A Controladoria-Geral do Estado concluiu o processo administrativo sobre o caso dos 200 respiradores que nunca foram entregues, apesar do pagamento adiantado pelo Governo do Estado de R$ 33 milhões. A CGE determinou que a Veigamed pague uma multa no valor de R$ 6,43 milhões, além de declarar a empresa impedida de licitar ou contratar com a Administração Pública, enquanto não houver o ressarcimento ao Estado. A medida vale para outros Estados também. Rosemary Neves de Araújo, que consta como dona da empresa também terá que arcar com a punição. Só é de se lamentar que o Estado tenha passado a mão na cabeça dos servidores responsáveis pelo negócio.

Quem é Rosemary?

Rosemary Neves de Araújo foi punida pela Controladoria-Geral do Estado, mesmo com o Tribunal de Contas do Estado, tendo afirmado que o perfil da ex-motorista de ônibus não é compatível, com uma titular de empresa que fecha um negócio de R$ 33 milhões. Ela mora em um modesto apartamento, conforme divulguei em 2018, localizado no bairro do Irajá no subúrbio carioca. A dita empresária não tem veículo em seu nome e, o telefone registrado em um cadastro da empresa não existe. Além disso, Rosemary que completou o ensino médio e, é pensionista da Marinha, também aparece como sócia de outra empresa, a Delta T Consultoria Empresarial, com atuação no ramo de gestão de empresas, o que é incompatível com a sua formação. O próprio TCE também desconsiderou a possibilidade de participação societária de fato. Trago essa situação para fazer a seguinte pergunta: por qual motivo a CGE não apontou a responsabilidade dos prováveis donos da Veigamed, ao invés de uma suposta laranja?