
Antes de tudo, cabe parabenizar os mais de 5 milhões de catarinenses que mais uma vez foram às urnas nesse domingo (30) para cumprir seu dever cívico. Parabéns também ao governador eleito Jorginho Mello e a todos que com ele disputaram o Governo do Estado. Aos parlamentares eleitos: nossa nova bancada federal, que terá a missão de defender as pautas de SC no Fórum Parlamentar Catarinense e aos parlamentares eleitos para a Assembleia Legislativa. Agora é hora de se preparar para os mandatos – e olhar com carinho redobrado para o futuro de Santa Catarina
Por esta razão deixei para esta 14ª coluna da série “SC do futuro”, em que estamos apresentamos Propostas e Metas para o nosso Estado, para tratar de um tema que considero fundamental para a geração de milhares de empregos, aumentar a renda das famílias, alavancar a economia, fortalecendo principalmente as micro e pequenas empresas e atrair investimentos vultuosos, tanto do Brasil como do exterior: o Turismo.
Como fui ministro do Turismo, presidente da Embratur, presidente do Conselho Nacional do Turismo, secretário de Turismo de Florianópolis e atualmente sou Secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo pode parecer que estou apenas “puxando a brasa para minha sardinha”. Garanto a você que não é: tenho a mais plena convicção de que não só Santa Catarina como o Brasil estão deixando passar – e há muito tempo – a grande oportunidade de uma virada social e econômica.
Já afirmei aqui que o Turismo, ao lado do Agronegócio, são as duas grandes vantagens competitivas do Brasil perante o mundo, onde nós nos posicionamos como número um. A gente olha agora o Agro há 40 anos atrás, e nós éramos importadores de comida. Hoje nós somos um dos maiores exportadores, porque foi feito um programa para isso: houve uma internacionalização na cadeia de produção. Houve crédito, houve capacitação, houve inteligência pela Embrapa e a integração das cadeias produtivas. Por que não fazemos o mesmo com o Turismo?
No meu livro “Brasil: Potência Mundial do Turismo” demonstro detalhadamente o quanto estamos perdendo e o quanto poderíamos estar fazendo. Mas vamos focar em Santa Catarina, onde trabalhei direta e indiretamente, como secretário de Articulação Internacional e também de Planejamento, Orçamento e Gestão, com as políticas de Turismo implantadas no Governo Luiz Henrique/Leonel Pavan. E o Turismo, naquele momento, foi elevado ao centro da pauta. Destaco aqui apenas um fato que carimba esta afirmação: em 2009 realizamos em Florianópolis o maior evento do Turismo internacional já feito no Brasil, o Congresso do WTTC, o Conselho Mundial de Viagens e Turismo.
Infelizmente, nos últimos anos, a gestão de Turismo perdeu sua força em SC – e não só a força, mas o próprio status de Secretaria de Estado. Considerando que Santa Catarina é um dos principais destinos turísticos do país, isso não faz nenhum sentido. Não faço aqui qualquer crítica ao trabalho da Santur e nem daquele que a comandou na maior parte desta gestão, o meu amigo e presidente do Conselho Estadual de Turismo, Mané Ferrari; pelo contrário, só tenho elogios a fazer porque, mesmo com uma estrutura enxuta, conseguiu dar andamento a muitos projetos e abriu frentes importantes, inclusive nos campos de inovação e comunicação voltada ao Turismo.