O Brasil inteiro viu, a imprensa toda noticiou, as redes sociais viralizaram e todo mundo comemorou: o Turismo, o grande campeão do emprego, da geração de renda, da alegria e da felicidade de viajar, se divertir e conhecer, voltou. Os carnavais do Rio e de São Paulo foram a vitrine daquilo que já vinha acontecendo desde antes da supertemporada de Verão. Em São Paulo, tivemos o prazer de estar na linha de frente de uma festa exuberante que durante quatro dias levou 34 Escolas de Samba para a avenida, gerou R$ 1 bilhão para a cidade e um recorde histórico na ocupação dos hotéis.
De acordo com o jornal O Globo e a revista Exame, do segundo semestre do ano passado para cá o Turismo ampliou as receitas em 77% com a retomada concentrada nas viagens domésticas. Os números são impressionantes: as operadoras fizeram 7,4 milhões de embarques totais de viajantes em 2021. Na ponta do lápis, isso significa 14,2% mais que em 2019, superando o patamar pré-pandemia, como mostram dados da Braztoa, que reúne as empresas do setor no país.
Em receita, porém, o Turismo ainda está atrás do desempenho verificado antes da Covid. O faturamento das empresas em 2021 alcançou R$ 7,1 bilhões. Isso equivale a uma alta de mais de 77% em relação ao ano anterior – mas ainda, infelizmente, 44% abaixo de 2019. Isso ocorre porque a retomada do Turismo tem as viagens nacionais como carro-chefe, praticamente 96% das compras da indústria turística nos últimos meses. Apesar do faturamento menor, esta é uma boa notícia: significa que os brasileiros estão descobrindo os destinos brasileiros – e esta é uma oportunidade que se apresenta para toda a dimensão do Turismo interno nacional.
Com o arrefecimento da pandemia e a reabertura de fronteiras globalmente, o Turismo se prepara agora para a reativação das viagens internacionais, que devem colaborar para a alta no faturamento. Os sinais são bons: a Braztoa estima que, no primeiro trimestre, os ganhos das operadoras subiram 25% sobre o período de janeiro a março de 2021. A previsão é bater 60% de crescimento em 2022, recuperando o patamar pré-Covid, de R$ 15,1 bilhões.