
Em 07 de abril de 2022, ocorreu um fato histórico para a humanidade: o Senado dos Estados Unidos aprovou, por 53 votos a favor, a primeira juíza negra, Ketanji Brown Jackson, para servir à Suprema Corte Americana. Em 232 anos de existência daquela Alta Corte, ocorreram 115 nomeações para a sua composição, porém, é a primeira vez na história que uma mulher negra fará parte de seus quadros.
A indicada é originária de família negra que sofreu com a segregação e a discriminação. Os seus pais são oriundos de escolas segregadas e de universidades voltadas para negros. A sua mãe era professora de rede pública; já o seu pai era advogado. Entretanto, Ketanji Brown Jackson não sucumbiu às adversidades impostas pelo racismo estrutural americano. Ela, após formar-se em Direito pela Harvard Law School, foi advogada privada, defensora pública e, por último, Juíza Federal da Corte de Apelações do Distrito de Columbia. Assim, fundada no estudo e na ética, construiu um incrível currículo profissional e acadêmico, que a credenciou a ocupar o posto mais elevado da justiça americana.
No Senado, a candidata submeteu-se a 23 horas de sabatina, onde foi questionada por democratas e republicanos sobre diversos temas jurídicos de interesse nacional. Durante a sua exposição, demonstrou qualificação, competência, valor, experiência e sabedoria para servir a mais Alta Corte dos EUA. Na votação, obteve 53 votos, mais que o suficiente para ser aprovada. Antes da votação, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, afirmou que a confirmação de Ketanji Brown Jackson seria um “dia alegre – alegre para o Senado, alegre para a Suprema Corte, alegre para a América”.