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O anúncio feito ontem pelo governador eleito, Jorginho Mello (PL), confirmou nomes que foram adiantados em primeira mão por esta coluna, mas também trouxe algumas novidades. Mas, a surpresa maior, ficou por conta de quem seria anunciado e não foi.

Gerson Schwerdt é um nome que tem se destacado na transição, já ocupou a Casa Civil e estava certo para assumir o cargo no governo Jorginho. Ontem ficou de fora da lista, o que levantou rumores nos bastidores de que poderá haver uma mudança na escolha do nome. Outro é Filipe Mello. Conforme divulguei há algumas semanas, chegou a ser encomendado um estudo para garantir que Jorginho não teria problemas com a Lei de Nepotismo, ao nomear o próprio filho para a Secretaria de Relações Institucionais. Mesmo com um parecer que garante a possibilidade de nomeação de Filipe, a decisão ficou para um segundo anúncio, ou até mesmo, existe a possibilidade da não nomeação.

Um anúncio que não agradou parte dos militares no estado, foi o do coronel Aurélio José Pelozato da Rosa. No dia 17 de outubro divulguei que ele era o nome que assumiria o Comando-Geral da Polícia Militar. A assessoria de Jorginho entrou em contato na época para informar que não houve qualquer conversa com o coronel. Também houve uma reação na PM, inclusive, alguns militares entraram em contato rechaçando o nome de Pelozato. Mesmo com toda a pressão e desmentidos, o fato é que a coluna havia divulgado o nome certo que ontem acabou sendo confirmado.

Se por um lado há contestações, por outro, há uma quase unanimidade. O anúncio de Cleverson Siewert na Fazenda foi muito bem recebido pelo setor empresarial.

O governador eleito disse na coletiva que até a próxima semana fará o anúncio dos demais futuros secretários. A dúvida é se Jorginho já anunciará os cinco secretários das futuras regionais, além de confirmar a Secretaria de Portos e Aeroportos. O delegado-geral da Polícia Civil já teria sido escolhido, porém, o nome está sendo guardado. Coube a vice-governadora eleita, Marilisa Boehm (PL), que é delegada aposentada, apontar o nome que comandará a PC.  

Não aceitou

Quem foi cotado para o cargo de secretário de Estado da Infraestrutura, foi o deputado federal eleito, Valdir Cobalchini (MDB). No governo de Raimundo Colombo (PSD), ele comandou a secretaria. Cobalchini disse ao governador eleito, Jorginho Mello (PL), que o seu projeto é atuar em Brasília, mas se colocou à disposição para abrir portas para o estado junto ao Governo Federal.

Desrespeito

Faltou competência, ou bom senso para a assessoria de comunicação do futuro governo de Jorginho Mello (PL)? Limitaram a coletiva a alguns profissionais que compareceram pessoalmente, ignorando uma grande parcela que não acompanhou o ato por falta de uma simples transmissão. Lamentável!

Os nossos desafios

O SCemPauta projeto que criei em 2017, é mantido desde então através de muito trabalho. Todos os meses temos que lutar contra a falta de apoio de patrocinadores, afinal, somos uma empresa e, jornalismo é trabalho e temos os nossos custos como em qualquer área, portanto, precisamos que anunciem conosco. Além disso, também enfrentamos as tentativas de boicote vindo de alguns veículos, pois, incomodamos através de nosso trabalho quem é maior do que nós, e assim seguiremos. O SCemPauta não veio para ser apenas mais um, pois, viemos realmente para bem informar e incomodar quem precisa ser incomodado com a divulgação de fatos, que precisam ir ao conhecimento do público e assim seguiremos. Incomodando alguns, destacando as boas ações e, bem informando a maioria. Agradeço a vocês que acreditam no meu trabalho e no de nossos colunistas. Escrevo sobre as nossas dificuldades, para também comemorar, pois, frente a tantos desafios que enfrentamos, a cada informação que antecipamos em primeira mão e que se confirma, mostra que não somos qualquer site, nós somos o SCemPauta que a cada dia que passa, ganha mais espaço e leitores, justamente pelas informações que divulgamos. Mesmo que sejamos boicotados até mesmo por colegas, que simplesmente nos ignoram quando divulgam algo que já divulgamos, o que é uma verdadeira tolice, além de um grande desrespeito, seguiremos furando como muitas vezes fizemos. Por outro lado, seguirei na minha coluna, e o mesmo continuará sendo feito pelos nossos colunistas, que é dar o devido crédito, sempre que utilizarmos uma informação adiantada por alguém, afinal, isso é respeito!

Ilegalidade na campanha de Seif?

De acordo com o repórter, Ricardo Mendonça, do Valor Econômico, um contrato foi incorporado à prestação de contas do senador eleito, Jorge Seif Júnior (PL), para justificar o uso de um helicóptero durante a campanha eleitoral. Segundo especialistas procurados, a situação pode configurar irregularidade. Um termo de doação entregue à Justiça Eleitoral, mostra que o empresário Osni Cipriani, que é dono de uma construtora, doou para Seif fazer o uso em campanha, um helicóptero Bell 206B, mais o serviço do piloto e o combustível necessário para os deslocamentos aéreos. Ao Valor, o especialista em direito eleitoral, Ricardo Penteado, explicou que qualquer pessoa física pode doar dinheiro a um candidato, fazer cessão de um bem, ou doar o próprio serviço, que aparece na prestação de contas como doação estimável. Por outro lado, ele afirma ser impossível doar o serviço de uma outra pessoa, como no caso, foi cedido o piloto.

Empresário admite a doação

O empresário Osni Cipriani disse ao Valor Econômico que, realmente fez as doações. Quanto ao piloto, se trata de um filho de Cipriani. O doador para a campanha de Jorge Seif Júnior (PL), ainda passou uma informação ao Valor que não aparece na prestação de contas do senador eleito. Segundo Cipriani, o querosene de aviação utilizado no helicóptero foi faturado em nome de sua empresa. “Como tinha saído uma nota (fiscal) para a empresa, combustível, eu fiz um adequa”, afirmou. No caso, o “adequa” foi o saque do valor contábil da empresa. A fala do empresário ao Valor pode complicar a situação de Seif Júnior, já que na prestação, consta que a doação do combustível foi feita por uma pessoa física, no caso, Osni Cipriani, enquanto que o próprio empresário afirmou ao Valor, que o combustível pertencia a sua empresa. Vale lembrar que doação de pessoa jurídica a qualquer candidato foi proibida em 2015, a qual, se ocorrer, é considerada como crime eleitoral.

Prestação de contas

Segundo a matéria do Valor Econômico, em contato com o advogado, Lucas Zenatti, que representa Jorge Seif Júnior (PL), primeiro foi informado que a campanha havia contratado um aparelho, depois, na mesma entrevista, Zenatti teria afirmado que Seif recebeu um helicóptero como doação, mas os detalhes sobre o aparelho e o doador somente seriam apresentados na prestação de contas final. Consta no TSE uma doação estimável de R$ 28 mil referente a um helicóptero turboeixo modelo 206B matrícula 14973. Já os documentos com os detalhes da doação foram incorporados a prestação de contas, apenas uma semana após o prazo final fixado pelo TSE. Seif informou para a Justiça Eleitoral que usou o helicóptero de Cipriani em diversos municípios do estado durante a campanha, passando por Blumenau, Joinville, entre outros.

MDB

As bancadas estadual e federal do MDB almoçam hoje na Assembleia Legislativa. O encontro servirá para definir os 7 nomes que vão compor a direção provisória do partido. Fontes emedebistas adiantaram que o presidente será o deputado federal, Carlos Chiodini. Ainda falta definir o secretário-geral, tesoureiro e mais quatro cargos. Dentro do partido, a ideia é que se o MDB chegar pacificado até o segundo semestre do ano que vem, não será feita a eleição de uma nova direção partidária, permanecendo com Chiodini a frente.

Complexo hospitalar

O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Florianópolis, Laudenir Fernando Petroncini, indeferiu o pedido apresentado pelo deputado estadual, Ivan Naatz (PL), para que sejam suspensas as licitações referentes a Concessão Administrativa, para a construção e reforma de um complexo hospitalar em Florianópolis, para a aquisição e instalação de equipamentos médico-hospitalares, mobiliário clínico e mobiliário, e outro para a concessão dos serviços de apoio à operação, incluindo a construção e reforma, equipagem e manutenção do complexo prisional de Blumenau. Na decisão, o magistrado diz que Naatz não apresentou a comprovação da lesividade do ato, demonstrando que os editais de concorrência internacional não estão compreendidos nas hipóteses em que a licitação de obras públicas, no período de até 120 dias do término do mandado, é permitida.

E agora, Hildebrandt?

Saiu na coluna do colega, Evandro de Assis, que atua no Grupo NSC, a informação de que o secretário da Defesa Civil de Blumenau, Carlos Menestrina, defendeu nas redes sociais um golpe militar no país, por causa do resultado das eleições. Em uma publicação no Facebook no domingo passado (04), Menestrina, que é coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, fez coro a manifestantes que pedem um golpe através de uma intervenção. “Se nada for feito, restará a maior decepção do povo Brasileiro com a Instituição que mais detém o respeito e confiança de todos nós”, escreveu. Ontem, o post foi apagado. Procurei o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos), que não respondeu, e também à assessoria de comunicação que prometeu uma manifestação. Neste caso, Hildebrandt sabe o que deve ser feito, caso contrário, será visto como um apoiador de um discurso que vai contra os princípios mais básicos da democracia.

Investimentos

Agenda da indústria para infraestrutura, apresentada pela FIESC, ontem, mostra a necessidade de investimentos entre 2023 e 2026 nas esferas federal, estadual, municipal e privada nos modais rodoviário (R$ 14,5 bi), aquaviário (R$ 1,72 bi) ferroviário (R$ 985 mi), aeroviário (R$ 695 mi) e dutoviário (R$ 510 mi). “Santa Catarina fica na 19ª posição brasileira em termos de qualidade nas estradas, é o segundo estado em quantidade de acidentes, segundo em quantidade de acidentes com vítimas e o 4° em acidentes com mortes. De 2011 a 2021, tivemos 142,1 mil acidentes e 5 mil mortes nas rodovias federais em Santa Catarina”, observa o presidente da FIESC, Mário de Aguiar, que também citou pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), segundo a qual, 68% das rodovias estão avaliadas como péssima, ruim ou regular.

Homenagem

A Assembleia Legislativa aprovou moção de aplauso proposta pelo deputado estadual, Vicente Caropreso (PSDB), ao presidente da FAHECE, Michel Scaff, pelo trabalho à frente da Fundação que administra o Cepon, o Hemosc e agora também o SAMU. “Valorizamos e reconhecemos a importância estratégica da FAHECE para o atendimento da saúde da população catarinense”, destacou Caropreso. Michel Scaff, que esteve à frente da FAHECE por dois mandatos consecutivos, passa a presidência neste mês de dezembro ao médico Alvin Laemmel. O cargo, como o de diretor técnico da FAHECE, é voluntário.

Coluna

Confira a coluna de Noel Baratieri. Clique para ler:

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