Direto de Tel Aviv – Israel

Muito se falou, semanas e meses a fio, do possível surgimento de uma terceira via na eleição presidencial. Seria uma alternativa para o grande número de brasileiros que não querem votar em Lula e tampouco em Bolsonaro. Para não ficarem encalacrados numa disputa radicalizada e pouco estimulante, esses eleitores desejam ter outra opção, outro candidato com chance de disputar o segundo turno da eleição. Há quem ache que a ideia já foi para as cucuias. Para muita gente, porém, ela ainda parece viável. Até porque o jogo para valer nem começou. Uma quantidade grande de eleitores não quer A e também não quer B. Querem um C que eles mesmos não sabem quem é. Mas, sabem muito bem o que não querem: o que já foi e o que ainda está aí e não se comportou conforme era esperado.

O personagem ao ator

O que parece um tanto evidente é que deveria existir alguém mais, neste país de duzentos e quinze milhões de habitantes, que pudesse dar a seu povo o que ele mais deseja: paz, harmonia, serenidade, tolerância, honestidade, competência e determinação – porque é isso que produzirá prosperidade, bem-estar, qualidade de vida, segurança e justiça social. Aquela parte do povo que hoje está descrente não quer as evocações mal-assombradas de um passado de corrupção e também não deseja as inquietações do presente provocadas pela briga constante contra a realidade, contra o bom-senso e as instituições democráticas. No meio disso tudo é que está o espaço oferecido. Se o eleitor não encontrar a pessoa que encarne esse personagem, é uma pena – porque será uma tremenda perda de oportunidade a favor do País. Essa pessoa poderia ter sido Sergio Moro, João Dória ou Eduardo Leite. Mas, esses estão fora do jogo. Agora pode ser Simone Tebet, Felipe D’Avila. Outros talvez pensem em Ciro Gomes, André Janones. A campanha dirá. Mas, por enquanto o personagem ainda não se encontrou com o ator certo para representá-lo no palco desta eleição. Talvez, quem sabe, ainda sejam apresentados um ao outro.