Não foi a primeira vez que o secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Claudinei Marques (Republicanos), teve dificuldades com os gestores municipais de Assistência Social e, na última reunião da Comissão Intergestores Bipartite – CIB/SC da Assistência Social, realizada em Fraiburgo no dia 24 deste mês, recebeu vaia e a reunião acabou sendo encerrada sem pactuação.

O secretário Claudinei foi o porta voz do corte pela metade dos recursos para área. O Governo do Estado reduziu para R$25 milhões os recursos do cofinanciamento Estadual para atender toda a política de assistência social dos 295 municípios. Após o anúncio a presidente do Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social – Coegemas-SC, Maria Claudia Goulart da Silva, secretária municipal de Assistência Social de Florianópolis, comunicou que a categoria havia decidido pela não pactuação e não houve mais diálogo.

Confira no trecho do vídeo da reunião que aconteceu de forma presencial e online, disponível no YouTube.

Movimento foi político, diz secretário

O ocorrido em Fraiburgo foi classificado pelo secretário Claudinei Marques como sendo um “movimento político”. Segundo me relatou, antes da pandemia o governo investia R$17 milhões. Estes recursos foram reajustados nos dois anos de pandemia e chegaram a R$50 milhões para atender a demanda. Agora, disse, para este ano são previstos R$25 milhões.

Mas não é apenas o corte de verbas que está causando indignação nos gestores  da assistência social. As críticas se devem, também, ao fato de não haver continuidade na gestão. “A pasta é sempre usada para indicações políticas”, desabafou uma fonte da área. Com a saída de Claudinei Marques prevista para a próxima quinta-feira (31), já que é pré-candidato a deputado federal pelo Republicanos, assumirá a pasta o 10º secretário desde o governo Raimundo Colombo em 2011.

O secretário admite que a troca de titular em qualquer área é sempre um recomeço. No entanto, destacou, a atual

gestão é marcada por importantes investimentos como o SC+ Moradia com a destinação este ano de R$70 milhões para construção de 15 casas em 61 cidades; SC+ Renda com R$R12 milhões para 12 mil famílias e, ainda, 20 aparelhos CRAS e 2 CREAS. Diz que deixa o cargo triste pela relevância da pasta, mas feliz pelo trabalho realizado.

Claudinei é vereador de Florianópolis e pastor com, segundo ele, atuação de mais de 25 anos com o social. Se disse preparado para o cargo que ocupou até agora.  Na próxima semana receberá a graduação em Gestão Pública.

Mais mulheres no mercado tecnológico

Um levantamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) concluiu que, entre as empresas que participam dos programas de fomento, apenas 25% são lideradas por mulheres. Para mudar esse panorama, a fundação lançou neste mês da mulher o programa “Mulheres+Tec”, que vai destinar R$ 1,4 milhão para dar suporte a 24 startups catarinenses.

A intenção é ampliar a participação de mulheres no mercado tecnológico e reforçar o papel de lideranças femininas como fundadoras e gestoras de startups.

Cada empreendedora aprovada receberá R$ 60 mil para investir em sua startup, além de capacitação realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do estado. Serão contempladas quatro empresas de cada região (Norte, Vale do Itajaí, Sul, Grande Florianópolis, Serra e Oeste). Os recursos poderão ser usados para aquisição de equipamentos, materiais, serviços, consultoria e até contratação de bolsistas.

Segundo dados divulgados pela Fapesc, apenas uma em cada quatro empresas que pedem fomento são lideradas por mulheres e, o contexto nacional é ainda mais desafiador já que apenas 7% das startups têm mulheres como gestoras.

Para concorrer aos recursos e às capacitações do Programa Mulheres+Tec, é preciso fazer as inscrições até 8 de abril na plataforma da Fapesc. O edital  completo pode ser acessado em www.fapesc.sc.gov.br.