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A declaração do prefeito de Lages, Antônio Ceron (PSD), de que a sua região saberá reconhecer o trabalho do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), é a senha de que não votará em Raimundo Colombo (PSD) para o Governo do Estado. “O senhor pode contar com a região serrana, que ela vai reconhecer muito o que o senhor fez. E a maneira de reconhecer todos sabemos qual é”, disse o lageano a Moisés, em uma parte de seu discurso.

Ceron não votará em Colombo pelo fato de que o ex-governador não disputará à Casa D’Agronômica. O prefeito é muito amigo de Colombo e não deixaria de apoiá-lo. Pelo discurso no final de semana, parece que já até escolheu Moisés como o seu plano B para o pleito.

Já Colombo deve ser convencido pelo partido a disputar ao Senado. A explicação de quem defende essa ideia, é que o cenário está aberto e que, um ex-governador teria algumas vantagens frente aos nomes que estão postos.

No final de semana eu tive acesso a algumas conversas de WhatsApp de um grupo do PSD, onde algumas lideranças declaram apoio a uma candidatura de Colombo a governador. Verificando junto a pessedistas, fui informado que há manifestações, porém, de um pequeno grupo que é ligado ao presidente estadual, Milton Hobus, que é defensor de uma candidatura do partido.

Enquanto isso as bancadas estadual e federal, além de prefeitos e vices do PSD, conforme noticiei em primeira mão, já se preparam para declarar apoio a Gean Loureiro (UB) na reunião do próximo dia 9, que deverá acontecer em um hotel da capital. Apesar do apoio ao ex-prefeito de Florianópolis, a bancada deseja conversar com Colombo. “Ele é uma de nossas maiores lideranças, merece o nosso respeito. Queremos o ex-governador conosco nesse projeto para Santa Catarina disputando ao Senado”, me disse uma fonte.

Os números

Até o próximo dia 20 deve estar pronta uma pesquisa encomendada pelo MDB estadual. O levantamento qualitativo e quantitativo dará o direcionamento ao partido, se mantém o ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, como o pré-candidato emedebista, ou se irão em busca de um outro projeto. Como me disse uma liderança na semana passada. Além do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), outros partidos somente aceitam ter o MDB de vice, sendo que o nome seria Carlos Chiodini, não o de Lunelli.

Esqueceu do passado?

Uma liderança de esquerda me fez o seguinte comentário: “Quem vê o Jorginho Mello hoje, não lembra do quanto ele foi fiel aos governos do PT, tanto, que começou naquela época o seu comando do DNIT em Santa Catarina. Mas nós lembraremos a população desses tempos”, alertou. O senador tem sido um dos maiores parceiros do presidente, Jair Bolsonaro (PL), mas tem errado na dose ao tentar agradar os setores mais bolsonaristas. Exageros à parte, vale destacar o trabalho de Jorginho no Senado, a exemplo do Pronampe e do Refis, oriundos de projetos de sua autoria.

Diários de bordo

A juíza Cleni Serly Rauen Vieira, da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Florianópolis, concedeu liminar determinando que o Governo do Estado entregue ao deputado estadual, Bruno Souza (Novo), o acesso aos diários de bordo da aeronave Arcanjo-06, referente aos voos realizados a pedido da Casa Civil. O Governo tem o prazo de 72 horas para cumprir a decisão, após ser notificado. O parlamentar ao lado de Kennedy Nunes (PTB), foi o autor de uma denúncia de um suposto uso indevido da aeronave pelo governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), e até mesmo por outras lideranças.

Fora das comissões?

Após discutir asperamente com o seu colega de Assembleia Legislativa, Valdir Cobalchini (MDB), o deputado estadual Bruno Souza (Novo) virou alvo de descontentamento de parte da bancada emedebista. Essa situação pode até provocar a retirada do nome de Souza das comissões de Finanças e Tributação. Acontece que MDB e Novo formam um bloco e a liderança é de Cobalchini. “Discordar é do jogo, o problema está na agressividade e na falta de respeito”, me disse uma liderança.

Transição energética

O governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) solicitou ao ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, a criação de um conselho gestor que promoverá a elaboração da chamada Transição Energética Justa (TEJ). A criação do conselho está prevista na lei federal que entrou em vigor neste ano e trata deste assunto. Na prática, a prioridade é preparar economicamente a região carbonífera de Santa Catarina, para o fim da geração de energia elétrica a partir do carvão mineral. O conselho ficará responsável por delinear esse processo de transição.

O conselho de transição

Pela legislação federal, o conselho será coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, com participação de representantes do Governo Federal, Governo de Santa Catarina, municípios da região carbonífera, Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc) e Federação Interestadual dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Carvão no Sul do País.

Motta se organiza

O ex-secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, se organiza para colocar o pé na estrada. Pré-candidato a deputado estadual, Ribeiro é uma das maiores apostas do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos). Com bons números no combate ao Coronavírus, André chegou a ser atrapalhado durante a pandemia pelo afastamento de Moisés, no segundo processo de impeachment, quando a então governadora interina, Daniela Reinehr (PL), o afastou do cargo. Mesmo assim, o Estado obteve bons resultados a partir de seu retorno.

Afrânio ao Senado

Neste final de semana, em São Paulo, ocorreu a Conferência Nacional do PSOL que confirmou apoio à pré-candidatura do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PT acatou um conjunto de 12 diretrizes e propostas programáticas apresentadas pelo PSOL, entre as quais, a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, políticas ambientais e de combate à crise climática, entre outras. Na aliança formada nacionalmente, o PSOL está reivindicando a indicação dos candidatos ao Senado que terão apoio de Lula em alguns estados, dentre os quais, Afrânio Boppré, em Santa Catarina. Ele já foi deputado estadual, vice-prefeito da Capital e atualmente é vereador de Florianópolis.

Denúncia contra a Casan

O PROS através de seu presidente estadual, Jeferson da Rocha, do advogado Leandro Ribeiro Maciel e de seu pré-candidato a governador, Ralf Zimmer Júnior, apresentará hoje ao Tribunal de Contas do Estado, um questionamento aos contratos renovados pela Casan sem licitação. Eles se baseiam no novo Marco Legal do Saneamento Básico, que impede a prorrogação por 30 anos, ou a assinatura sem licitação, de novos contratos de prestação de serviço por companhias estaduais aos municípios.  

Convênios burlariam o novo marco

Para os denunciantes, a Casan e o Governo do Estado têm trabalhado junto aos municípios de forma indevida, ao promover o que definem como a cooptação de Prefeituras por meio de convênios. De acordo com a denúncia, os convênios violam a exigência de licitação e apontam os municípios de Rancho Queimado, Bom Jardim da Serra e Faxinal dos Guedes, como exemplo de uma ação irregular. Outro ponto destacado na denúncia, é uma suposta promoção pessoal ao governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos). “As notícias no sítio eletrônico da CASAN dão conta de possível promoção pessoal indevida do Governador do Estado, registrando o sítio eletrônico da aludida Companhia elogios da Prefeita de Rancho Queimado ao Governador Carlos Moisés, o que também leva a crer um desvio de finalidade cristalina, que, por sua vez, soma-se a obras paralelas de novo calçamento com lajotas que não guardam, ao que tudo indica, correlação lógica com serviços de saneamento propriamente ditos”, diz o documento.

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