileiros; mormente daqueles que terão um mandato pela frente.
Inclusive, mandatos estes que, certamente, serão os de maior relevo nesse histórico momento de reconstrução moral e mantença da democracia e das instituições brasileiras.
Afinal, será preciso maior atenção e senso de responsabilidade dos homens públicos que manejarão o consagrado, aclamado, forte e responsável “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, devidamente exposto no parágrafo único do artigo inaugural da Carta Cidadã que, a duras penas, foi promulgada em 1988.
Aqui, expõe-se, portanto, o convite à reflexão proposto no título: será que os brasileiros terão o que se orgulhar dos homens públicos daqui quatro anos?