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Ontem a viúva do ex-senador, Luiz Henrique da Silveira, Ivete Appel da Silveira, desembarcou do projeto do senador, Jorginho Mello (PL). Fontes emedebistas me disseram que a primeira suplente do líder dos liberais no Senado, cansou das promessas de que teria a oportunidade de assumir por um período na Câmara Alta, por isso, deixa Jorginho para se aliar ao pré-candidato emedebista ao Governo do Estado, Antídio Lunelli.

O fato é que Jorginho terá que cuidar para não ter mais surpresas. Ontem conversei por um bom tempo com uma importante liderança do PL, ligada ao bolsonarismo raiz de Santa Catarina. O relato é de que há o entendimento que o senador está isolado. Perguntei o motivo dessa situação e a resposta foi direta: “Não há confiança. Estamos com o senador porque ele está próximo do presidente, no mesmo partido, mas ele não convence. O próprio presidente queria o João Rodrigues (PSD) ”, afirmou.

A liderança foi além, ao afirmar que há um entendimento entre os ideologicamente ligados ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que se Jorginho vencer a eleição, acontecerá o mesmo que ocorreu com o atual governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), que foi um afastamento logo nos primeiros meses de mandato.

Durante a conversa a fonte foi se abrindo, ao ponto de recordar de uma entrevista no ano de 2019, em que Jorginho fez elogios a Sérgio Moro e xingou o guru do bolsonarismo, o falecido Olavo de Carvalho. “Logo o Olavo que é o pai dos movimentos anticomunismo, de combate a esquerda”, afirmou.

Outro ponto destacado pela liderança, é a dificuldade que Jorginho Mello teria junto a classe política. Segundo ele, ninguém se sente à vontade para sentar com o senador, pelo fato de que ele não cumpre os acordos firmados. “Esse é um problema grave. Não cumpre os acordos e, além disso, o projeto é totalmente para ele, para a eleição dele”, afirmou, completando em seguida. “Ele não sabe ser sócio, tem que saber trabalhar para todo mundo, o projeto não pode ser apenas para ele”, disse.

Outro temor da fonte, é o senador não ter como explicar durante a campanha que, mesmo sendo do partido do presidente, não terá o apoio à sua candidatura caso apareçam outros bolsonaristas no cenário. A leitura é de que Bolsonaro não vai querer se indispor com o senador, Esperidião Amin (Progressistas), caso ele dispute a eleição, nem com João Rodrigues, que montará alguns comitês suprapartidários em favor do presidente.  

Kennedy se afastou

O deputado estadual, Kennedy Nunes (PTB), é outro nome que se afastou do senador, Jorginho Mello (PL). A imposição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para que Jorge Seif Júnior (PL) seja o nome que receberá o seu apoio ao Senado, afastou qualquer possibilidade de uma aliança do PL com o PTB. “O problema é que o Bolsonaro não me conhece. Se me conhecesse saberia. Eu sou conservador antes da onda, eu sou o mais confiável”, afirmou.

Mágoa

Apesar de Jorge Seif Júnior (PL), ter sido escolhido pelo próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para ser o pré-candidato ao Senado, Kennedy não esconde sua mágoa com Jorginho. “Quem poderia ter me levado até o Bolsonaro era o Roberto Jefferson, mas ele foi preso. Pedi para o Jorginho, que nunca quis me levar”, revelou Kennedy, destacando que a sua missão será a de bater no que chamou de abusos do Supremo Tribunal Federal.

Antídio é a salvação?

Ou o MDB abraça o ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, e o carrega no colo como o seu candidato ao Governo do Estado – ele precisará – ou o maior partido de Santa Catarina ficará no limbo. Quem escreve isso, é o mesmo jornalista que teve a coragem de revelar a história de Antídio com um menor de idade, situação a qual, até hoje ele não explicou, talvez por não ter como explicar. Também mantenho que Antídio não conseguirá agregar nenhum grande partido no seu entorno, mas hoje tenho a convicção que ele passa a ser a tábua de salvação de um MDB esfacelado, pela condução dada por Celso Maldaner neste período pré-eleitoral. A questão não é que Antídio seja um bom candidato, mas, ele dará sobrevivência aos pré-candidatos à proporcional, por isso que os emedebistas precisam deixar que Antídio siga o seu sonho, um projeto pessoal de se candidatar para disputar a eleição, pois, será dessa forma que o número do MDB aparecerá na telinha, ajudando a quem deseja uma vaga na Alesc, ou na Câmara Federal.

Sem ação

A inércia da bancada estadual que deseja estar com o governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), é que coloca a sobrevivência do MDB no estado, nas mãos do ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli. Os deputados dizem que não querem Lunelli, que o melhor para o partido é estar com Moisés, mas até o momento nada fizeram. Essa mesma inércia constrangeu o governador que estipulou um prazo máximo para que o MDB anunciasse apoio a ele, o que não ocorreu, tanto que, a tal intimação foi jogada de lado como se nada valesse.

Apelo a Moisés

Ontem o governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), não esteve em Chapecó para o evento de aniversário da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), que completou 75 anos, por causa do mau tempo. Moisés iria assinar alguns convênios com o município, para a construção de um pavilhão com 8.800m², uma arena multiuso com 4.100m² no Parque da Efapi e o elevado da Praça da Bandeira. O ponto alto foi o pedido do prefeito João Rodrigues (PSD) a Moisés, que será feito oficialmente hoje. Acontece que Moisés prometeu liberar R$ 156 milhões para o Contorno Viário. Rodrigues que já havia feito vários pedidos de ajuda ao Hospital Regional do Oeste, decidiu externar a solicitação e apresentou a seguinte proposta: que o governador ao invés de mandar os recursos para o contorno, que envie ainda hoje R$ 50 milhões para o hospital que corre o risco de fechar as portas.

Hospital vai fechar!

Uma fonte ligada ao Hospital Regional do Oeste, me disse ontem que se até junho o Governo do Estado não se mexer, o maior hospital da região fecharás as portas. Hoje se estima a dívida do HRO em R$ 48 milhões, sendo que o prejuízo é de R$ 3 milhões por mês. A reclamação é que o dinheiro está nas mãos do Estado que não o libera. Uma fonte disse que a questão política começou a pesar, pois o governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) como não recebeu o anúncio de apoio do prefeito, João Rodrigues (PSD), não estaria atendendo ao pleito.

Mourão em SC

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, que é pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, estará em Florianópolis no próximo dia 20. Ele palestrará a partir das 19h30 no Centro de Eventos CentroSul. A palestra que está sendo organizada pelo Republicanos, partido de Mourão e do governador, Carlos Moisés da Silva, será gratuita, porém, as vagas são limitadas. Qualquer dúvida ou informação, entre em contato pelo número (48) 99944-0604.

Novo secretário

O governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) nomeou o coronel da reserva dos Bombeiros, Aldo Baptista Neto, como o novo secretário de Estado da Saúde. Nascido em Rio do Sul, Neto é pós-graduado em administração pública e considerado uma referência em gestão de crises e desastres. Neto será o segundo coronel dos Bombeiros a assumir o cargo, o primeiro foi Helton Zeferino, que saiu do governo por causa do escândalo dos respiradores fantasmas da Veigamed.  

Caramori de volta

Ex-prefeito de Chapecó, José Caramori (PSD), se afastou da política para assumir a presidência do Badesc, ainda no mandato de Raimundo Colombo (PSD). Agora, ele está de volta. Aceitou o convite de seu partido para ser pré-candidato a deputado estadual.

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