Após a má experiência no governo de Carlos Moisés da Silva (Republicanos), com uma vice-governadora sem a mínima experiência política, muito se fala sobre a futura relação do próximo governador com a sua vice, igualmente inexperiente.

A ex-delegada Marilisa Boehm é respeitada na Polícia Civil, já foi candidata em outras oportunidades e, se tornou uma liderança em Joinville através de ações sociais, ao contrário de Daniela Reinehr (PL), que não tinha uma ação pública conhecida. Para piorar, a atual vice encontrou em Moisés, também totalmente desconhecido e sem experiência, alguém que nunca acreditou nela e que, para piorar, não queria saber de sombra.

Nos bastidores do futuro governo os relatos relembram, em partes, a relação Moisés e Daniela. Um exemplo, é que para o governador eleito, Jorginho Mello (PL), Marilisa poderia ficar em Joinville, ideia apresentada por ele durante a campanha. A vice disse um sonoro “não”, quer e ficará em Florianópolis e vai morar na residência dos vices. Ela afirma que será ativa no governo.

Outro ponto é a falta de conhecimento sobre nomeações. Um exemplo foi a conversa que tive com Marilisa. Ela afirmou categoricamente que o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasquez, seria o próximo secretário de Segurança do Estado. No dia seguinte, após eu divulgar a conversa, assessores de Jorginho correram para desmentir a fala da futura vice. Ou seja, provocaram um constrangimento desnecessário a quem deveriam preservar. Como resultado, ela foi proibida de falar com o SCemPauta, tendo, inclusive, bloqueado o nosso número.

Em outro episódio, o comando da Polícia Civil que seria indicado por Marilisa não saiu do papel. A informação não confirmada oficialmente, é de que os nomes propostos por ela, não teriam recebido o apoio devido. São esses acontecimentos que levantam a suspeita, de que ela sofrerá um processo de isolamento.

O fato é que Marilisa mesmo sem admitir, já deve sentir movimentos não favoráveis a ela, tanto que, logo após a eleição, deu um forte recado ao afirmar que “não será uma vice decorativa”. Se fosse desnecessário, qual outra motivação ela teria para fazer tal afirmação?

A propósito

Lamentável a atitude do governador Carlos Moisés da Silva. A inauguração onde deixou de fora da placa, o nome de Daniela Reinehr, foi no mínimo, uma indelicadeza. A política precisa voltar para o eixo, ou seja, um adversário não pode ser visto como inimigo. Por mais que Daniela tenha errado em sua trama durante o processo de impeachment de Moisés, o fato de excluir a vice da placa, demonstra que o ódio cada vez ganha mais espaço.